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Incursões

Instância de Retemperação.

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Vida nova no PSD

José Carlos Pereira, 20.02.18

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O congresso do PSD entronizou Rio Rio sem grande entusiasmo. O novo líder bem se esforçou em criar a unidade com os apoiantes de Pedro Santana Lopes, beneficiando da abertura manifestada por este, mas o núcleo duro de Passos Coelho, liderado por Luís Montenegro, foi deixando bem vincadas as suas divergências. Rio teve uma votação aquém do que esperaria nas listas que promoveu para os órgãos nacionais, registando a segunda pior votação de sempre na lista para a Comissão Política Nacional apresentada por um líder eleito em eleições directas – só Luís Filipe Menezes conseguira fazer pior. As opções que fez, nomeadamente para a Comissão Permanente, com algumas figuras pouco reconhecidas e outras demasiado polémicas, contribuíram muito para tal resultado. A escolha de Elina Fraga para vice-presidente, quando a maior parte dos militantes desconhecia a sua ligação ao partido e só se recordava das notícias sobre a alegada má gestão na Ordem dos Advogados e das diatribes que protagonizou contra o executivo PSD/CDS, foi a cereja em cima do bolo.

Rui Rio promete um novo ciclo de oposição ao Governo e ao PS, com maior disponibilidade para negociar reformas e assumir compromissos estruturantes. Ver-se-á a abertura efectiva de todas as partes para essa negociação e a forma como isso vai ser recebido nos órgãos do PSD e designadamente no seu grupo parlamentar, onde Rio encontrará muitos opositores às suas políticas e a essa manifesta vontade de articular compromissos com o PS. Já esta semana, os números alcançados por Fernando Negrão na eleição para a presidência do grupo parlamentar serão reveladores da forma como se vão comportar os deputados do PSD perante a nova direcção.

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