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Incursões

Instância de Retemperação.

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Instância de Retemperação.

Au bonheur des Dames 180

d'oliveira, 03.04.09

Mais do mesmo, ou talvez não

 

 

Esta aventura (pequena aventura, graças a algumas ajudas oportunas) de mudar a direcção do blog deu-me uma ideia.

Isto da apanhar com uma ideia em cima quando já o cabelo está branco tem muito que se lhe diga. À uma, desconfia-se. Ideia nova em odre velho (e nunca a expressão odre foi tão bem usada: estou gordo. Goooordo!)  é fífia ou pífia ou milagre. Vamos pelo milagre que é coisa mui digna de admiração quando se aplica a um descrente, A um incréu, palavrinha que sai do desuso por esta etérea via. 

Depois, eu e as leitorinhas gentis, temos sido vítimas inocentes de ideias. O governo (que Deus não guarde) tem ideias. Ele é TGV, ele é dinheiro para os bancos, ele é isenção de impostos para as filiais dos bancos estrangeiros sei lá que mais. Será que se eu emprestar a um moderado juro de 10% cinquenta euros ao camarada JCP e se nesse generoso e moscovita acto me intitular “MCR, incorporated trust” o governo me isenta do imposto deste ano?

Finalmente, uma ideia (não a Ideia de Eça e de Antero, mas apenas uma ideia) original serve para alguma coisa?

A ver vamos, como dizia o cego.

Mas então a ideia, mcr, a ideiazinha? Ah, é verdade, a ideia. Pois aqui vai:

Senhoras e senhores leitores, please fasten seat belt, desliguem os telemóveis, suspendam a respiração. O comandante mcr e a sua briosa tripulação (???)  vão lançar-se na aventura de um novo blog.

Calma, povo, calma: um novo blog não implica a saída deste que tão amavelmente me acolhe, nada disso. É um novo blog onde tentarei escrever coisas parecidas mas diferentes, diversas mas semelhantes, um outro modo de estar na estratosfera, digo blogoesfera, um blog onde descarregue coisas compridonas que aqui não cabem e Deus sabe as secas que por aqui vos vou pregando com textos tão longos (e tão chatos) quanto a espada de D Afonso Henriques.

Portanto, mcr está por aqui e estará. Como sempre. E estará noutro sítio, fingindo deter o dom da ubiquidade, coisa com que sempre sonhou e mais não adianto porque se vos contasse o que queria com esse dom apanhava um arraial do catorze.

Pressinto por aí ( e por aqui…) um vago mas promissor aluvião de gargalhadas. Então aquele maduro vê-se e deseja-se para acertar nos mais simples problemas de gestão do blog e vai meter-se sozinho com mais impudência que coragem  numa aventura a solo?

Sei tudo isso. Mas quem não arrisca, não petisca. E eu sou um jogador. De bridge, claro mas o bridge é jogo que também permite saltos no vazio. E este modesto bridgeur poderá não ter pára-quedas (de facto não tem) mas meteu-se-lhe na cabecinha pensadora que um bom guarda-chuva, dos antigos, com cabo de “java” poderá servir para o efeito. É a vantagem  de se viver num mundo virtual, ou, pelo menos, é isso o que pensa.

Aqui chegados, quando, onde e como? Pois muito brevemente, aqui no Sapo, numa coisa que se chamará “uma garrafa  ao mar”.  Um alegre náufrago, este, munido como manda a tradição romântica dos robinsons (mesmo os de Júlio Verne e Emílio Salgari, figuras protectoras com Ulisses e com Mendes Pinto do futuro blog), ver-se-á munido de um lote de excelentes garrafas de bom vinho que depois de vazias se lançarão  ao “mar cor de vinho” e a todos os outros (com excepção do da Serenidade) com a vaga mas consoladora esperan que chegarão a boas mãos. A mãos curiosas. A mãos operosas. A mãos mais para abrir para dizer olá do que fechar para ameaçar. A mãos generosas: as vossas.

Este blog será “a capela”. A palo seco. Como se o seu autor, que é marxista tendência Groucho, fizesse sua a máxima do grande actor que se sentia incapaz de entrar num club em que o aceitassem.

O autor começa a viagem só mas com a esperança (e a sensação) de que estará acompanhado. O resto será convosco. See you later. E até lá citemos o velho Álvaro de Campos que também cita, aliás:

fifteen men on the Dead Man’s Chest,

Yo-ho ho a botle of rum!

 

 

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