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Incursões

Instância de Retemperação.

Incursões

Instância de Retemperação.

Au Bonheur des Dames 317

d'oliveira, 20.05.12

A prisão é uma chatice

 

(ainda por cima come-se mal)

 

 

 

Prólogo

 

Eu sei que o título desta curta série (que, a exemplo de outras, noutros anos) celebra o aniversário do “incursões”) pode prestar-se a equívocos: muito boa gente achará “chocarreiro” ou de humor duvidoso um título  de um par de crónicas que versarão temas sérios e graves.

 

Todavia, decidi mantê-lo por razões igualmente sérias, ponderosas e graves: em primeiro lugar seria o título de um romance que não escrevi sobre algumas épocas de uma vida – a minha – temperado pelo véu ligeiríssimo da fantasia.

Em segundo lugar, valendo-me sempre de Eça, sempre entendi que a auto-ironia, e a ideia de não nos levarmos demasiado a sério, torna menos imodesto este exercício autobiográfico. 

 

Em terceiro, último e definitivo (ou provisoriamente definitivo) lugar trata-se de uma verdade insofismável: a prisão não se recomenda a ninguém e a mistela que por lá servem é pior do que o rancho da tropa (se é que ainda há tropa e ainda há rancho.

Em tempos de crise tudo é possível mesmo se ao virar de uma esquina nos cruzemos com os senhores Vasco Lourenço e Otelo Saraiva de Carvalho que, ao que parece, se julgam donos do 25 de Abril ...  Bom seria lembrar a essas lustres personagens que o 25 A apenas veio repor –para melhor, convenhamos – a situação anterior ao 28 de Maio e que entre uma e outra data, a tropa, a verdadeira, a das Escolas Militares, desfrutou de uma bela situação que, mesmo hoje ainda se prolonga.

 

Portanto esta é a história de um paisano que com outros paisanos que nunca se deram por heróis começaram o 25 A com doze anos de antecipação. Mais precisamente num Maio de 1962. 

 

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