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Incursões

Instância de Retemperação.

Incursões

Instância de Retemperação.

estes dias que passam 997

mcr, 08.07.25

 

 

Outro “suicidado”

Mcr, 8-7.25

 

 os sausosos do “Pai dos povos” e dos seus indignos sucessoresdeverão estar com inveja dos procedimentos actuais  das hostes putinistas.

 Vejamos: in illo temppore, anos 30/40 do século passado o mundo perplexo pode assistir aos “processos de Moscovo, onde foram liquidadas algumas dezenas de dfirigentes do PCUS sob diversas acusações que, na generalidade, se reconduziam à de agente das potências capitalistas”, a que acrecia com fre        quência uma outra e mais grave ainda: fraccionismo ou simplesmente trotskismo. Vale a pena ler os rrequisitórios dos acusadores públicos, Vishinsky em particular, que juntavam às acusações políticas toda uma série de diatribes  insultuosas que fizeram escola. (Não estou certo se a expressão “víbora lúbrica” vem daí ou foi inventada mais tarde pelos teóricos do PC francês., sempre prontos da dar um toque de fantasia pewsada às inspirações vindas do “grande irmão”.

 De todo o mpodo, não é disso que pretendo falar mas tão  somente da morte de Roman Starovoit. Este cavalheiro desempenhou o cargo de ministro dos transportes até ontem mas foi demitido ppor Putin. Horas depois, o corpo do ex-ministro foi encontrado dentro do seu automovel. Morto, mortíssimo... Com um buraco de bala rm zona não identificada do corpo. Não é mencionad, se é qiue existe, )a a arma que disparou a vala!

 Pelos vistos, corre a notícia (veiculada pelas autoridades...) de que cometera suicídio.  Porventura a tristeza da perda do cargo, a vergonha por não ter sabiso servir melhor a grande mãe russa, a ideia que fora do Kremlin o ar é irrespirável, terão sido motivos bastantes para o acto fatal. Todavia, não se sabe como a criatura pôs termo à vida, não há mençõ de nenhuma arma, enfim o costume neste tipo de casos      que Rússia assume perigosamente proporções de pandemia. Por lá, magnatas, políticos, intelectuais, jornalistas e outras personagwens menores tem o péssimo hábito de, uma vez caídas no desfavor de Putin, se suicidarem. Ou então caem decjanelas de andares altos, de escadarias incorrigivelmente escorredia ou atropelam inocentes veículos que c  Convnhamos: em vez de um processo moroso, caro, escandaloso  ou meramente inconveniente este método de suidicar criaturas divergentes, heterodoxas., liberais  ou oponentes é muito mais barato mesmo  quando o suicídio éorganizado a partir do derrube de um avião como no caso Prigojin, chefe incontestado do grupo wagner  (neste caso ninguém se terá lembrado de o enviar para a Ucrânia palco de alguns dos seus mais abomibáveis crimes) que esteve  ao serviço de uma “operação militarar especial” que tinha por objectivo desmilitarizar , desnazificar e proteger inocentes cidadãos russófos alvo de inomináveis perseguições.

  (em boa verdade, e na mesmíssima Ucrânia, em plena área dissidente e ocupada por rebeldes prórussos a prática de abater aviões já fora ensaiada com inigualável sucesso contr um avião civil malaio ou indonésio carregado de exevráveis turistas holandeses...)

 

estes dias que passam 996

mcr, 04.07.25

 

Julgamento do século ou vergonha do mesmo século?

Mcr, 4-7-25

 

Por uma e irrepetível vez votei Sócrates. A razão era simples: do outro lado estava Santana Lopes.

Todavia, bastaram poucos meses para se perceber quem era o novo primeiro-ministr. Já neste blog entendi escrever que ele não tinha os “requisitos mínimos” para o cargo nem o carácter necessário. A história da sua pseudo-licenciatura , os exames feitos ao domingo, as trapalhadas com o seu medíocre percurso profissional , a sua intolerável e desajustada (e tonta) soberba não permitiam dúvida alguma de como tudo aquilo iria acabar mal.

A sua governação naufragou nos primeiros rochedos pré troika.

A criatura desandou para Paris para alegadamente estudar e fazer um mestrado. Ignora-se se sequer sabia o francês suficiente para pedir um chá e torradas.

Os ecos da sua dispendiosa vida parisiense espantavam toda a gente menos a corte de fieis socialistas que não viam nada, não percebiam nada.

Provavelmente pensavam que uma casa no XVI bairro teria um custo inferior a um T1 nos subúrbios de Loures.

Depois apareceu um livro, um livrinho carregado de lugares comuns, narizes de cera, vulgaríssimo a merecer bondosamente um sofrível  quando não um medÍocre mais ajustado.

Parece que a citada obrinha teria como autor um “negro" vagamente académico e universitário.

O espalhafato do lançamento do livro surpreendeu mais ainda quando se começaram a saber as vendas.

Depois, sempre depois, verificou-se que o livro era arrematado por compradores anónimos na quantidade de dezenas ou, quiçá, centenas de exemplares. Agora sabe-se não só quem comprou, quantos exemplares e quem financiou a compra.

