Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Incursões

Instância de Retemperação.

Incursões

Instância de Retemperação.

Vergonha

José Carlos Pereira, 22.03.09

Os que me conhecem sabem do meu gosto pelo futebol, mas têm reparado que não escrevo muito sobre isso. Fujo das clubites. Não consigo evitar, no entanto, falar sobre a vergonha que se passou ontem na final da Taça da Liga entre Sporting e Benfica. Mais uma vez, um árbitro estragou o espectáculo, "viu" o que não podia ter visto, condicionou o resultado e conduziu a taça para um dos lados. Os circunspectos senhores da Liga devem ter enfiado um barrete até às orelhas.

Vá lá que isso não se passou com o meu clube, a quem, quase um ano depois, a Liga ainda não entregou o troféu de campeão do ano passado. Enfim. Vou agora até ao Dragão na esperança de ver um jogo limpinho e que permita ao meu clube dar um passo firme em direcção à final da Taça de Portugal.

o leitor (im)penitente 46

d'oliveira, 22.03.09

 

No dia da poesia 

 

 

 

 

Mas porque é que há-de haver um dia da poesia?

a poesia tem de ter dia, como os namorados, a mãe e a luta contra a sida? 

Ou o dia da tal poesia é um embuste para escorripichar dois livrinhos não vendidos e que atravancam com a sua pobre presença um estante nos fundos do armazém da livraria? 

 

Portugal presume ser país de poetas (ou de petas?) mas a ver bem a poesia é a mais maltratada das formas de escrita. Mesmo pelos vendedores! 

De todo o modo aí vai:

 

ognuno sta solo sul cuore della terra

trafitto da un ragio di sole:

ed è subito sera.

 

 

Estamos todos sós sobre o coração da terra

varados por um raio de sol: 

e, de súbito, cai a noite.

 

(ou: cada um de nós está só sobre o coração da terra/ trespassado por...)

 

Salvatore Quasimodo

(Itália, 1901 - 1968) prémio Nobel de 1959. 

O poema foi retirado de "Ed è subito sera" in "Tutte le poesie", Mondadori, 1960

A tradução é minha. 

* a ilustração: Fernand Léger "La ville" 1919, Philadelphia Museum of Art

 

 

Dia Mundial da Poesia II

O meu olhar, 21.03.09

 

Já que hoje se comemora o Dia Mundial da Poesia parece-me um bom pretexto para iniciar aqui uma nova rubrica com os meus poemas. Já não escrevo há bastante tempo. Mas é sempre tempo para recomeçar o que sabe e nos faz bem. Aqui vai um que escrevi há já algum tempo.

 
Quando beijo o teu corpo
De mansinho
E percorro essa pele
Docemente
Sinto-te mais perto.
 
É como se te arrancasse do mundo
Te furtasse aos corredores
Da burocracia fatigante
E te aconchegasse a mim
Para te aquecer.
 
Não há mel mais doce
Que a tua pele
Nem rosmaninho mais cheiroso
Que os teus cabelos.
 
Não quero o mundo.
Quero-te assim
Silencioso
Perto de mim
Dedos nos dedos
Dormindo sonhos
Em travesseiros
Sobrepostos.

Base de Dados de Perfis de ADN

simassantos, 21.03.09
*
Tomou posse no passado dia 19.3.2009, na Assembleia da República, o Conselho de Fiscalização da Base de Dados de Perfis de ADN, que fora eleito em 26.2.2009, nos termos dos n.ºs 3 e 4 do art. 29.º da Lei n.º 5/2008, de 12 de Fevereiro (DR IS de 13.3.2009), constituida por:
*
Manuel José Carrilho de Simas Santos, Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça
*
Maria Paula Bonifácio Ribeiro de Faria, professora da Faculdade de Direito da Universidade Católica (Porto)
*
Helena Isabel Gonçalves Moniz Falcão de Oliveira, professora da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra
 

Dia Mundial da POESIA

ex Kamikaze, 21.03.09

Tenho andado ausente destas incursões, mas não podia deixar de enviar agora um Olá a todos os incursionistas - colaboradores e leitores fiéis - e sinceros parabéns  e um bem-hajam, a todos aqueles que, nem sequer tendo estado na equipa desde o início, acabaram  por manter vivo este espaço de opinião livre e partilha  e de lhe dar mesmo  um novo dinamismo, simblizado agora neste novo visual.

