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Incursões

Instância de Retemperação.

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Os Borges

JSC, 03.06.12

 

António Borges é daquelas pessoas que se acreditava ter nascido para lhe ser assacado o papel de líder.


Durante anos muitos viram nele a reserva natural para liderar o PSD. Dizia-se, na altura, que ele não vinha porque desempenhava cargos muito importantes lá fora. Mas o nome de António Borges não caía no esquecimento e sempre que o conturbado PSD ia a votos muitos olhavam para António Borges, como potencial e desejado líder. A figura de António Borges ia assim ganhando dimensão e proveito. Muitos até viam nele o salvador do PSD e do país, achavam que ele poderia ser o primeiro-ministro que o país precisava.


Contudo, António Borges nunca se chegou à frente para liderar o PSD e muitos menos o país. A sua vida corria noutras arenas. Até que, por artes mágicas, António Borges aterrou em Portugal à procura de novas oportunidades. E as novas oportunidades logo apareceram. Designaram-no, sem necessidade de concurso público, para chefiar a missão das privatizações. Negócio de milhões de milhões.


E quando tudo parecia estar a correr bem, até porque a oposição PS lida bem com estas situações, eis que acontecem dois factos que colocam António Borges na berlinda. Logo agora que a vidinha estava a ir bem.


O primeiro, aparentemente da iniciativa do próprio, quando veio dizer que “diminuir salários não é uma política, é uma urgência”. O segundo, por iniciativa de um jornalista que veio levantar algumas questões, onde entra a mãe de todas as patifarias financeiras, e dizer-nos que afinal de contas o regresso à pátria deveu-se a ter sido corrido do FMI.

 

Confesso que nada sei desta segunda parte. Contudo, no que respeita imperativo nacional de reduzir os salários, invocado por António Borges, não restam dúvidas de que esta gente vive num quadro mental que está muito para além da desonestidade.

 

Eles são e vão continuar a ser muito bem pagos para propor e justificar a redução dos salários da maioria, que ainda por cima paga os impostos que suportam o seu vencimento. Parece absurdo, mas é assim.

 

Como dizia ontem o Público, citando não sei quem, para que roubar por meios ilícitos se se pode atingir o mesmo fim por meios lícitos. 

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