A sombra nos meus poemas
Incursões, 12.09.04
Agarrados à cauda
De uma música
De uma qualquer imagem
De uma frase solta
Surgem como fragmentos
Versos desatentos
Por onde vagueio
Buscando a minha paisagem
Vejo pássaros
Existem sempre pássaros
São eles que produzem a sombra
Uma paixão destruída
Que habita os meus poemas
Às vezes antes de começar
Inventando uma esperança
E flúem
E nascem
E brotam das minhas mãos
Como fios de sangue
Violentos
Com receio de acabar
No meu cenário
Na indecifrável melancolia
No silêncio
Vejo pássaros
As unhas sujas com palavras
Trazem a minha sombra
Vão inevitavelmente além
Onde eu não posso ir
Ou tenho receio de ficar.
André Simões Torres
14/08/2003
De uma música
De uma qualquer imagem
De uma frase solta
Surgem como fragmentos
Versos desatentos
Por onde vagueio
Buscando a minha paisagem
Vejo pássaros
Existem sempre pássaros
São eles que produzem a sombra
Uma paixão destruída
Que habita os meus poemas
Às vezes antes de começar
Inventando uma esperança
E flúem
E nascem
E brotam das minhas mãos
Como fios de sangue
Violentos
Com receio de acabar
No meu cenário
Na indecifrável melancolia
No silêncio
Vejo pássaros
As unhas sujas com palavras
Trazem a minha sombra
Vão inevitavelmente além
Onde eu não posso ir
Ou tenho receio de ficar.
André Simões Torres
14/08/2003