 

Muitos saberão que me afastei destas incursões por absoluta falta de tempo para acompanhar os muitos temas abordados (não gosto de opinar sem estar suficientemenrte informada) dado ter-me lançado - Kamikaze no seu melhor! - num projecto que exige a minha disponibilidade praticamente a 100%.

 

Nos últimos anos acumulei perdas sucessivas e muito duras a nível pessoal (morte da mãe, da futura neta aos 6 meses de gestação, de um cunhado querido e, agora, outra tão ou mais dolorosa, por todo o circunstancialismo que a envolveu). Como tenho de continuar a ser kamikaze no projecto que está à minha responsabilidade e em que não posso falhar, permitam-me pois, amigos do Incursões, que aqui, neste espaço, eu não precise de ser forte, que aqui eu não tenha de sorrir quando me apetecer chorar ou debater quando apenas me apetecer ler e pensar... sozinha. E trabalhar. Muito. Porque é mesmo preciso e para mais até é uma boa terapia :) Permitam-me, enfim, que use mesmo o novo nick, pois corresponde a um estado de espírito que também é, por ora, o meu. Pode ser Marcelo? :)

 

E por tudo o que escrevi, e sabem bem que não sou dada a escritas intimistas no blog - só o momento especial que o próprio Incursões vive, por um lado, e o momento igualmente especial que vivo, por outro, me permitiram este despudor - deixo-vos agora com as palavras minhas (a azul) e alheias (a preto) que coloquei aqui.

Voltarei, abortolina ou kamikaze, já que mo permitem e pedem... :).

 

POESIA

 

 

Alguém instituiu o dia de hoje com o o Dia da Poesia.

O Pedro, nosso colaborador, não simpatiza mesmo nada com este tipo de "instituições" ... Resolvi pregar-lhe uma partida: colocar aqui, hoje, o último poema que deixou
no seu blog, e de que gostei muito. Sei que ele não vai levar a mal :)

 

 

 

quanto tempo demorará um bicho
a esquecer a cerca que o detém?
deve ser rápido, não?

o fim da correria, da inconstância
todos os dias iguais
como uma chuva fotografada
de uma manhã de fim de inverno

quase que acredito que há uma célula
na cabeça de quase todos
os animais à espera
que se multiplica velocíssima
um mercúrio que se parte
no pensamento e ensina
a monotonia aos recônditos
cantos de fera

quantos dias enfrentará um bicho
a ilusão do frigorífico
dos frutos tropicais de inverno?
quanto tempo leva até que faça
efeito o soporífero geral
e se amoche o animal
no colchão estendido sobre a vida?

quanto tempo até que
se lhe apague o riso
não por falta de graça e abundância
mas só e apenas porque se foram
as cócegas do chão?

 

 

 

1 comentários

Au Bonheur des Dames 178

d'oliveira, 21.03.09

Chegar a horas?

Ora, ora.....


