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Incursões

Instância de Retemperação.

Incursões

Instância de Retemperação.

se fosse

Sílvia, 31.12.04
se fosse possível às pessoas

ouvir a canção

que há entre os gestos

mesmo antes que sejam abraços,

a música

que há entre as letras

mesmo antes que se tornem palavras,

talvez navegássemos

mais livremente este oceano.



a alma, uma vela enfunada.



silvia chueire



Feliz Ano Novo a todos !

Desabafo, em fim de ano

ex Kamikaze, 31.12.04
O desabafo foi feito aqui pelo compadre Esteves e bem merece a visibilidade de post.
Que o novo ano nos traga mais desabafos seus, compadre!

"Depois de fazer o último comentário, tive saudade das aulas de Filosofia, do prazer que sentia, quando os meus alunos descobriam a importância do modo de ver a vida, os outros e o mundo na orientação das suas próprias vidas. E notei que me tinha esquecido de estabelecer uma conexão entre as preocupações com as emoções e o conceito de bem-estar. Um bem-estar que, no tempo de Voltaire, tinha a ver com a natureza natural do homem (explorada por um outro pensador dessa altura, Rousseau -mito do bom selvagem) e com os direitos naturais (de que falou Lock). E como tudo isto teve repercursões no desenvolvimento de uma nova concepção do homem e no emergir de uma nova ciência, a que Adam Smith, amigo de Hume, nesse tempo começou a teorizar. De facto, se a sociedade, tal como tradicionalmente estava estabelecida, era má, o melhor era atribuir ao trabalho (como expressão genuina do querer) o valor natural capaz de produzir riqueza e organizar uma sociedade mais justa. Todos reconhecemos que a importância deste paradigma foi claramente sublinhada por Weber na "Ética protestante e o espírito do capitalismo"!
Ser professor, sempre foi para mim, dar testemunho da procura de um saber e entender os alunos como companheiros dessa viagem, uma viagem que acaba por nos ajudar a estabelecer uma rede de compreensões. E é nesta rede que entendemos as portas que se vão abrindo ao futuro e somos capazes de olhar de forma distanciada o presente, a não "engolir" , como se fosse um fatalismo, tudo o que nos querem enfiar. Só a compreensão do relativismo histórico das redes que configuram sistemas de crenças pode desenvolver nos alunos uma atitude crítica. Ficava satisfeito quando entendiam que o presente foi o passo dado em frente do passado e assim acontecerá com o futuro. E quanto assumiam que o sentido desse passo depende de todos nós. A compreensão disto fazia da aprendizagem um autêntico filosofar.
Tenho para mim que o mal do sistema educativo tem duas raízes: a perda de autoridade dos professores e as ciencias ocultas que dão pelo nome de ciências da educação. As que defendem que a atitude critica é levantar levantar o braço e fazer ruído na aula e que o bom professor é o que classifica em função do número de vezes que um aluno levanta o braço. Só serviram para promover a retórica. Hoje, os professores já não ensinam, fazem reuniões, onde, até à exaustão, vão-se labirinticamente repetindo.
Desculpem este desabafo, em fim de ano."

2005

Incursões, 31.12.04
Não sei onde vou estar, com o João, logo, à meia-noite. Estarei, seguramente, com pessoas que gostam de nós, haverá festa e eu sei que, pela primeira vez em alguns anos em dia em que o ano muda, vou estar animado, com garra, com confiança, com o olhar brilhante, expectante de que o ano que aí vem será melhor do que os últimos que passaram.



Não vou comer passas, nem formular desejos. Comi passas e passas e formulei desejos e desejos em anos que já passaram e os desejos não se confirmaram. Desta vez, vou à luta em vez de formular desejos, vou retomar o olhar firme, o passo certo, a largueza dos gestos, as palavras exactas, marimbar-me para os sentimentos de culpa - injustos - que me plantaram, e voar sobre os sentimentos de culpa - justos - que já paguei. Conversa acabada!