É público e notório que um tal Silva, amigo íntimo de Sócrates, financiava tudo, casa em Paris, viagens de férias, compra de livros. Financiava pode ser um modo de dizer porquanto o que o MP afirma é que essa centenas  (muitas) de milhares de euros apenas passavam pela mão caridosa de Silva e pertenceriam de facto a Sócrates que, de resto, continua a dar a impressão de viver muito acima dos seus declarados rendimentos.

Só em tribunais e advogados calculo que estes longos anos  terão custado uma fortuna não negligenciável. A menos que também os senhores causídicos se tenham dedicado a uma misericordiosa e cara carreira pro bono.

Como a hora de advogado anda pelos 300 euros  (mesmo se haja notícia de honorários muito, mas muito, mais altos) das duas uma. Ou houve recurso a advogados baratuchos (espécie rara se é que não desapareceu) ou aqui há gato (escondido ou não, com rabo de fora ou não...)

Como o Verão está a entrar em força e bem quente, é provável que este caso que envergonha qualquer português mesmo que desde sempre seja contra Sócrates e a favor da cicuta.

estes dias que passam 995

mcr, 29.06.25

perder mas devagar

mcr, 28 6 25

ao anunciar a sua candidatura às presidenciais , António José Seguro, não perdeu tempo a queixar-se do modo como, há cerca de 10/11 anos, foi defenestrado da lidernça do PS.É bom recodar que Seguro conseguiu gerir um partido derrotado e envergonhado até vencer umas eleições contra Passos Coelho.

Uma vitória que foi mesquinhamente ridicularizada por António Costa ao caracterizã-la como sabendo  "a poucochinho"Pouco tempo depois, Costa já ao leme do PS averbou nas legislativas uma derrota frente a Passos apesar do governo destecestar desgastado pela política a que a troika o obrigara

Todavia, Jerónimo de Sousa estendeu-lhe uma corda salvando-o de um naufrágio ao oferecer-lhe uma  e os votosnnecessários  para derrotar na secretaria o vencedor. 

Salvo in extremis, costa lá foi governando prudentemente sem que a rua e os sindicatos o incomodassem. Num segundo mandato foi o que se viu e depois do fim dessa aliança obteve uma maioria absoluta que seauto destroçou sem rumo nem glória.

Ao do seu sucessor, Seguro remeteu-se a um silêncio digno e distante. Depois do interregno confuso do inimigo das "perninhas dos bnqueiros alemães" eis que a AD chegou ao Governo e o PS se viu perdido no mar da palha de uma derrota  violenta.

Seguro, finalmente, entendeu regressar à politica activa candidatando-se à Presidência da República. Este anúncio fez perder a cabeça a muitos e em especial a Augusto Santos Silva, entretando derrotado nas eleições parlamentares. surpreendentemente ou talvez não, ASS assanhou-se contra Seguro e garantiu que o seu colega de partido não garantia os requisitos mínimos para o cargo a que, sozinho, se candidatava. 

( e, pelos vistos, estaria na mira deste inquisidor mor do PS que nubciará dqui a poucos dias se enfrentará Seguro)-

O ex presidente da AR, o cavalheiro que adora malhar na Direita e que, por isso mesmo, conseguiu dar ao chega uma visibilidade que esrte nunca conseguiria, pondera, portanto, entrar numa corrida que seria fratricida e que chega tarde.

Escrevi aqui, há meses que daria o meu pobre voto a um amigo antigo dos tempos de umfantasmático MSU (movimento socialista unificado) que durou o tempo de um suspiro . Referia-me a António Vitorino, um político capaz e com provas dadas. Todavia este eventual candidato demorou, como de costume, demasiado tempo a decidir-se e, também como já é habitual nele, anunciou há dias que não 

e candidato. E fez bem porque entretanto Seguro já havia angariado muitos apoios no PS e não só. em fins de Maio tomei a decisão de apoiar Seguro e torno-a pública agora 

Não tenho grandes ilusões quanto ao desfecho destafutura eleição presidencial qu, a crer em várias sondagens, se afigura ganha por Gouveia e Melo.

Estou, no entanto, habituado a entrar em lutas sem final feliz, algo de que tive larga experiência entre os 18 e os 33 anos durante o Estado Novo. Nessa época lutávamos ppor princípios e pela liberdade coisa de que me vi privado em várias e prolongadas ocasiões.

Dwpois de 74, no que toca a presidenciais ganhei cinco vezes e peerdi as últimas quatro mas tivevo privilégio de apoiar um amigo desde os tempos de Coimbra, Manuel Alegre, e isso me bastou.