Esta discussão sobre a falta de pontualidade nacional leva-nos muito longe. Ou leva-me a mim. Explicando: sou obsessivamente pontual. Detesto chegar atrasado seja aonde for. Detesto o olhar de censura que quem espera nos dirige.
Convém explicar este plural “nos” depois de dizer que tenho a mania (deve ser uma mania, em Portugal) de chegar a horas.
A verdade é que a grande maioria das mulheres que me aturaram e que me têm ajudado a fazer este percurso tem uma ideia muito mais “liberal” da pontualidade.
De  certo modo estou-lhes agradecido. Em primeiro lugar, aumentaram a minha auto-estima. Fizeram-me ver quão virtuoso sou ao tentar ser pontual. E ao consegui-lo, apesar delas.
Depois, os atrasos contribuíram fortemente para a minha cultura, ou para o conjunto de conhecimentos mais ou menos inúteis que fui acumulando graças a essas mulheres que tinham uma outra visão dos horários e dos compromissos.
Entrando no assunto: nos happy sixties namorei uma rapariga linda até dizer basta. Era alvo de olhares de inveja que se isso pudesse ser concentrado me teriam trespassado e aniquilado em poucos segundos. Essa namorada (espero que me esteja a ler) era, como eu, estudante em Coimbra (aqui um aparte para o JVC: ó João se lá tivesses tido uma namoradinha destas, nunca mais dizias mal de Coimbra...) e vivia numa casa onde também comia. Isto significa que, nas tardes em que não tinha aulas, ou em que resolvia não as ter, vinha directa para o Mandarim, simpático café na Praça da República (também conhecido por Kremlin na Praça Vermelha..) onde eu a esperava.
Em principio, deveria aparecer aí pelas duas, talvez um pouco antes, dado que na casa onde vivia se almoçava cerca da uma, ou nem isso. Convenhamos, nunca chegou, mesmo quando a tal se comprometia, coisa que ocorria todos dias entre a saída da faculdade e o momento em que os nossos caminhos se separavam. Mais uma vez na Praça da República.
Manas, aquilo eram secas do catorze! Eu tinha tempo de tomar não sei quantos cafés, de falar com sei lá quantas pessoas até ela aparecer radiosa e com ar tranquilo. Durante duas ou três semanas, esperei ali, alvoraçado, ansioso (ai não !!!) e descoroçoado ( o parvo do computador não me deixa escrever assim mas fui ao Houaiss e descobri que está correcta esta grafia...Que descoco o dos correctores ortográficos!) sem saber a que deus me votar. Sou uma criatura paciente, os anos e algumas forçadas estadias em locais “reservosos” durante o chamado Estado Novo, ensinaram-me isso, mas naquele tempo a paciência ou, essa enorme paciência, não se contava entre as minhas principais qualidades.  A “eminente crise” que se avizinhava tinha de encontrar “meios de a esconjurar” (esta vai para os desgraçados que, como eu tiveram de ler a marchas forçadas uma enorme quantidade de textos de Vladimir Ilicht Ulianov... os outros que se amanhem ou recorram a um dicionário). E a solução foi-me dada ou sugerida por um par de amigos que a Parca já levou, o João Quintela e o Pedro Sá Carneiro: lê um livro, pá, disparou um deles. Mas coisa séria, avisou o outro. E transportável, pensei eu, coisa que pese pouco, que não seja volumosa e que se possa ler em duas penadas.
A solução ocorreu-me durante uma ida à Livraria Atlântida, na altura a mais bem fornecida de Coimbra. Ali em duas robustas estantes repousavam larguíssimas dezenas de livrinhos da colecção “que sais-je?”, a melhor colecção enciclopédica que conheço. A “qsj” tem de tudo como na botica: pequenos ensaios dos melhores especialistas, redigidos com notável clareza e concisão, cento e poucas páginas com bibliografia incluída, sobre todos os temas que se possam imaginar. Ao que sei já vai em perto de quatro mil títulos sempre com o mesmo êxito.
Munido desses livrinhos, muitos dos quais ainda para aqui estão, enfrentei as esperas aprendendo as mais desvairadas coisas, do urbanismo às cruzadas, do direito romano até à literatura espanhola do século de ouro. Às vezes o assunto era tão interessante que a chegada da namorada me parecia intempestiva!
Os anos passaram e acostumei-me a ter sempre à mão, vá para onde for, um livrinho, pelo menos uma revista, para o caso de... Hoje mesmo, fui por uma lampreia (que estava nem vos digo nem vos conto!....) e, para a hipótese de ter de esperar pelos meus convidantes, lá ia o volume 4 de “os anos da guerra colonial”. Todavia, aquilo é gente boa e apareceram à hora exacta.
Claro que tudo isto, custe lá o que custar à minha camarada “o meu olhar”, não morre aqui. A CG é uma mulher cheia de qualidades. Muitas e recomendáveis. Porém, nesse vasto leque, a pontualidade não entra. Chego mesmo a pensar que ela acha isso uma tremenda falta de educação. Combinamos, ir passar a manhã na foz a ler a jornalada. Apontamos para as dez meia. Com sorte chegaremos uma hora depois. Quando me vê roxo pronto a começar aos gritos ela resmunga que os dias de foz pela manhã são de descanso e que já lhe bastam os outros para ter de dar à perna.
O cúmulo ocorreu com uma excursão que outro desaparecido organizava anualmente. De facto o Aníbal Belo, flor dos notários e dos bons amigos, organizava anualmente uma alegre passeata a Marvão durante um divertidíssimo fim de semana. Ele tratava de tudo, desde os convites até às marcações de hotel. Adorava Marvão, fora lá que começara, os de Marvão adoravam-no a ele, até lhe puseram o nome numa rua, e todos os anos era um grande reencontro testemunhado pelos amigos que ele convocava para esse passeio. Num ano, provavelmente o penúltimo da sua vida, inscrevi-me. O Belo grato, marcou a partida de dois enormes autocarros para o hotel ao lado da minha casa. Vinha gente de vários sítios incluindo de Vila Nova de Cerveira!  Adivinhem quem foram as duas pessoas que chegaram em último lugar, com dez minutos de atraso. Quem apostou em mcr e sua gentil companheira, acertou e fará o favor de não se rir de mim que ainda hoje, e passaram vários anos, coro de vergonha.

