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Incursões

Instância de Retemperação.

Incursões

Instância de Retemperação.

Au bonheur des Dames 218

d'oliveira, 29.01.10

Mais um!..

 

Que um rapaz de vinte e seis anos, quase um mancebo, enfim também não exageremos, mas um rapaz, apesar de tudo, a uma distância respeitável de idade de quase todos nós (nem digo de mim, mas de nós, mesmo do JCP que é o mais novo da equipa, isto sem falar das três almirantes que não têm idade ou se a têm bem que a escondem, ou não a notam  - e nós com elas - ) queira integrar a tripulação do incursões, eis algo que me espanta, maravilha e comove. Será que temos algo a dar-lhe, a dizer-lhe. que o interesse? Será que se sente interpelado por nós e por isso tentado a responder-nos e a explicar o seu ponto de vista?

Mistério! Mistério que a partir de agora se irá solucionar graças ao que ele quiser dizer-nos. De qualquer maneira é bom que alguém claramente de outra geração (e mesmo nós não somos todos da mesma, nada disso, andam por aqui duas gerações em desatada conversa, em amável conversa, de acordo em desacordo, claro, como compete a gente diferente, que se foi juntando nesta esquina vagamente etérea e que só um ano depois de aqui escrever é que fisicamente se juntou à volta de uma mesa almoçante (claro!...) e desde então pontuamos a nossa aventura incursionista e bloguista com outras mais nutricionais e risonhas: dá-se ao dente, sugerem-se pequenas alterações e até mais ver.

Claro que o jovem preopinante entra por baixo: grumete a tempo inteiro e a recibo verde como manda a lei e é hábito no país das maravalhas (eu escrevi maravalhas. Quem não souber o que é tem bom caminho: dicionário de português. Servem todos menos o da Academia que é um emplastro. E, nesses todos, cabem dois magníficos e brasileiros: o “Aurélio” e o “Houaiss” que não são inferiores ao excelente Moraes ou ao José Pedro Machado para citar outros dois aqui também presentes, mesmo atrás de mim, como os primeiros.)

Isto aqui não é o moinho da Joana, não senhor. Muita ordem, muito respeito, muita mesura, o mesmo de reverência para com os mais velhos, os mais antigos, as antiguidades (como é o meu caso, ouviu ó jovem cavalheiro? Entre, entre de uma vez, feche a porta que está frio, bata a pala como deve ser e diga lá ao que vem. Não a mim, que diabo, mas aos leitores que quem escreve, escreve para alguém, só os poetas românticos e tísicos é que escreviam para vagas almas ao luar, muito louras, muito frias e distantes.)

Um blog, é – e cito Henry Fielding roubando-lhe descaradamente a ideia – como uma casa de pasto honrada: tem por missão servir bem, abundantemente e barato que a clientela é muito volátil e levanta o cú da mesa mais depressa que um bando de perdizes em época de caça.

Portanto, e isto não é um conselho, atenção ao leitor. Não lhe sirva gato por lebre aliás por duas razões: por que eu gosto de gatos (mais de gatas, felinas ou não) e já não há lebres verdadeiras por aí. Em havendo, e em alguma leitora sabendo-a preparar, pois se quiser companhia para a mesa que há de ser risonha e farta, é só apitar, que eu vou e até levo o meu babete das grandes ocasiões. E apetite, está bom de ver.

Onde é que eu ia? Ah, no serviço porta a porta, melhor dizendo computador a computador. Os bloggers são assim: escrevem umas coisas na esperança de encontrar leitores generosos que lhes queiram responder ou, pelo menos ler. E continuam nessa ilusão de que há alguém atento do outro lado do ecrã e que são úteis a esse/a leitor(a) e, já agora, a uma outra causa: a da liberdade. Aqui fala-se do mundo, de nós, da nossa (e vossa) circunstância sem tentar vender banha de cobra ou comprar um lugar à mesa do orçamento. Por isso, como já repararam, temos opiniões diferentes, dizemos o que pensamos e ao que vimos. Livremente. Quanto mais pessoas intervierem nas nossas conversas, melhor. A opinião forma-se assim. Ouvindo todos, permitindo que todos digam de sua justiça, com cortesia e lealdade. Às vezes, encontro fisicamente leitores que, por fas ou por nefas, acabam por saber quem sou. Ah, que de conversas! E sugestões, e criticas, e encorajamentos. Saio dessas sessões contente como um cuco, envaidecido até (fraquezas!...), e isso me basta para desafiar a minha contumaz preguiça que, com a idade, dobra e redobra, e escreva, como agora, feliz por ver mais um tripulante nesta galera.

Benvindo pois, Nuno, bom vento te traga, puxa de uma cadeira, senta-te à mesa e conta lá.....     

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