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Incursões

Instância de Retemperação.

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As fragilidades da "nova" CCDRN

José Carlos Pereira, 29.03.12

aqui escrevera sobre o arrastado processo de nomeação das equipas dirigentes das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), entidades com competências relevantes em áreas fundamentais para o desenvolvimento integrado do país e das suas regiões. No que diz respeito à CCDR do Norte, esse processo conheceu ainda uma miríade de nomes atirados para as páginas dos jornais, talvez com o objectivo de avaliar a forma como os mesmos eram acolhidos.

A escolha do Governo acabou por recair numa equipa com um perfil vincadamente técnico, claramente desalinhada, em termos de trajecto e de curriculum, com aquilo que se passou ao longo dos anos e com as exigências que se colocam a estas entidades. A CCDRN teve lideranças marcantes com Valente de Oliveira, Braga da Cruz, Silva Peneda, Arlindo Cunha ou Carlos Lage, personalidades que prestigiaram a instituição e que assumiram um papel importante no ordenamento do território, no planeamento e desenvolvimento regional, na cooperação transfronteiriça e na aplicação dos fundos comunitários na região. As fidelidades pessoais e partidárias obnubilaram, desta vez, os responsáveis pelas nomeações.

Como se não bastasse, veio a público que um dos vice-presidente da CCDRN não poderia ter sido nomeado pelo facto de a lei exigir para este nível de funções a nomeação de licenciados há mais de oito anos. E o dito vice-presidente é apenas bacharel, o que tem causado um enorme burburinho na CCDRN. Conhecendo a casa, não custa acreditar...

Neste clima, reúne-se amanhã a Comunidade de Trabalho Galiza-Norte de Portugal para debater temas estruturantes para esta macro-região, sobre os quais se desconhece em absoluto qualquer opinião dos novos responsáveis da CCDRN. Começar pior era impossível.