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Incursões

Instância de Retemperação.

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Até o futebol… nos desampara

JSC, 05.06.12

 

Até no futebol as coisas não vão bem. Não é que a crise que se abateu sobre a selecção tenha alguma coisa a ver com a crise que se abateu sobre o país.


 Não sobre o país todo, porque há uma minoria que não pára de aumentar  a sua fortuna. Fazem jus ao princípio de que a crise é uma oportunidade…

No futebol, a crise é de outra natureza. É uma crise de excessos e excesso de dinheiro. Claro que também não no futebol todo. Mas a selecção é o expoente dessa crise. Manuel José, que sabe de futebóis há muitos anos, olha para a selecção como um circo, um circo de vaidades, de penteados vistosos, de carros poucos vistos e charretes.


Os jogadores esgotam-se nas tarefas sociais, em protocolos mais ou menos oportunistas, a fingir patriotismo, mesmo quando o patriotismo também já não é o que era, como disse o Ministro Relvas. Mas os jogadores também se cansam nos cabeleireiros, nos tatuadores e distraem-se a acenar para o povo, que os inveja, aplaude e insulta.


Depois, quando entram em campo não esquecem a imagem que acabaram de compor em frente ao espelho. Grande é a preocupação com a imagem que querem passar. A bola é o acessório que serve para compor a imagem.


Até pode ser que as coisas corram bem ou razoavelmente bem. Pode ser. A verdade é que tem tudo para correr mal. E quando assim é, corre mal de certeza.


De qualquer modo, para os jogadores o impacto é quase o mesmo. No final, seja qual for o desfecho, cada um vai para o seu clube ou até muda de clube. É neste particular que Jogadores da selecção e políticos se encontram. Uns e outros, no fim do jogo, têm assegurado continuar a jogar e, com alguma engenharia, até podem subir de patamar. Conclusão, a selecção pode perder. Os membros da equipa sairão sempre a ganhar. Tal como os do governo pátrio.

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