 

Testemunhos Notáveis

JSC, 20.03.09

Segundo consta Ramalho Eanes e Mário Soares vão testemunhar a favor de Jardim Gonçalves. A lista de notáveis disponíveis para abonar a favor do ex-presidente do BCP deve ser imensa. Mas ter à cabeça dois ex-presidentes da República é de peso.

Não sei o que Eanes e Soares sabem da gestão praticada por Jardim Gonçalves à frente do BCP. É que deve ser isso que está em causa e não se o homem ia à missa e cumpria os deveres elementares de cidadão.

O que vale em Tribunal o testemunho destes notáveis a garantir que alguém é boa pessoa e que praticou o bem a uns tantos?

Uma coisa é certa, aos grandes senhores da finança nunca lhes falta o ombro amigo dos grandes senhores da política. Hoje alguém me dizia que azar tem o Oliveira e Costa, porque se o actual Presidente da República já usufruísse o estatuto de ex, provavelmente, também estaria na primeira linha para testemunhar a seu favor.

Mas porque é que as coisas têm que ser assim? Mas porque é que são sempre assim? Desígnios que nem Deus conhece.

 

Diário Político 106

mcr, 20.03.09

 

retrato a cores e em rima de um escriba chamado d'Oliveira

 

 

Canto negro

 

¡Yambambó, yambambé!

Repica el congo solongo,

repica el negro bien negro;

congo solongo del Songo

baila yambó sobre un pie.

 

Mamatomba,

serembe cuserembá.

El negro canta y se ajuma,

el negro se ajuma y canta,

el negro canta y se va.

 

Acuememe serembó,

yambó,

aé.

 

Tamba, tamba, tamba, tamba,

tamba del negro que tumba;

tumba del negro, caramba,

caramba, que el negro tumba:

¡yamba, yambó, yambambé!