Nunca votei à direita do PS e tão pouco à esquerda deste partido. Aliás, nos anos duros fui por vezes "compagnon de route mas nunca militei no PC e nunca poupei as minhas críticas à sua acção que se foram tornando mais e mais repetidas depois de  Praga. Muito menos apostei em radicalismos infantis apesar de, num dos processos com que a pide me brindou figurar como adepto do bombismo. A acusação partia de uma criatura com o pseudónimo de Catarina e a minha afeição pela violência teria sido declarada numa  reunião clandestina em Cantanhede terra a que nunca fui e provavelmente não irei. Suponho que a própria pide não levou muito a sério a miseravel bufa (cuja identidaded conhecer) pois quando em duas alturas me prenderam nunca referiram tal actuação ruidosa e claramebte prejudicial a qualquer causa de Esquerda

Não conheço A J Seguro, é improvável que alguma vez nos encontremos cara a cara mas, neste momento, ele é a melhor hipóteses de candidato de Esquerda que lobrigo e isso me basta. 

estes sias que passam 994

mcr, 27.06.25

 

o abominavel regresso do "tio"  Adolfo

mcr, 27, 6.26

 

Um dos principais dirigentes isrELITas entendeu afirmar que os iranianos (entenda-se,m  o seu governo) eram piores do que Hitler porque um dos seus misseis atingiu um hospital de Israel  

Foi muito apludido em Israel  e não só.

Esqueceu-se ( e o mesmo aconteceu a todos os seus apoiantes) que o exército israelita destruiu praticamente todos os hospitis de Gaza com a escussa de que eram  todos (?, !) centros de actividades do Hamas, da Jihad islâmica  ou de quaisquer outros grupos de malfeitores apostados na destrição de Isrrael .

Conviria perguntar sw obteve provas evidentes se tal afirmação.

De todo o modo a ideia de que os hospitais (e as escolas, as mesquitas, os escritórios da ONU ou as escassas igrejas cristãs...) são obra do diabo, de Hitlar, ou de qualquer outro atestado anti-sionista e por isso devem ser destriuídos com quem lá dentro estiver, enquanto que os  nossos (obviamente bons e inocentes) não devem ser alcançafos pelos disparos de retaliação dos inimigos (que atacámos)  que querem vingar a ruína dos estabelecimentos públicos  (de saúde, educação ou outros) pode parecer a olhos tão nwutros quanto ainda é possível...) obre do mesmíssimo fuhrer já citado e, pelos vistos, agora ressuscitado!

nota_ estou a usar um novo computador, que  à mesma é um apple mas suficientemente diferente dos anteriores.  ainda não consigo recorrer às mesmas ferramentas  (a começar pelo facto de agora e para publicar o post esteja a escrever directamente na caixa do blog).  Burro velho não aprende línguas ou, pelo menos, leva muito mais tempo.

estes dias que passam 993

d'oliveira, 23.06.25

It’s a mad, mad, mad orld

mcr, 23-6-25

 

Ao comentar o facto de um míssil iraniano ter atingido um grande hispital em Isreal, um dos principais dirigentes do país afirmou qye isso era ainda pior do que a actuação de Hitler!

Gostaria de saber qual a opinião do mesmo e nóbel teórico do nazismo moderno como é que ele qualifica o facto de o exercito isaelita ter destruído praticamente todos os hospitais de Gaza sob o pretexto de que (todos?) eram velacoutos do Hamas ou de algum outro grupo de malfeitores terroristas.

 

O EUA entabularam um qualquer diálogo (de surdos?) com o Irão. O propósito era discutir um modo de pôr fim à alegada acusaçãoo de enriquecimento de urânia com vistas ao frbrico de bombas atómicas. 

As conversações doram interrompidas embora parecesse que seriam retomadas brevemente. 

Entretanto, logo no primeiro dia da referida interrupçãoo, Israel lançou um forte ataque aà república dos aiatolahs sob  opretexto de destruir as centrais nucleares. E, de caminho, destruir centros militares, aeroportos, a televisãoo estatal e a residência de vários chefes militares iranianos, como se viu.

Entretanto o presidente dos Estados Unidos revelou que iria pensar se atacaria ou não o Irão, ao mesmo tempo que anunciava que durante duas semanas iria estadar o assunto. Duas semanas seiamdesde logo um período curto para não só estudar as hipóteses de desencadear uma guerra mas também de obter do Congresso americano as necessárias aprovações. 

Porém, e para surpresa (pouca, aliás para quem conhece mesmo superficialmente Trump) de todos o ataque americano concretizou-se num tempo curto, um dia, se estou certo. 

Sabe-se que o Congresso não foi sequer avisado, tãopouco deu carta branca ao Presidente. 

Duvida-se que o atque tenha tido resultados relevantes  pois consta que o Irão já teria posto a bom recato o urânio enriquecido e retirado dos locais atacados toda a gente  ou pelo menos os elementos principais da tarefa de tradformar urânio em urânio pronto a ser utilizado con fins militares.

Convém ilucidar algum leitor mais desatento que sou absolutamente contrário a tudo o que a alegada república islâmica representa. Ao fanatismo chiita, aos pasdaran, aos ayatolahs todos, à persieguiçõ de minorias, à polícia de costumes (!!”!) e ainfame sujeição das mulheres iranianas. Nm sequer cito os emigrados, os presos políticos poeque já por várias vezes, aqui , nesse blogue que já leva 20 anos, o escrevi. Censurei tão asperamente que me foi possível sem deteriorar relações algumas amigas minhas que ao fazer turismo no Irão de algum modo legitimaram a aberrante opressão sobre o povo  mais propriamente sobre as mulheres iranianas. Aliás, tenho como princípio que ninguém decente deve visitar países onde a ditadura, o partido úco, as milícias ditas populares perseguem adeversários políticos.

