A varapau, 18
Um rapaz negro americano de 15 ou 16 anos armado de um livro debaixo do braço foi morto tiro por um segurança branco.
O rapaz pelas fotografias fornecidos é mesmo um miúdo magro com ar frágil.
O segurança é um sólido matulão que terá eventualmente quase o dobro do peso do assassinado.
foram precisas seis semanas para a polícia ncontrar o criminoso. Seis semanas! Parece que o segurança temia pela sua vida: o fantasma do preto andaria a perturbar-lhe as noites e essa tremenda ameaça fez com que ele se esquecesse de comunicar o "fait divers à polícia.
Uma vez encontrado, revelou que temera pela sua vida, que o rapazola o teria atirado ao chão e tentado vezes sem conta esmagar-lhe a cabeça contra o passeio.
No julgamento, dado não haver tstemunhas (nunca há testemunhas quando o falecido é escarumba) as seis senhoras brancas do júri entenderam que o matador era inocente pelo que este foi mandado em paz.
Numa certa América as coisas são assim: preto morto é preto bom. Aliás os pretos odeiam os branncos, atacam-nos com livros, lincham-nos à luz de cruzes a arder, reservam-lhes os piores bairros, os piores empregos e só são bons para jogar basquetebol, correr, tocar trompete e deixar-se matar nos campos de batalha já que constituem a maioria dos alistados.
Fez-se justiça!
d'Oliveira fecit 17.07.013
*basta ver as fotografias para se perceber que o preto não é quem se pinta. Notem-lhe o olho torvo, o ar façanhudo, o sorriso sarcástico. E vejam o inocente branco, tão intelectual, tão carente de afecto.