O ano velho morreu. Com ele, morrerá o que envelheceu em mim. Vou voltar a ter prazer em comprar fatos novos, em ganhar dinheiro compatível com os sucessos e os sacrifícios, em trocar de carro, em reler o que já quase esqueci, em estudar, em transformar a minha casa caótica num sítio civilizado onde os meus amigos possam estar. Talvez me entusiasme e publique um novo livro, desta vez, com o cuidado dos académicos.



Estou cheio de "pica", como se vê. Não me lembro de estar assim... Não se trata de euforia de uma qualquer disfunção bipolar, é mesmo assim, e eu sei que é assim.



Verei os meus filhos como a prioridade, mas não ficarei refém dos meus filhos, tão habilmente usados para me abater, a mim, que tenho o rosto marcado pela intempérie de noites sucessivas sem dormir, mas de coração mole, o coração que permitiu que gente sem alma se colocasse nas minhas costas para subir na vida, gente injusta, que não sabe o que é a alma e que vive das aparências e que já nem aparências tem...



Nos próximos dias, irei a Fátima. Gosto de Fátima. Pela Fé. E porque, também, estive lá, jovem repórter-e-estudante-de-direito, quando Khron tentou matar João Paulo II, e quando, poucos anos mais tarde, voltei, para escrever coisas sobre Fátima, coisas boas e coisas más. Irei a Fátima - peregrino. Não sei rezar, mas sei ficar paralisado no silêncio que a imagem de Fátima me dá, com as minhas lágrimas inquietas e com as lágrimas quietas que a Virgem me mostra, mesmo que apenas eu as veja, porque eu quero vê-las.



E quero continuar aqui. A escrever coisas que são minhas, muito minhas, demasiado minhas para um sítio público, uma exposição que não me assusta, porque não tenho nada a esconder, por muito que tenha uma vida de estórias.



E quero - quero mesmo -, que todos, aqui, sejam felizes. Em 2005. E sempre.



Um abraço do carteiro. De novo apaixonado pela vida.

AFT de volta?

Incursões, 31.12.04
Não. A notícia que se segue não é do Inimigo Público. É do JN de hoje, dia 31 de Dezembro, último dia do ano da Graça de 2004. Avelino FT, o mesmo que seria candidato a Amarante, "nem que seja de muletas", porque sentiu o apelo da terra natal e porque ama Amarante, anda aos ziguezagues. Tal como eu sempre previ, se não lhe acontecer nada de mal, entretanto, não será de espantar que o homem dê o dito por não dito, organize uma manifestação "espontânea" de apoio, de apelos lancinantes dos subjugados, dos favorecidos e dos tristes, e volte a candidatar-se ao Marco.
Eu quero AFT fora do Marco. Objectivamente. Mas, sendo um bocadinho egoísta, até gostava de ver o homem avançar para o Marco. Todos os corajosos que se aprontaram a ser candidatos na falta do AFT - os mesmos que ficaram à espera de ver outros avançar quando ele estava - não tardarão a meter o rabo entre as pernas se ele persistir.
Pois é. É a vida. Já não é nada comigo. E que não me venham chatear, agora, que o tempo é difícil. Não me meto nisso. A minha religião não deixa. Os médicos também não. Nem os meus amigos. Gosto mais do Incursões...