 

De todo o modo, o facto de iranianos se terem sentado à mesma mesa, de aceitatem continuar negociações que não fazia prever este síbito ataque americano e mmenos ainda o israelita que só foi levado a cabo por directa permissão americana. 

 

A actuação de Trump permite a Putin manter a escolha que fez ao invador a Ucrânia e de certo modo vai desculpar outras agrssões levadas a cabo por países poderosos a vozinhos fracos.

 

Finalmente, mesmo que seja (e sou) contra aproliferação de armas nucleares, queria lembrar que Israel tem bombas atómicas mesmo sem se gabar disso e que nada nem ninguém pode garantir que nunca as usará.

 

Escolhi paraeste folhetim o tºitulo de um excelente filme de Stanley Kramer. Ea uma comédia delitante , divertidíssima  que, ainda poe cima, no dia de estreia em Combra, passou com bobines trocadas ( na verdade o projecionista que se chamava Abrahão tinha apanhado uma cardina das memoráveis e sob o efeito do álcool permitiu a muitos espectadores di funado cinema Avenida de Coimbre reborarem-se à gargalhada pelas coxias. No dia seguinte pidemos ver o  filme como realmente era e por muito divertido que fosse não teve o mesmo efeito do dia anterior)

Todavia, o mundo actual, este em que vivemos e nos arriscamos, está enlouquecido de outra e mais perigosa maneira. E nada garante que esta loucura não  acabe por nos rebentar em cima.

Aproveitem o dia, melhor dizendo a noite que hoje se festeja a noite grande, imensa, de S João. 

Já não tenho idade para a festejar como se deve mas estou roído de saudades de de mmórias , todas melhores imas que as outras.

 

 

estes dias que passam 992

d'oliveira, 20.06.25

A propósito do Pio

mcr,  20-6-25

 

Acabo de saber que o Pio Abeu, companheiro de Coimbra/69, morreu. Não é uma novidade  amorte de alguém que será pouco mais novo do que eu mas é uma tristessima notíca à mesma.

O Pio dustunguiu-se nas diferentes lutas académicas em que estivemos metidos nesses dramáticos, pesados mas exaltantes anos 60. 

Depois dedicou-se à clinica e ao ensino e, ao longo dos anos, foi publicando livros  que acabaram por o tornarconhecido fora do meio da psiquiatria. 

Cumpriu todas as promessas que a sua aventurosa mocidade prometia mesmo se se posicionasse afastado da actividade política , muito embora permenecesse fiel aos ideais que marcaram a sua (e minha) geração.

Sai de cena discretamente aos 81 anos mas deixa uma marca luminosa entre amigos, contemporâneos colegas, alunos e discípulos.

Esta geração vai desaparecendo cada vez mais depressa como é natural.

Estes últimos meses, esta primavera que agora finda, trouxe um rasto de mortes entre os meus amigos: primeiro foi o João Cravinho, amigo, camarada desde os insólitos tempos do início do MES. Uma vida dedicada à poçítica, iniciada ainda na faculdade, prosseguida numa pequena organizaçãoo, o MAR e continuada depois nos anos tumultuosos do PREC e mais tarde como monistro e deputado do PS que pouco lhe seguiu os esforços e a defesa de uma ética política que todos pareciam louvar e raros adoptaram

Depois, foi o Paulo Mendo  um social democrata de primeira água, resistente desde sempre no Estado Novo, que além de médico reputado exereu honrosamente vários cargos políticos.

Conheci-o já depois dessa época e verifiquei quão culto, interessado e implicado ele era. Nos últimos anos já só o via muito raramente pois a idade começava a pesar-lhe (nascera em 1932)

Foi militante do MUD e, à conta disso, foi preso pela PIDE e levado a julgamento tendo saído milagrosamente  absolvido. De todo o modo manteve sempre uma clara atitude resistente ao Estado Novo podendo dizer-se que ao enytrar no PSD traza consigo o çastro da mais real e autentica social-democracia e nesse espírito sempre permaneceu.

Finalmente, o Carlos Matos Gomes, miitar de Abril, fundador (com outros) do MFA, homem de coragem e de letras, que conheci tardiamente e na sua qualidade de escritor. Para além de alguns romances deixa enquanto historiador um par de obras que merecem ser lidas e estudadas sobre as guerras de Áfroca.

Homem de comprovada coragem, quer como militar quer como revolucionário de Abril, era um excelente conversador e escrevia com elegância, humor e ironia. Usou o pseudónimo de Carlos do Vale Ferraz enquanto romancista, assinando as obras de História com o su próprio nome. De certo modo, faz parte da mesma geração do Pio e minha.

Temo que, cada vez mais, seja obrigado a registar aqui, o desaparecimento de amigos e companheiros. A necrologia não é, nunca foi, o meu domínio mas a realidade (e a idade) vão-se impondo  mesmo se, cada vez mais só, mais isolado, e mais velho, me escapem a maioria dos desaparecimentos.