 

Hoje, para variar e porque a política não está a dar nada que valha a pena, resolvi brindar as damas e cavalheiros que frequentam este salão  com um exótico cocktail: Ernst Ludwig Kirchner, pintor muito cá de casa, expressionista como se vê e Nicolás Guillén, poeta cubano de inegável qualidade e, aqui é que bate o ponto, um dos primeiros a tentar forçar a língua e a dar á poesia cubana dos anos trinta parte da sua herança negra.

O quadro de Kirchner é de 1909 e chama-se Baigneurs. O poema de Guillén foi publicado em "Songoro Cosongo" em 1931. Há por aí um livrinho sobre Kirchner que se recomenda. É uma co-edição Taschen Público e o seu autor chama-se Norbert Wolf, se a memória não me falha.

Na minha edição  (Ed. Losada, 1963, Buenos Aires) com o mesmo título agrupam-se ainda outros dois livros "West Indies Ldt" e "Motivos de Son". Tenho, todavia, a impressão que há reedições recentes.

Bom fim de semana

 

d'Oliveira


Os Mesmos Incêndios, As Mesmas Soluções

JSC, 20.03.09

 

Ainda não entrou a Primavera e o país já foi a assolado por incêndios de proporções assinaláveis. Gerês, Marão, Serra da Estrela são os de maior visibilidade, mas todos os dias ocorrem pequenos e médios incêndios que mobilizam populações, bombeiros e outros meios ou que pura e simplesmente ardem, ardem, até que se extinguirem naturalmente.

É impressionante o volume de recursos públicos anualmente dispendido com Bombeiros, aviões, avionetas, viaturas sofisticadas e outros equipamentos. É uma verdadeira indústria dos incêndios, integralmente alimentada por dinheiros públicos. Ao dinheiro público afecto a este fim, deve-se somar, ainda, os subsídios que o Estado dá aos proprietários das matas e montes, com o objectivo de procederem à limpeza das mesmas.

Com bombeiros tão super equipados, com recurso a equipamentos de ponta e com o Governo a pagar aos proprietários para que estes limpem as matas, o que é que falha? Falha, desde logo, a fiscalização. O governo paga mas ninguém vai verificar se as matas foram limpas. Falha a não atribuição de responsabilidades aos proprietários que não limpam os seus terrenos nem asseguram o que a lei define, como margem de segurança, no que toca à permanente limpeza na área da divisão dos mesmos. Falha, enfim, o modelo de gestão e controle público sobre o mau uso que os particulares e o próprio Estado dá aos bens (matas e florestas) que possuem.

Se uma parcela significativa dos recursos gastos (perdidos) pelo Governo a equipar Bombeiros, a alugar aviões e avionetas, a subsidiar proprietários das matas, se esse dinheiro fosse canalizado para as Câmaras e estas responsabilizadas por constituir equipas que fiscalizassem a limpeza das matas e que obrigassem os particulares a limpar as mesmas ou que os substituísse nessa limpeza, apresentando-lhe a respectiva factura, de certeza que o país ficava mais limpo, com menos incêndios ou de menores dimensões, obtendo-se ainda uma vantagem adicional, com a criação de empregos locais, que até poderiam captar gente (com capacidade para trabalhar mas sem grande vontade de trabalhar) que está a viver à pala do RSI. Ou seja, quase só vantagens, assim se mudasse o sentido da intervenção política, que deixaria de ter como objectivo oculto o desenvolvimento da indústria de combate aos incêndios, para assumir como missão a preservação da floresta e das matas e a criação de empregos locais com o desenvolvimento da floresta.

 

Ironias

J.M. Coutinho Ribeiro, 20.03.09
Prisão perpétua para Josef Fritzl, depois de ter confessado tudo: que aprisionou a filha durante 24 anos (em condições degradantes), que teve com ela uma reiterada relação incestuosa de que nasceram sete crianças e que matou uma delas. Célere a justiça austríaca e irónico o destino: o "monstro de Amstetten" foi condenado no dia do pai.