O que será que Paulo Portas entende por “ESTADO MÍNIMO”?
Paulo Portas voltou ao papel de duplo. O PP que sustenta o Governo e o PP que fala para o país, a mostrar compreensão pelos sacrifícios, a prometer que em 2014 é que vai ser o ano da felicidade.
Agora, Paulo Portas veio a público, em conversa com os seus conselheiros, dizer que recusa um " qualquer Estado mínimo". E até disse "é importante reformar o Estado social, não para o destruir, mas para o preservar”.
Do que se conhece da prédica de Portas aos seus conselheiros não se conclui o que é que ele entende por “Estado mínimo”. Entende-se, contudo, que segundo Portas, ainda estamos longe do “Estado mínimo”.
Pelo papel que Paulo Portas representa no Governo, é o seguro de vida do Governo, bem poderiam questionar Paulo Portas, qual o seu limiar para o “Estado mínimo”? O que falta para lá chegar? O “Estado mínimo” atinge-se quando o Estado sacar 50%, 60% do rendimento dos contribuintes ou será preciso ir um pouco mais acima?
O que vem sendo divulgado, como a suspensão de cirurgias, falta de medicamentos para os doentes hospitalares e com doenças crónicas, já pode ser considerado como um elemento do “Estado mínimo” ou será necessário ir um pouco mais além para se atingir o “Estado mínimo”?
O crescente aumento do número de alunos com fome nas escolas, que o próprio Governo reconhece existir, é já um elemento caracterizador do “Estado mínimo” ou será que este número tem de ser bem mais elevado para se poder falar em “Estado mínimo”?
Afinal de contas, o que é que Paulo Portas entende por “Estado mínimo”? Seria muito bom que nos esclarecesse, para sabermos a partir de que momento é que ele vai bater com a porta ao governo.