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Incursões

Instância de Retemperação.

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Exportar, exportar, exportar

José Carlos Pereira, 10.02.11

Participei no Congresso das Exportações, que reuniu na terça-feira perto de 1.500 empresários e gestores no Europarque, em Santa Maria da Feira. No centro do debate esteve a necessidade imperiosa de criar condições favoráveis ao reforço das exportações, a única forma de Portugal diminuir o seu endividamento externo e de contrabalançar a retracção do mercado interno.

O congresso deu particular destaque à análise de sectores como as energias renováveis, a indústria florestal, a construção, o sector agro-alimentar, a indústria automóvel e aeronáutica, têxteis, vestuário e calçado. Também áreas transversais como o financiamento, a logística e as infra-estruturas, o empreendedorismo e a inovação e a análise dos novos mercados emergentes mereceram a atenção de especialistas reputados.

O Governo, através do primeiro-ministro e do ministro Vieira da Silva, deu testemunho da sua determinação e disponibilidade para colocar os instrumentos financeiros, a AICEP e a diplomacia ao serviço da "agenda das exportações", uma prioridade para os próximos anos. Sócrates teve um discurso afirmativo, que foi bem acolhido pelos presentes, lançando o desafio de aumentar a curto prazo as exportações dos actuais 32,5% para 40% do PIB.

Os empresários tiveram oportunidade de apresentar as suas razões de queixa e de exigir maior celeridade nos processos e um reforço dos apoios à exportação. O Governo respondeu com novas medidas, dirigidas sobretudo às empresas com ciclos de produção mais longos. Tudo isto no mesmo dia em que o INE revelou que as exportações cresceram 15,7% em 2010, totalizando perto de 37 mil milhões de euros.

Faço um balanço muito positivo do que ouvi em Santa Maria da Feira e gostei de ver as muitas centenas de empresas determinadas a reforçar a sua capacidade exportadora e preparadas para ultrapassar as fragilidades que ainda encontram. Como também me entusiasmou constatar as boas práticas de empresas e infra-estruturas de nível internacional. Fiquei a saber, por exemplo, que o Porto de Leixões, um verdadeiro caso de sucesso, é o porto mundial que movimenta mais carga para Angola e que opera directamente para 172 portos de 168 países. Dados encorajadores para a região Norte e para o país.

Há, pois, razões para confiar no futuro e para não baixar os braços.

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