missanga a pataco 68
AE Territorio Educativo de Paredes de Coura
A confirmarem-se as notícias vindas a publico sobre a suspensão de actividades previstas no Projecto Educativo e no Plano de Actividades dessa Escola, e na salvaguarda primeira das obrigações da esola - cumprir a sua missão de processos de socialização e de aprendizagem para os alunos, razão central porque definiu as actividades de Carnaval nos documentos de acção educativa anteriormente referidos.
Tomando por base estes pressupostos, determino:
1. o cumprimentos das actividades com os alunos previstas para esta época;
2. o envio a esta DRE de um memorando clarificador dos problemas que têm vindo a ser denunciados pelas estruturas representativas;
3. Sendo certo que muitos docentes não se aceitam o uso dos alunos nesta atitude inaceitável, acompanharemos de muito perto a defesa do bom nome da escola dos professores, dos alunos e de toda a população que muito tem orgulhado o nosso país pela valorização que à escola tem dado
Margarida Elisa Santos Teixeira Moreira
Respeitou-se cuidadosamente (e com a difícil neutralidade que se imagina) o surpreendente português em que o texto é vertido. Se de português se trata, claro.
Fica-se com a penosa sensação que já há dois países distintos neste jardim à beira mar plantado: um, aquele em que frequentámos a escola que nem sempre era risonha e franca mas que cumpria (mesmo naqueles negros tempos) com uma função essencial: socializar a criança indefesa pondo-a a falar um português aceitável , outro, o da senhora directora Margarida Elisa Santos Teixeira Moreira em que se usa esta esdrúxula redacção em que há professores que não se aceitam o uso de alunos para não referir, com uma desconsolada gargalhada, a passagem do primeiro para o segundo parágrafo.
Também parece desnecessário referir o tom ameaçador do último parágrafo e a patetice apologética da defesa do bom nome de várias criaturas que ao que parece muito tem orgulhado o país da dita senhora pela extraordinaráia valorização que dá à escola.
Eu não sei onde é que esta criatura estudou, se estudou, quem lhe ensinou português se culpados de tão nefanda acção existem ou existiram mas, pelos resultados aqui exuberantemente visíveis, seria aconselhável (se acaso ainda vai a tempo) um curso género novas oportunidades com muita insistencia na língua pátria e obrigatório exame da antiga terceira classe ao fim.
Isto que acima se lê é o retrato puro e duro do Ministério da Educação e dos seus distritais sátrapas. Isto provaria à saciedade algo de que há muito se sabe: a fidelidade partidária vence toda e qualquer outra noção de qualidade para prestar serviço público. Quando a senhora ministra refere a má vontade dos professores deveria ler estas charadas da autoria dos seus dedicados agentes para perceber o estado a que chegou a chamada Educação Nacional. E tirar daí as necessárias consequências...
Mas isso seria pedir muito, demasiado mesmo.