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Incursões

Instância de Retemperação.

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A Violência ganha terreno

JSC, 25.10.11

É voz corrente que se aproximam dias difíceis. O próprio primeiro ministro disse hoje que a solução que tem para o país passa por empobrecer o país.

A voz do povo começa a interiorizar que, para além das dificuldades económicas, vem aí uma vaga de assaltos, crimes cada vez mais violentos e de insegurança generalizada. Da leitura dos jornais e do que vai passando é bem provável que a tal vaga já está em andamento.

A prová-lo estão as notícias que alguns jornais nos dão hoje, mas que não diferem muito das que vão saindo dia após dia:

1.ª Notícia  - “Um grupo armado de quatro indivíduos agrediu e roubou, na madrugada de segunda-feira, no Porto, três condutores de veículos de alta cilindrada.”
2.ª – “Um homem morreu e outro ficou ferido durante um assalto, na madrugada desta segunda-feira, a uma pastelaria no Barreiro, disse fonte da PSP.”
3.ª – “A Polícia Judiciária deteve, na área de Lisboa, um homem e uma mulher, de 24 e 30 anos, suspeitos de roubo, sequestro e ofensas à integridade física de um sexagenário.”
4.ª – “Um habitante da Maia, de 75 anos, foi esfaqueado mortalmente na varanda da sua habitação e o suspeito do crime, já detido, é o ex-namorado da sua neta.”
5.ª – “A PSP anunciou, esta segunda-feira, a detenção de quatro pessoas e a apreensão de outro e prata, numa operação policial na zona centro e norte do país ligada à investigação de branqueamento de capitais, fraude fiscal e receptação”.
6.ª – “Um jovem de 15 anos foi, esta segunda-feira, esfaqueado no Vale da Amoreira, concelho da Moita, tendo sido transportado para o Hospital do Barreiro. “
7.ª – “A Polícia Judiciária anunciou, esta terça-feira, a detenção de seis alegados membros de um grupo que efectuou diversos assaltos na península de Setúbal, utilizando o método de explosões de caixas multibanco”.

 

O curioso é que todas estas notícias, seja qual for o meio que as transmite, são-nos debitadas em si, como se fossem geradas pelo sobrenatural, sem qualquer referência a causas ou responsáveis.

Curioso, ainda, é que as TVs e rádios tão afoitas a promover debates sobre tudo e mais alguma coisa, parecem alheadas desta violência em crescendo e nem vão ouvir nenhum psicólogo, sociólogo ou politólogo encartado.


De facto hoje os tempos são outros e mudaram tão rapidamente que o pessoal nem se deu conta. É que há pouco mais de uma dúzia de anos, em consequência de uma vaga de pequenos assaltos, que tiveram o seu apogeu no assalto a uma actriz num posto de abastecimento, o alarido feito, semanas a fio, pela comunicação social, levou à demissão do Ministro da Administração Interna. Alguém se lembra? E agora?

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