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Incursões

Instância de Retemperação.

Incursões

Instância de Retemperação.

estes dias que passam 869

mcr, 29.12.23

"o escriba põe..."

mcr quebra o voto de silêncio a 29-12-23

 

 

"e os leitores dispõem!"  

Confesso que não esperava uma revoada de comentários neste fim de mês, de ano e, porventura, de ciclo político. Porém, leitores generosos, sem nada melhor que fazer durante estes dias festivos, entenderam sair da casca e, num que outro caso, admoestar-me simpaticamente .

Agradecendo os elogios (um homem não é de pau, que diabo!) passemos às críticas mais que justas, convenhamos.

SOS e um leitor desconhecido  disparam sem dó nem piedade no meu "português natalício" (sic)  e na minha rapidez no teclado que são fonte de gralhas de que me envergonho profundamente, tanto mais que com a pressa nem dei por elas. 

a pobre e miserável desculpa que me ocorre é o facto destes olhos estarem francamente a dar o triste pio graças a ma doença horrenda  ("macula") que nem sempre me permite ver se a palavra querida sai escorreita e com todas as letras. Em princípio, o erro  deveria cair sob a alçada de um corrector ortográfico mas eu, burro velho não tenho nada disso porque entendo escrever fora da esfera woke do acordo ortográfico.

Este acordo passou no inexistente exame da Assembleia da República onde um punhado de deputados incultos e ignorantes entenderam dignorar a política e embrenhar-se nos insondáveis labirintos da linguística. Isto depois de outro punhado de linguistas terem decidido abandonar a sua especialidade e meter-se no terreno sempre perigoso da política. O erro de uns não torna menos grave o de outros mas eis o resultado desta desastrosa habilidade. Este acordo nem sequer é seguido pela maioria dos palop e no Brasil é diariamente tripudiado sem qualquer justificação. 

Eu, que já levo largas dezenas de anos a ler grandes escritores brasileiros nunca me perdi nalgumas expressões menos óbvias ou mais obscuras da escrita e da fala brasileira (das falas porque entre o norte e o sul há também diferenças saborosas, autênticas e factores de enriquecimento da língua comum.

Socorro-me do inglês britânico versus americano, do francês de Paris ao lado dos falares africanos ou do Canadá.

Olho invejoso para os países hispânicos e para o que até à data costuma ser a edição anual do Dicionário da Academia (aliás das Academias) que quase sempre é seguido de uma nova versão de um delicioso dicionário de "americanismos".

Todavia, nada disto desculpa o à vontade com que escaparracho  (o computador desconhece o verbo escarrapachar ou pelo menos a primeira pessoa do indicativo singular...) hediondas gralhas que ou são palavras a meio, palavras unidas, a letra a substituída por s  os oo por ii e por aí fora

Ainda ontem ao referir o soturno Jeremias o deixei manco do último e único a que hoje irei repor. 

Dos generosos onde incluo o leitor José Augusto P não vale a penas falar. ainda bem que me leem, que existem, que pensam e que me acarinham-

Um leitor, outro, pergunta-me o significado (ou a utilidade) de um texto. Infelizmente apesar de o ter aceitado perdi-lhe o rato e não sei a que post se refere.

Eu respondo a toda a gente excepto a criaturas que entendem entrar de chancas e a despropósito com conversas que nada tem a ver com o escrito. Normalmente isso ocorre com uns analfabetos como um que entendeu dizer que Costa é um monhé. 

Devo dizer-lhe que monhé é apenas um insulto e uma  canalhice . Costa  de quem não amigo ou admirador é um português, como eu e provavelmente como ele descendente de portugueses de Goa um território que foi português durante séculos e que nos deu um sem número de portugueses exemplares.

Atirar com a cor é sinal de inferioridade e de falta de argumentos inteligentes. É, de resto dar voz a uma cambada de criaturas, no caso afro-descendentes, que agora não perdem pitada para descobrir um horrendo racismo em todo o Portugal que eles escolheram para viver. Eu se me sentisse assim tão dramaticamente excluído e perseguido não ficaria sequer um dia onde tão mal se acolhe alguém com uma cor diferente. E gostaria de lembrar que a campanha que essa pequena tropa desenvolve alimenta o racismo infrene e infame de um punhado igualmente pequeno de racistas puros e duros que por aí andam e tresandam.

o leitor do "monhé" anda enganado ao ler-me e mais ainda ao escrever-me. Eu não dou para esse peditório como não dou para as pífias criaturas que urram por direitos que ninguém põe em causa mormente quando se trata de opções sexuais. Já não há pachorra para a criatura trans que invade um teatro onde um não trans faz de trans. Ou seja esta pobre criatura, além do mais, é estúpida porquanto ignora que essa é exactamente uma característica essencial do actor: representar alguém que não é ele.  Isto para não referir a fantochada que se armou e que foi preparada para o escândalo de faca e alguidar que acompanhou a acção de protesto. 