Isto soa a lamento mas é apenas a vida. E sobretudo  pretende ser um pouco a celebração discreta daqueles que tentaram e a tornaram um pouco melhor para os seus concidadãos.

 

 

 

estes dias que passam 991

d'oliveira, 17.06.25

Voltando a uma polémica não esquecida

mcr 10-6-25

 

Escrevi aqui (e repito) que o pacto nazi-soviético de 23 de Agosto de 1939 permitiu sem quaisquer dúvidas que a Alemanha começasse a a 2ª guerra mundial sem o fantasma de ter de lutar em duas frentes, situação que se viveu na guerra de 14-18.

A invasão da Polónia, momento inicial da 2ª guerra mundial começou a 1 de Setembro do mesmo ano, isto é 8 dias depois da assinatura infame do pacto Ribentropp-Molotov

Finalmente, a 17 de Setembro do mesmo ano, as tropas soviéticas entraram na Polónia, isto é pouco mais de duas semanas do início da invasão nazi.

Aos cerca de 800.000 soldados soviéticos a Polónia apenas podia opor pouco mais de 20.000 guardas fronteiriços visto que todo o seu mal preparado exército acorrera à frente ocidental tentando  enfrentar o exército alemão.

Hoje, em dia, praticamente todos os  historiadores (russos, alemães ou ingleses, entre outros) consideram que a guerra não teria começado tão cedo não fora o pacto ter acalmado o Estafo Maior Alemão que resistia às injunções de Hitler. O fim da ameaça da sª frente convenceu a maioria dos generais alemães e o rápido desfecho da guerra converteu Hitler numa espécie de oráculo. Convém, entretanto sublinhar que  o fim da guerra na Polónia foi altamente ajudado pela invasão russa que tornou impraticável uma frente resistente na zona de fronteira polaco-romena para onde se rinham retirado algumas forças polacas. 

As restantes consequências do pacto levaram a que entre alemães e soviéticos se reconhecesse  a possibilidade de ocupação dos países bálticos e a intervenção na Finlândia. Tudo isso fazia parte dos memorandos e anexos secretos do pacto que, neste momento, podem ser lidos em português graças a uma obra recentemente escrita e publicada por M.S. Fonseca, editora Guerra e Paz. 

Obviamente, não é possível refazer uma outra História a partir de um não acordo nazi-soviético.  Porém, é absolutamente indiscutível que este acordo que poderá ser considerado contra natura foi fundamental para o desencadeamento da guerra no Verão de 39-

E foi isso e só isso que escrevi.

Um leitor veio indignar-se por eu menosprezar "milhões de mortos".  Ou não leu, ou tresleu. 

Mas mesmo neste capítulo conviria verificar exactamente qual a percentagem de mortos país por país, região por região. Suponho que alguém se poderá surpreender ao saber que nesse capítulo, um dos países  que (em percentagem) mais perdeu habitantes foi a Jugoslávia.  Na União Soviética foram a Ucrânia e a Bielorrúsia os países (repúblicas soviéticas) mais afectados mesmo se a invasão alemã tivesse levado a morte e a miséria a Leningrado no Norte e a certas regiões da Federação Russa. 

A Prússia Oriental ficou praticamente vazia de habitantes uns porque fugiram, outros porque foram dizimados e os restantes (a maioria) porque foram deportados. As próprias perdas militares  dependeram muito das tácticas usadas pelos comandantes. Mesmo hoje, e o exemplo da Ucrânia está à vista no que toca a baixas russas,  persiste a ideia de usar grandes contingentes que acabam por sofrer demasiadas baixas  num total desprezo pelos soldados. Valeria a pena reler as histórias do cerca de Stalingrado ou verificar as gigantescas perdas sofridas pelo Exército Vermelho na parte final da guerra (na pressa de conquistar Berlin, o Exército soviético sofreu 300.000 baixas ente mortos e feridos sendo que a defesa da capital do Reich estava já praticamente entregue ao Volksturm  e às juventudes nazis!). Nem as histéricas ordens de Hitler ( e o exemplo mais flagrante é a recusa da retirada pedida pelo marechal von Paulus quando ainda tinha algumas hipóteses de salvar parte do seu exército.   Dos 90.000 sobreviventes (num efectivo que abrangia  250.00 soldados) que se renderam, escassos milhares regressaram à Alemanha  vários anos depois do final da guerra )

De todo o modo, uma vítima basta para se verificar o horror da guerra.  

Valeria também a pena relembrar que além do Holocausto, houve pelo menos duas etnias que sofreram perdas gigantescas: os ciganos e os descendentes afro-alemães vindos fundamentalmente das antigas colónias alemãs (Tanganika e Namíbia) para a "mãe patria". Pode dizer-se que foram praticamente exterminados.

