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Incursões

Instância de Retemperação.

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Estes dias que passam 164

d'oliveira, 25.05.09

O senhor Bastonário, a jornalista

ou o chá que se não tomou

O senhor Bastonário gosta de falar. Gosta de se ouvir. Gosta do ruído. Se acha que a drª Moura Guedes faz um jornalismo abaixo de cão, coisa que eventualmente estarei disposto a aceitar, não vai lá. Não lhe dá essa confiança. A gente só deve falar com gente de bem. Se soubermos o que isso é.

No caso que o opõe em gritaria à jornalista da TVI tem um caminho: queixa por falta de deontologia. Queixa á tal Comissão que vigia o audiovisual.

E não agora, mas já antes. Assim não. MMG ouviu os Conselhos Distritais e ouviu-o a ele. Isso não é nem um julgamento nem uma acusação.

Ou então Marinho e Pinto deveria ir para uma Assembleia Geral da Ordem para que se escolha entre ele e os conselhos. Não vai.

Marinho e Pinto anda há anos a dizer que há coisas horríveis na justiça e não só. Muito bem, que diga os nomes, aponte os criminosos e que estes se julguem. Já apontou algum? Um só? Digam-me, por favor…

Marinho e Pinto anda agora a acusar José António Barreiros, eleito ainda com mais votos do que ele para o Conselho Superior (sem suporte de qualquer lista, como mero franco atirador, note-se), de ser este o seu principal adversário. E JAB é também um advogado sozinho. Não está em nenhum dos terríveis grandes escritórios que Marinho tanto detesta. Mas foi escolhido para seu principal adversário. Conheço o José António suficientemente bem para poder afirmar que não me parece que este considere Marinho e Pinto como seu principal adversário. Se calhar nem o acha adversário. As pessoas também têm o direito de escolher o seu oponente…

Eu, pelo menos, acharia Marinho e Pinto irrelevante. E sobretudo desinteressante.

Marinho e Pinto esquece todos os ex-bastonários (e não são poucos, e escrevem nos jornais e já lhe disseram várias vezes o que pensavam dele) esquece todos os críticos – e são uma multidão – a que se somam agora os Conselhos Distritais.

Marinho e Pinto esquece uma elementar regra: não é ele que está em liça mas a Ordem dos Advogados através dele. Se isso lhe é pesado que saia, que se demita e que do seu lugar se defenda. Não pode é andar a servir-se de duas posições, a individual e a representativa para tonitruar continuamente mesmo que seja contra a drª Guedes, coisa que a mim pouco (nada) me importa.

Poderia, mas nem vale a pena, tentar perceber o que o move agora. Suspeito que, para além de uma pequena vaidade provinciana, para além do rasto de mais um caminho de Damasco político (coisa a que começamos a estar demasiado habituados…), para além da febre do funambulismo que dá aos recém conversos, não se tira mais nada. O homem não tem modos? Não, mas nem é isso que interessa. O homem não tem ideias. E isso, sim, é bem pior. Sobretudo para uma classe profissional que está a atravessar um mau momento quanto à sua identidade, ao seu papel na sociedade, ao seu lugar no domínio da justiça. Mas sobre isso Marinho e Pinto tem sido estrondosamente omisso.

Nota: quanto à senhora drª Guedes é simples: não a oiçam. Se as audiências forem más, eles substituem-na. Eu não a oiço. Ou ponham-lhe um processo. Não venham agora dizer-me que o espectáculo tristíssimo de sexta feira é bom para quem quer que seja. Não é. É péssimo para todos nós, individualmente, e para o país colectivamente. Isto não é a feira da ladra e muito menos o pinhal de Marrocos, que diabo! Um pouco de chá, por favor, mesmo que seja só de erva-cidreira…

 

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