«"Um golpe de teatro". Foi assim que o vereador socialista Artur Melo e Castro comentou, ao JN, o "recuo" de Avelino Ferreira Torres, que adiou "sine die" a suspensão do mandato prometida para o dia 16 de Janeiro. Ontem, em reunião de Câmara, deu o dito pelo não dito e resolveu continuar. A oposição considerou, em uníssono, tratar-se de mais uma "pirueta política". Era suposto que a promessa, repetida publicamente, tivesse sentido. Sempre era a palavra de um autarca. Puro engano. Na última reunião de 2004, o eleito local invocou "dúvidas jurídicas" e prometeu "pedir pareceres". Ou pedir uma licença sem vencimento. Ou continuar a meio tempo. "Para não infringir a lei", disse. Quem ficou quedo e mudo às palavras de Ferreira Torres foi Norberto Soares, também do CDS/PP, vice-presidente da Câmara Municipal e apontado pelo amigo Avelino para lhe suceder na cadeira. "Será que a candidatura fica em banho-maria, ou é um nado-morto?", perguntam os socialistas."Ficou numa posição incómoda. Como vai explicar aos eleitores que, afinal, já não é candidato depois do CDS/PP ter apresentado o seu nome. Com quem cara vai ficar?" perguntou o vereador Artur Melo e Castro. Em declarações ao JN, considerou o "recuo" de Ferreira Torres como "mais uma farsa". E explicou porquê "Ferreira Torres percebeu que o terreno está a fugir-lhe debaixo dos pés. A candidatura a Amarante não são favas contadas", diz. Distracções à parte, refira-se que a desejada aliança entre o CDS/PP e o PSD abortou. Pelo menos para já. O PSD de Amarante tem um candidato chama-se Luís Ramos, é professor universitário na UTAD e, ao que consta, foi sufragado localmente e apadrinhado pelo Movimento Cívico de Amarante. "Como é possível invocar-se a legalidade, quando o autarca sempre foi useiro e vezeiro a desrespeitar a lei ?", perguntou Luís Almeida, do PS. A outra polémica caseira prende-se com a pretensa instalação do centro de resíduos perigosos e alegadas contradições entre o ministro do Ambiente (também do CDS/PP) e Ferreira Torres. "É só para desviar as atenções", refere o PS. Contas feitas, o ex-animador da "Quinta das Celebridades" vai continuar em cena. Fica com um pé na Câmara do Marco de Canaveses e outro em Amarante. Se a população da terra de Pascoaes acreditar nas promessas do político.»

A DEBICAR NAS ESTANTES

Incursões, 30.12.04
Em férias, o flâneur vai debicando na sua biblioteca, sem pressa. Revisita as estantes, os livros, as páginas, alguns de que já não se lembrava, outros de que nunca se esqueceu, associam-se ideias, tem-se uma disponibilidade mental que a rotina do resto do ano limita, voltamos sempre ao que mais nos marcou.

Nos últimos dias Simas Santos foi buscar Neruda e Sá Coimbra. Belíssimas escolhas. Que me levaram às estantes.

Soube d’A Chancela já só em 2001 e li-o através do serviço de empréstimo domiciliário da Biblioteca Municipal de Coimbra por já não existir no mercado. E foi por intermédio de um livro também esgotado e que merecia igualmente ser reeditado: “Magistratura Portuguesa – Retrato de uma mentalidade colectiva”, de Luís Eloy Azevedo (Procurador da República). Uma edição de 2001 das logo a seguir falidas Edições Cosmos.

O nome de Sá Coimbra sempre esteve, para mim, associado ao de Flávio Pinto Ferreira, talvez por a ambos associar a revista “Fronteira”, e o Porto. E logo me saltou à ideia um texto ainda hoje bastante actual e, na altura, também corajoso, de uma conferência realizada pela então juiz de 1ª instância Flávio Pinto Ferreira, em 14 de Julho de 1972, no Conselho Distrital do Porto da Ordem dos Advogados, cujo título é “Uma Abordagem Sociológica da Magistratura Judicial”, de que é difícil destacar apenas alguns aspectos, mas vou arriscar escolher dois extractos.

O primeiro tem tudo a ver com o texto do frontispício de “A Chancela”, transcrito por Simas Santos:

“É por isso que, com certo exagero, se pode dizer que não só a lei se mede pelo juiz que a aplica, como a mesma valerá, de certo modo, o que valer o juiz que a faz descer das alturas olímpicas da abstracção para o plano humano das realidades prosaicas de todos os dias”.

O segundo é, em 1972, representativo de uma visão rasgada:

“Uma passo sério, e talvez decisivo, naquilo que designei por formação técnico-profissional e cultural-humanística dos juízes, isto é, na actualização formativa e informativa com objectivos estritamente técnico-profissionais e no afinamento cultural dos magistrados judiciais, seria a criação da Escola ou Centro de Estudos Judiciários – de que já falei …”.