E ainda hoje, é difícil calcular o número de baixas chinesas ou filipinas entre a população civil.  O exército nipónico não só desprezava os soldados inimigos que se rendiam como não senta qualquer escrúpulo em atacar populações civis.  E preferiam morrer a render-se coisa que foi evidente nas sangrentas batalhas ilha por ilha ocupadas e depois conquistadas, uma  a uma, pelos americanos. Até as populações civis japonesas preferiam suicidar-se a  assistir à vitória americana. Há filmes a documentar essa medonha tragédia onde se destacam jovens mães com bebés ao colo a atirar-se das falésias para o mar

Finalmente conviria lembrar que, após o acordo soviético-nazi, Stalin não se precaveu contra o seu novo amigo e aliado Na noite que antecedeu a invasão da URSS ainda passou um comboio russo carregado de  bens essenciais ao esforço da guerra alemão vinda Da URSS para a Alemanha.  E foram centenas os comboios que forneceram petróleo, aço, carvão, bens alimentares  que a URSS enviou para os nazis. 

E no meio destas entregas houve ainda tempo para enviar para Brest-Litovsk umas centenas de judeus e/ou counistas alemães que foram obsequiosamente entregues à Gestapo. Entre eles estavam Hans David um compositor que morreu no campo de concentração de Majdanek e Margaret Buber Neuman, judia e comunista que conseguiu escapar à morte. 

Espero que esta lista não exaustiva convença o leitor que ou não leu ou não percebeu.

quem também não percebeu foi uma leitora Joana que me atribui (vá lá) umpassado de luta estudantil, de resto verdadeiro) e uma conversão em adulto ao consevadorismo. Engana-se redondamente . Depois da Universidade e enquanto advogado defendi numerosos presos polícos, estudantes em luta e durante todo o tempo até ao 25 A "passei" fugitivos, refractários e desertores pela fronteira. vinda a democracia, recusei fazer vida na política . Não mesentia cond+fortável como deputado menos ainda como autarca ou membro de Governo. Todavia, prezo-me de nunca ter votado à Direita do PS  nem à sua Esquersa com uma única excepção: quando Miguel Portas foi cabeça de lista do BE entendi que merecia receber o meu voto. Houve um par de vezes em que não votar por não querer dar o meu pobre voto a quem, segundo a minha perspectiva o não merecia. Foi o caso de Maria de Lurdes Pintasilgo enquanto cabeça de lista numa qualquer eleição europeia. O mesmo acontceu nas duas úçtomas votações europeias por idênticos motivos. 

entretanto, e hoje em dia, no capítulo "legislativas" tnho anulado o meu voto por entender que só a eleição nominal, deputado a deputado permite ao eleitor votar em consciência e poder pedir explicações ao seu eleito. no Porto duvido que hka mais de cinco eleitores que conheçam os 40 membros da lista em que votam.  Portanto, e a menos que a leitora, presumo que recente e provavelmente jovem, ache que a Esquerda se resume à actual dúzia (5% do total da AR) de deputados divididos entre Livre, PCP, DE e PAN. 

quando se não conhece o passado de alguém convém não tentar adivinhar. Se ela quiser conhecer o meu, pode ir à Torre do Tombo e consultar os 14 processos com que a polícia política me  brindou, para além das quatro prisões sofridas sem que, de elas tenha saído uma única denúncia de companheiros, camaradas ou amigos. Uma única e isso é mesmo a única coisa de que realmente me orgulho. O meu lema desde a primeira estadia em Caxias (1962) sempre foi "aos costumes e à polícia diz-se nada"

Finalmente, um par de leitores entenderam que a jovem que interpelou o Presidente da República sobre a Palestina saiu da sua "zona de conforto". Lamento ter de dizer usou apenas de um direito normal não arriscou rigorosamente nada e por muito amor que tenha pela causa palestiniana, teria feito bem melhor figura se ouvisse a defesa da pessoa que acusou. A democracia é isso e não dizer duas coisas,  de resto sem especial relevância e, desandar.  Essa é uma das principais tacticas do Chega  que passa a vida a fazer proclamações mas jamais ouve (nem quer ouvir) a resposta

Se estar contra a infame campanha militar de Israel em Gaza é sair da zona de conforto então saí daí há muito tempo mesmo sendo certo que a outra opção é crer que a tese dos dois países ten tudo cotra ela a começar pela separação dos territótios palestinos. De todo o modo ainda se não encontrou alternativa melhor  a menos que também nós queiramos aceitar a famosa e abjecta ideia de libertar too o território “do rio até ao mar” como proclama o Hezvolah, o Hamas, a Jihad  o Irão ou o movimento dos  hutisdo Yemen. 

 

Eu sei que a actual orfandade de uma certa e alegada Esquerda  leva à mais absoluta cegueira ideológica e a realidades alternativas mas inexistentes. É uma espécie de trumpismo ao contrário   que denuncia sempre e nunca tenta perceber o mundo ou medir as consequências do que proclama. 

A desafeição crescente dos cidadãos que se verifica elei~\ap pós eleirção  apenas lhes solidifica a ideia peregrina de quesão os últimos justos  e lhes promete uma carreira de lemings em direcção ao abismo. É com eles.

O texto acima publicado traz a data de 10, dia em que foi escrito. Entretnto, e porque estou em vias de mudar de computador,  ficou numa pen que só há poucos minutos foi encontrda. Há, de resto mais dois outros textos que tuveram a mesma sorte e que serão publicados .

