Vai-se a ver o resto da notícia e o tal
desmantelamento é configurado pela cessação do regime de afectação exclusiva em que se mantinham os três magistrados relativamente à direcção do "inquérito casa Pia", continuando as certidões deste extraídas para investigação em inquérito(s) autónomo(s) atribuídas ao Procurador João Guerra - estes ainda em curso, ao contrário daquele, como é sabido.
Daqui a concluir-se, como faz o articulista do DN, que esta decisão, tomada por Francisca Van Dunem, coordenadora doDIAP, ou está em contradição com o entendimento implícito no ofício enviado (em data posterior) por Souto Moura a Santos Cabral; ou (se tomada em sintonia com o PGR) estarão as duas posições deste em contradição entre si,
vai toda uma vontade de "criar" ruído e supostos acontecimentos/notícias que ponham em causa a actuação do Ministério Público.
Penso eu, mas posso bem estar enganada, que para além de
anjinho estou agora, por razões que espero com breve e satisfatório termo, completamente "por fora", até de blogs...
Mas relendo o que foi publicado no
Correio da Manhã como sendo o tal ofício de Souto Moura e sem que me façam o desenho, não chego a outra conclusão. Ora vejam esta passagem:
(...)"Não podendo deixar de ter em consideração os imperativos de organização interna e a falta de meios humanos com que se debate aquela polícia, entende-se que chegou o momento de pôr termo àquele regime de dedicação exclusiva-requisição. Isto mesmo terá sido transmitido à equipa do Ministério Público com quem trabalham, pelos senhores Rosa Mota e Dias André.Acontece, no entanto, que estão em curso investigações levadas a cabo no âmbito de processos derivados do processo Casa Pia, em que os factos a investigar estão relacionados com os que foram abrangidos por aquele processo. Os funcionários ora em causa, no nosso ponto de vista, estarão bem colocados para continuarem a trabalhar nas investigações em curso, pela experiência que já tinham e pelo desempenho muito meritório que revelaram no caso em apreço."Quando finalmente puder dar outra espreitadela aqui, ali e/ou acolá, pode ser que se me faça luz. Até porque
direitos já lançou mais um dos seus
posts lapidares: "direitos espera que os esclarecimentos da Procuradoria-Geral da República sejam rápidos e oportunos. O Ministério Público encontra-se numa situação que exige uma ruptura com os actuais procedimentos. Ou com a ausência deles."