Mas não há nada como ler todo o documento. E, já agora, também o seu artigo “Reflexões sociológicas sobre a magistratura”, publicado em 1980, no Nº10/11 da revista “Fronteira”.

DO AMOR-DEVER AO AMOR-FUNDAMENTO

mochoatento, 30.12.04
Matrimónio é acto fundacional de mútua entrega e aceitação entre o varão e a mulher, a título de justiça (in fieri), união jurídica una e indissolúvel, e é vida em comum cuja permanente ordenação para os fins essenciais é devida em justiça (in facto esse) .

O matrimónio é uma instituição natural, pela qual se estabelece uma comunhão de vida em ordem a realizar as necessidades profundas de um homem e mulher que se dão e recebem como marido e esposa.

Pelo casamento estabelece-se uma relação entre marido e mulher, de natureza pessoal em ordem à satisfação básica das necessidades humanas.

O homem carece de realizar a sua sobrevivência, a sua sexualidade, a sua sociabilidade, a sua procura do Absoluto. E fá-lo afirmando a sua inteligência, vontade e consciência, que procuram a verdade, o bem e a liberdade.

No matrimónio, homem e mulher realizam plenamente os impulsos ontológicos fundamentais próprios da Humanidade.

O matrimónio in fieri (ao constituir-se) é um contrato, negócio jurídico, por consentimento mútuo e irrevogável, pelo qual homem e mulher se entregam reciprocamente. Pelo pacto matrimonial estabelece-se uma aliança entre homem e mulher que se comprometem à comunhão de vida até que a morte os separe.

O matrimónio in facto esse modela o estado de vida dos contraentes, com direitos e deveres específicos. É uma instituição, um estado de vida.

O matrimónio, como comunhão de vida, implica a partilha de valores existenciais que nunca são apropriados por nenhum dos cônjuges, mas que são património de ambos. Nela se realizam a virilidade do homem e a feminilidade da mulher, a complementaridade vivencial, existencial.

As aptidões naturais para formar comunhão de vida pressupõem a partilha solidária de valores existenciais, ordenados dinâmicamente para o bem dos cônjuges e dos filhos, em ordem á plena realização humana.

Por isso, a comunhão de vida exige: equilíbrio e maturidade, com domínio de si mesmo e estabilidade de conduta; relação de amor interpessoal e heterossexual, com capacidade de se desenvolver amor oblativo, assegurar o respeito pela personalidade afectiva e sexual do outro; aptidão para colaborar no desenvolvimento do matrimónio, com respeito pela Moral e pela consciência do outro; equilíbrio mental e responsável para a sustentação material da família, estabilidade de trabalho e contribuição para a sustentação da família; capacidade para participação no bem dos filhos, com responsabilidade psicológica e moral, na geração, sustentação e educação da prole.

No matrimónio in facto esse, o amor conjugal é devido em justiça.
Efectivamente, cada cônjuge assume o dever jurídico de amar o outro, tal como decorre do consentimento irrevogável prestado no acto de casamento. E tal amor é exclusivo (unidade) e perpétuo (indissolubilidade). Por isso; no Rito do Matrimónio, cada cônjuge entrega ao outro aliança em sinal do amor e da fidelidade.

O amor conjugal é essencial à realização plena do bem dos cônjuges, realização da pessoa na sua dimensão natural, dos seus dinamismos ontológicos, ordenados pela recta razão. E por isso, o direito ao matrimónio é um direito fundamental da pessoa humana, que a ninguém pode ser negado, desde que, obviamente, reuna os requisitos naturais e legais indispensáveis.