E pronto, desta vez é que vai ser. cristo nõ desceu à terra como, de resto não o tinha feito quando alguém invocou a sua eventual vinda para justificar uma qualquer mudança de rumo. E fez muito bem. Por tão pouco não valia a pena estar a chatear-se. Isto sem falar no perigo de uma bala perdida nos lugares da Galileia onde, não sendo como Gaza, as coisas, também não estão pacíficas. Prevert, esse imenso poeta, num poema que li há seis boas dezenas de anos escrevia

Notre pere qui êtes au ciel 

restez y 

et nous nous resterons sur terre 

qui est quelques fois si jolie...

 

É o que vos desejo uma terra si jolie 

E ainda (de "rapelle toi Barbara)

 

"...quelle conerie la guerre!"

 

Vosso, grato e sempre

mcr

 

 

 

 

estes dias que passam 868

mcr, 28.12.23

"encher pneus"

mcr, ainda avariado das festas

28-12-23

 

A expressão terá caído em desuso com o correr dos anos e, eventualmente, os progressos do automóvel. Ouvia-se, frequentemente, em tom de desabafo, "anda práqui um gajo a encher pneus e ninguém lhe liga puto!!

Pelos vistos, encher pneus, sobretudo numa estação de serviço, era o último dos tralhos, o mais mal pago, pago com gorjetas miseráveis pelo cavalheiro repimpado ao volante do automóvel que parara para fazer o pleno. 

É o que acontece a quem comenta os dias que passam neste intervalo Natal-Ano Novo,

A época está mais para trocar os presentes indesejados e correr os saldos à procura da pechincha  que nunca aparece.

Ouvi-a a um jornalista amigo que me telefonou tentando saber um par de sucedidos na Secretaria de Estado da Cultura durante os meus anos.

Lá o informei como pude, prevenindo-o, porém, que por excelsa burrice minha não guardara provas, documentos, sequer recortes de jornal, das mais picantes.

Ainda por cima, quando me dá, faço recortes que guardo e nunca mais procuro. Mas de coisas em que estive metido, nada, rien de rien como diz a cantiga que nunca é uma arma por muito que vários dos meus amigos (do Zeca ao Zé Mário ou ao Adriano, para citar os mais íntimos, os mais de cá de casa) se tivessem honrosamente esforçado deixando um rato de canções que nem sempre se encontram facilmente.

De todo o modo é mais fácil recordá-los do que  alguem se lembrar dos nomes dos políticos da mesma altura que não só jazem sob o pó dos anos mas também porque nunca foram capazes de um verbo ou de um frase que, por um único e irrepetível momento, nos mudasse (ou isso parecesse) a vida ou pelo menos o dia. 

Deixemos, no entanto, esta quase jeremiada (o sacana do computador não aceita o "i" acentuados mesmo se a coisa vem de Jeremias uma ancião e profeta judeu que, em seu tempo, anunciava coisas remendas.) 

Depois de me esforçar por encontrar um naco de qualquer coisa em que ferrar o dente já periclitante, não encontrei melhor imagem do que anov pose do sr Pedro Nuno que subitamente aparece agora de gravata! De gravata! Um revolucionário, perdão, um socialista, de gravata nos tempos que correm é mais adequado ao seu adversário nas internas do PS do que a ele o tonitruante mensageiro  dos novíssimos  (0u recauchutados, para recordar o título) tempos de uma hipotética geringonça 

Vi-o com estes que a terra há de comer por mais de uma vez nas televisões nacionais que coitadas também tentam ferrar o dente cariado numa qualquer suposta actualidade. 

A menos qoe "Cristo desça à terra" este é o ultimo edqp do ano.

O que, pelo menos dá azo a que vos deseje bom ano de 24 (e, já agora. também os seguntes per secula seculorum)

Aproveitem os dias chuvosos divirtam-se em família, leiam um livro façam o pino ou, melhor ainda, amor,  e recebam um caloroso abraço do escriba que se subscreve (já ninguém usa esta palavra!)

mcr

a pedidp de  leitores corrigiu-se a palavra Jeremias que foi publicada grafada jeremis!

estes dias que passam 867

mcr, 26.12.23

 

 

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Uf! esta lebre está corrida!

mcr, sobrevivente de mais um Natal

a 26-12-33 

Não tenho nada contra o Natal bem pelo contrário. Há recordações imperecíveis, imagens ternas, alegres a que, não o posso negar, se misturam saudades e uma subtil mas iultrapassável dose de tristeza.

Com a idade a mesa de natal povoa-se de ausentes, de avós, de tios, de primos, do meu pai e tenho bem claro que para os que comigo estiveram nestes dias alguma vez olharão para  o meio da mesa, com   a janela por trás  e dirão que era ali que eu me sentava, já o mais velho daquela ruidosa assembleia.

