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Incursões

Instância de Retemperação.

Incursões

Instância de Retemperação.

Terrorismo financeiro

O meu olhar, 15.06.11

Manuel António Pina, hoje, no JN:

 

Desta vez foi "engano", mas a coisa mostra como funcionam consultoras
financeiras e agências de "rating" (até onde é possível distinguir umas e
outras, pois as agências de "rating" aconselham e avaliam ao mesmo tempo).

A crer na consultora High Frequency Economics, Portugal entraria hoje em
falência, não tendo com que pagar 6,4 mil milhões em Obrigações do Tesouro e
cupões que hoje vencem.

Os "mercados" entraram logo "em pânico" o que, em economês, significa que
abriram logo a imensa e voraz boca a exigir mais sangue, isto é, juros mais
usurários ainda. Entretanto, a consultora, emendou a mão: havia um pequeno
"engano" de 12 mil milhões de euros. Pelos vistos"esquecera-se" dos 6,1 mil
milhões que Portugal recebera tanto do FMI como do FEEF. E, de um momento para o
outro, por suave milagre, os "mercados" sossegaram.

Imagine-se agora porque é que os grandes fundos de investimento (BlackRock,
Capital, Fidelity...) são simultaneamente accionistas de agências como a
Moody's, a S&P ou a Fitch - as mesmas que, com os desmesurados "ratings"
atribuídos ao lixo financeiro do Lehmans Brothers e outros bancos estiveram na
origem da crise financeira internacional - e quanto metem esses fundos ao bolso
sempre que as "suas" agências baixam o "rating" das dívidas públicas ou empresas
em que pretendem investir. Para quando leis contra o terrorismo financeiro, que
mata e desemprega muito mais que o islâmico?

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