E a educação para o amor é fundamental na manutenção da relação conjugal, pois o amor pode ser mal interpretado. Amor não é uma mera emoção, não se confunde com a paixão, mas também não é a mera amizade. O amor conjugal é uma relação de afecto, que implica a partilha de vida com o ser amado, a co-responsabilidade nas decisões, a solidariedade em todos os eventos da vida

Luz em Guimarães

Incursões, 30.12.04
Hoje fui jantar a Guimarães. Com o puto, o meu filho, o João Pedro. Com o meu amigo Zé Carlos, a Olga e o Zé Pedro (o Zé Carlos é o jcp deste blog), a Nelinha - minha amiga dos tempos de Coimbra, médica, para além disso - , com as amorosas filhas dela, com os sempre simpáticos amigos dela, que ainda foram mais simpáticos quando, atravessada a primeira impressão, fomos para Braga, na casa da Nelinha - uma casa bonita, que ela faz com que seja sempre mais bonita -, e bebemos uns copos e dissemos parvoíces e falámos mal da vida alheia e aceitámos que jantámos mal e eles combinaram a passagem de ano, em que não vamos estar juntos, porque não é a hora de estarmos juntos, ainda que nos tivessem convidado e a Nelinha gostasse de nos ter por lá, como nós gostávamos de estar por lá, se as coisas tivessem sido feitas a tempo. Não foram.

Voltei para o Porto com o jcp, e a Olga que conduzia, e o Zé Pedro que dormia e o "meu" João que se dedicava a perguntar difíceis, género Mosteiro da Batalha, e lá tive que recordar a história e falar de Afonso Domingues - e, vá-se lá saber por quê - da Ponte da Arrábida e das outras pontes do Porto. Coisas complicadas que o jcp, homem das histórias, ainda que com febre, ajudou a resolver.

Ah. O que eu queria dizer, mesmo, é que Guimarães pode não ser o berço da nacionalidade e essas parvoíces (?) todas, que D. Afonso Henriques era bastardo, blá, blá: mas o que é verdade é que Guimarães, neste Natal, é a cidade mais bonita de Portugal (mesmo os bracarenses admitem...): tem um centro histórico lindíssimo e uma luz de Natal como nunca vi... Vale a pena ir espreitar. Mesmo que se jante mal.



Breves

ex Kamikaze, 30.12.04
No Público:
«A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) exigiu hoje a divulgação urgente do resultado integral da auditoria ao processo de colocação de educadores e professores (...).
"Os docentes e os portugueses em geral têm o direito de conhecer as consequências, as responsabilidades e os responsáveis técnicos e políticos pelos graves prejuízos causados às escolas públicas, à educação e ao país", escreve a Fenprof numa carta aberta à ministra da Educação, em que exige que os resultados da auditoria e do inquérito ao processo de colocação dos professores sejam conhecidos o mais rapidamente possível "para que este novo concurso [para o novo ano escolar] não resulte em novo desastre".
A federação alertou para a proximidade da data dos concursos para o próximo ano lectivo, recordando que a equipa “responsável pelo processo" será a mesma deste ano, a quem a Fenprof acusa de "enorme incompetência política".
No passado dia 23, o ministro da Presidência, Morais Sarmento, anunciou a divulgação das conclusões do relatório da auditoria ao concurso de professores. No mesmo dia, a ministra da Educação revelou que afinal o referido documento não podia ser tornado público por ter sido classificado como confidencial.»

No Público e no DN:
«O presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais congratulou-se hoje com a decisão do ministro da Justiça de desbloquear 800 vagas para oficiais de justiça.
O ministro, recordou o sindicalista, "comprometeu-se em Setembro que teria a situação resolvida até ao final do ano e cumpriu a promessa".
O presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais sublinhou ainda reconhecer que a resolução deste problema "só foi possível pelo empenhamento deste ministro", recordando os frequentes contactos do ministério com o sindicato para resolver a situação dos 600 funcionários judiciais em situação precária.
As 800 vagas criadas hoje pelo Ministério da Justiça absorvem os 572 funcionários judiciais que se encontravam desde há quatro anos em situação precária, sem vínculo e sem possibilidade de progressão na carreira. Além disso, às restantes vagas podem concorrer os que fizeram curso e estágio mas que acabaram por não concorrer a oficiais de justiça por não aceitarem preencher lugares em situação precária.»

«As 800 vagas encontram-se consagradas num despacho conjunto do primeiro-ministro e do ministro das Finanças e da Administração Pública, Bagão Félix.»

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