 

 

 

 

o leitor (im)penitente 213

d'oliveira, 12.06.25

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Um acontecimento literário, cultural, artístico, político e ético

ou Portugal no seu melhor

mcr, 12-6-25

 

Não fora eu ser um leitor impenitente e teimoso  não teria sabido da saída de “Geralçao de 70, dicionário da geração de 70” (Imprensa Nacional & Ed Presença, 1025)

Todavia, como leio com regularidade o Jornl de Letras, deparei-me com um texto de Guilherme de Oliveira Martins (“fazer um dicionário”)  onde era dada esta novidade. Curiosa,ente, não vi (pu então não reparei) mais nenhuma menção nos jornais que leio (Expresso e Público) que lá vão dando alguma notícia semanal dos livros que saem.

O prefácio da obra é da autoria de Eduardo Lourenço e a organizaçãoo e coordenaçãoo devem-se  a ana Maria de almeida Martins, uma anteriana talentosa e dedicada com uma longa série de obras publicadas a que ainda ha pouco fiz refência devido ao inicio da pyblicação desta vez completa das prosas de Antero de quental, Guilherme de Oliveira Martins  que não necessita de apresentaçãoo e Manuela Rego que tem no seu activo uma boa dúzia de livros  quer como organizadora ou autora ou colaboradora. 

Estamos perante uma iniciativa  que merece um intenso aplauso e , pelo menos da minha parte, um enorme agradecimento. 

São oitocentas e tal páginas que permitem ao mais exigente ficar a saber quase tudo (senão tudo o, também são referidos que é possível)  desta notabilíssima geração , honra e glória do nosso final do século XIX e que abrange umas centenas de nomes  (Cesario Verde eNobre  também - emuito bem- são referidos) que todos juntos  dão um retrato do melhor que Potugal teve, nos tempos mais recentes.

Prém, não há bela sem senão: este livro usa um tipo de letra miseravelmente pequeno. Felizmente que, dada a minha péssima visão, uso desde há anos uma série de lupas electrónicas, a maior das quais tem um visor de 25 polegadas.

Temo que o tamanho ridículo da letra retire leitores a um trabalho que, pelo que já li é digno, interessante e mitiga, muito, a desilusãoo de quem hoje por cá anda.

 

estes dias que passam 991

mcr, 07.06.25

Não há como a América para produzir filmes de gangsters

(ou a realidade ultrapassa sempre Hollywood)

 

mcr,7-6-25

 

Não sei se quem me lê vê (ou gosta) de filmes negros americanos especificamente de filmes sob o tema do gangsterismo triunfante. 

Não vou citar a série "Padrinho" mas apenas um filme com excelente música (e belíssimas actuações) que se chamava "Cotton Club"." (que foi de resto um dos grandes centros do jazz nova-iorquino). Se a memória não me galha há nesse filme dois ou três retratos impiedosos e inquietantes de gangsters famosos e reais. De certo modo, sem tentar beliscar a  enorme qualidade do fprimeiro vale a pena atentar no segundo (aliás ambos os filmes foram realizados por Copolla mas o primeiro tinha um elenco de luxo , a começar por Marlon Brando e a acabar em diane Keston. Onde o segundo é melhor é na escolha musical  que o tornou absolutamente icónico para quem gosta de jazz. 

Todavia não venho aqui falar de cinema, nem especialmente dos gteíveis gangsters dos anos da depressão. 

De facto, a lição mais evidente da grande maioria dos filmes de gangsters é a de que entre aquela gente a honra é uma palavra vã e a amizade, a solidariedade não tem curso legal. Poderá, de quando em quanfo, haver uma temporária aliança entre duas sumidades do bas fond mas a regra é queo. entre estes cavalheiros a rivalidade alguma vez virá ao de cima e a luta que se segue é medonha. Neste meio só a morte, se possível, violenta, do outro é que vale. Quanto mais violenta, melhor porqunto a fama e o ascendente do novo criminoso necessita que seja conhecido e reconhecido como alguém que veio para dominar . Dominar absolutamente, doa a quem doer, custe o que custar.

Os dias que correm, mostram de maneira evidente que a lição dos bosses mafiosos permite compreender melhor o mundo em que se vive e as batalhas que hão de surgir.

Porém, os actores não tem a qualidade dos já citados artistas do Cotton Club ou de O padrinho. são risíveis, rasteiros, megalómanos, perigosos. E capazes de tudo! 

Também não me compete fazer agora a crónica judiciária  (ou qualquer outra) de alguns "heróis do nosso tempo".

No entanto, o filme real a que assistimos apenas começou e promete  muito, olá se promete. 

Ou como se dizia: zangam-se as comadres e descobrem-se as verdades.

Ao contrário do que assegurava Gramsci,   a verdade não é sempre revolucionária sobretudo em tempos em que as fake news (graças ao poder do dinheiro e às redes sociais)  gozam de impunidade e circulação. 

Quando dois escorpiões se enfrentam devemos desejar que se firam mortalmente um ao outro.

E com este pio voto, aqui vos desejo bom domingo e, se possível, melhor(es) semana(s). 

 

estes dias que passam 990

mcr, 05.06.25

Patético?

