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Incursões

Instância de Retemperação.

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Ambivalência Ambiental

JSC, 23.11.09

Em entrevista à TSF, a Ministra do Ambiente declarou, claramente, que recusa a privatização das Águas de Portugal. Com esta declaração política a senhor Ministra tranquiliza todos aqueles que consideram que o abastecimento público de água é um bem essencial, primordial à vida, de cujo consumo ninguém poderá ser excluído, não passível de ser entregue à iniciativa privada, que actua, muito legitimamente, em função das regras do mercado.

 

Contudo, aquela declaração da ministra é seguida de uma outra, em que afirma que a exploração e a gestão das infra-estruturas possa vir a ser entregue a privados, que, explícita a ministra, assegurarão a correspondente prestação do serviço.

 

O que a ministra não disse, nem o jornalista lhe perguntou, é o que é que resta, para o sector público da água, depois do Estado entregar à iniciativa privada a exploração e gestão das infra-estruturas de captação, tratamento e distribuição de água, incluindo as redes saneamento e respectivas estações de tratamento? Sim, o que é que, neste domínio, sobrará para a esfera pública?

 

Ou a senhora Ministra está, ainda, politicamente, muito confusa ou tem um discurso político muito esquisito, próprio para papalvos. De facto, nestas primeiras declarações, numa matéria (gestão da água) tão sensível e importante, a Ministra diz que não vai fazer o que, no mesmo contexto, anuncia que fará. A ler aqui.

 

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