Pateta mas muito pateta...

mcr, 5-6-25

 

O recente incidente que misturou uma activista pro Palestina e o Presidente da República merece, apesar de tudo um par de reparos

Antes de entrar na análise dos factos a que assisti via televisão, devo recordar que faço parte do pequeno número de portugueses que nunca votaram no sr dr Marcelo Rebelo de Sousa fosse em que situação fosse, nunca se babaram  ao ouvir os seus comentários televisivos e nunca apreciaram a sua irrequieta actuação política. Bem pelo contrário data do imediato post 25 de Abril  uma clara antioatia pelo autor de "factos políticos2, pelo jornalista do Expresso ou pelo activista político do PPD.Tudo isto sem negar que a criatura era culta, inteligente  e profissionalmente competente enquanto professor de Direito. Todavia, como político,  não parava, saltitava parecia ter ua espécie de doença política de S Vito.

Convém , também lembrar que mesmo defendendo o direito de Israel  a existir, sempre fui adepto do mal menor , reconhecendo o direito a uma nação palestiniana. Tudo isto está abundantemente documentado neste blogo onde escrevo vai para vinte anos.

Também é bom não esquecer que sempre, mas sempre, desde os meus anos duros de opositor do Estado Novo nunca asmirei qualquer espécie de terrorismo  mesmo o que ,em dose exígua, ocorreu nos últimos anos do regime ditatorial (ironicamente, num dos xatorze processos que a PIDE me dedicou apareço numa reuniãoo (onde não estive) numa terra que ainda hoje não conheço, Cantanhede, a fazer a apologia do bombismo! O depoimento acusador tem por autora uma informadora que teria o pseudónimo de Catarina!...)

Tendo acompanhado tão empenhadamente quanto possível os principais conflitos a que fui assistindo (e neste momento há três gravíssimos- Ucrania,  Palestina e Sudão e mais meia dúzia que vão destruindo a vida e a tranquilidade de povos tão diversos como os de parte do Sahel ao Afeganistão e Caxemira, sem falar dos uigures chineses ou dos perseguidos Rohinga.

Em todos estes casos,  fui tomando posição e tentei perceber tanto quanto e foi possível, a situação, as origens e o desenvolvimento dessas tragédias. Valeu-me o meu gosto pela História e a curiosidade que sempre me acompanhou e o facto de poder documentar-me com livros e revistas em várias línguas que pressupõem também alguma despesa que felizmente posso suportar. 

O caso da rapariguinha que interpelou o Presidente da República  surpreendeu-me por várias razões. Apenas referiu a Palestina, usou um português de fraca qualidade argumentou denotando um conhecimento demasiado superficial e, sobretudo, não foi capaz de aceitar um diálogo que ela própria provocou. 

Isto de dizer na cara de alguém quatro narizes de cera e depois tentar esquivar-se a ouvir a resposta é o contrário da democracia, do diálogo, da acçao política e da educação. 

Provavelmente, na sua candidez ignorante estará a pensar que cometeu um gesto heróico, que ajudou o povo palestiniano.

Valha a verdade que Portugal não tem tido uma atitude forte quanto ao conflito, mesmo se o Governo se refugia na "acção comum europeia" que também não tem sido propriamente clara e combativa. 

É verdade que os fervorosos adeptos da Palestina se confundem com os fervorosos admiradores do Hamas, do Hezbolah e de outros jihads diversas  que pregam a expulsão dos judeus do "rio ao mar". É verdade que o miserável Netaniahu é criatura sem escrúpulos, acusada de várias malfeitorias e por isso em riscos de ser condenado por um tribunal. É verdade que Israel tem no seu seio uma forte minoria de fanáticos tão infames quanto os adeptos do Hamas mas infinitamente mais fortes e mais bem preparados militarmente que estes últimos. 

Porém desancar o Presidente da República pela actuação política dos agntes políticos (Governo, Parlamento, líders partidários) de nada serve sobretudo se feita da triste maneira a que assistimos em directo com a fuga da menina à resposta possível e ao diálogo. 

quem se porta assim nem sequer percebe que está a negar o direito de se exprimir e de convencer o publico em geral ou qualquer adversário. Porta-se com inegável estupidez  e cobardia. Não me admiraria se me dissessem que a criaturinha é apenas uma adepta do Chega que ainda não se auto analisou.

Pelos vistos  quis mostrar-se. Poderia conseguir a mesma repercussão se fosse com um cartax para a frente da embaixada israelita ou da sinagoga. só que aí se expunha a dois "safanões dados a tempo"  como preconizava o homem de Santa Comba. 

Qunato ao seu oponente a coisa também não correu completamente de feição- Tentar agarrar a tontinha pelo pescoço   não foi a melhor opção. De todo o modo, e para ser justo, recorde-se que a ouviu serenamente e sem a interromper.

É  curioso mas não tnho ouvido os amigos da Palestina citarem oa infame invasão da Ucrânia. Menos ainda condenarem a política interna do Irão onde as mulheres são perseguidas. Não refiro a questão do Sudão porque estes rapazinhos e rapariguinhas nem sequer devem ser capazes de acertar num mapa de África com o país. E depois, no Sudão e  tudo pretos...