Todavia, para além deste retrato a la minuta há outra realidade e ela é a da absurda profusão de comida, para já não falar da doçaria que roça os domínios do obsceno.

Também é verdade que, aos doces natalícios digo não por várias razões: não gosto da maioria deles, odeio o bolo rei e sucedâneos, o pão de ló, os fios de ovos e restante indigesta companhia à base do mesmo. fico-me pelas rabanadas , uma no máximo duas e confesso que tenho um fraco pelos figos recheados de nozes. E também não faço boca feia a um bom punhado de pinhões.

quando era menino, a tarefa de partir as nozes cabia a mim e ao meu irmão. Munidos de martelos saíamos para uma escada exterior de pedra e lá cumpríamos essa tarefa cobrando pelo caminho algumas onzes que eram consumidas clandestinamente e in loco.

suponho que não enganávamos os familiares que, provavelmente, teriam tido o mesmo trabalho quando eram pequenos e teriam cedido ao temível pecado da gula infantil que, por isso mesmo, passa de capital a venial. Não se devem expor crianças a tentações tão urgentes quanto um pedaço de miolo de noz ou um par de pinhões já libertos  daquela casca tremenda. É mesmo uma provocação!

quando digo sobrevivente, refiro-me apenas à troca de prendas que no caso da minha enteada ultrapassa tudo o que se pede a umanoite depois da comilança. É que cada prenda é anunciada uma a uma, destinatário e ofertante e o agraciado tem de abri-la e mostrá-la à assembleia vorazmente curiosa que saúda a coisa com fortes alaridos. Ontem durou reês inteiras horas. O menino Nuno Maria apesar do arrepiante vigor dos seus seis anos foi ficando arrombado já ao começo da terceira hora tanto mais que era ele o encarregado de levar a prenda aos mais distantes.

E depois os adultos, ou estes adultos acabam por cair na tentação da generosidade e multiplicam prendas! 

Só de papel de embrulho e fitas encheram-se três sacos para já não falar dos muitos que foram recuperados para a próxia faena natalícia que felizmente é só daqui a um ano. E um ano é bem necessário para se recuperar forças, perder metade dos quilos agora ganhos e esquecer a provação das prendas.

Ainda por cima, eu sou um péssimo ofertador. só sei escolher livros e discos mas, como diz a CG parece que isso é pouco pessoal pelo que suo as estopinhas para encontrar outras prendas menos impessoais!  Desta feita vinguei-me na perfumaria e abati cinco destinatários (em onze)  com facilidade e duma só empreitada. O resto é que foi mais difícil . De todo o modo para alguns ainda foram também livros escolhidos com cuidado e que, espero, serão lidos e apreciados. 

Recordo-me de nos anos 70 e parte dos 8o nos Natais em casa dos meus pais, que de resto é esta onde vivo, à saída para o meu apartamento que era a duzentos metros, me ir refugiar num pub que abria rigorosamente à meia noite. A pouco e pouco iam aparecendo todos os naufragos natalícios com uma sede voraz que como se sabe é produzida pelo excesso de bons sentimentos que chovem em profusão junto do presépio ou da árvore de Natal. 

Saudávamo-nos com um sorriso conspirativo como quem diz deste Natal já me salvei. Saia mais uma bejeca, um whisky com duas pedrinhas de gelo e mais uma catadupa de bebidas de forte teor alcoólico para apressar a digestão das comidas que se empanzinaram. Também essa tradição terá passado à história, pelo menos esse pub já não existe, agora é, imaginem, um salão de estudo para adolescentes preguiçosos. Ao que o mundo chegou!

Leitores (homens e mulheres sem distinção nem grafia woke, uma imbecilidade do nosso tempo!...)  espero que, à semelhança da minha querida enteada, tenham podido dormir até ao meio dia que bem merecem todos quantos tiveram de preparar uma ceia natalícia e um almoço do dia, Jesus, Maria, José, que canseira! e aproveitem estes dias até ao fim de ano se possível em férias para tntarem restabelecer a rotina tranquila mesmo que, lá para 31 outra prova vos espera. 

Eu devia, aqui falar do Natal em Belém e noutras terras bíblicas, no Sudão ou na Ucrânia mas não consigo imaginar  sequer um décimo das misérias que aí se passam.

De todo o modo, paz na terra aos homens (e mulheres) de boa vontade.

sempre vosso

mcr

*a estampa poderia parecer machista mas reflete apenas a minha inveja pelos caloes tropicis ou dos antípodas. Não havia pais natal à vista mas apenas estas netas do dito cujo vestidas ou despidas a preceito. Os politicamente correctos que me atirem a primeira pedra...

 

 

estes dias que passam 866

mcr, 20.12.23

votos de natal (?)

mcr, 20-12-23

 

 

Numa das suas raras aparições o dr Passos Coelho respondendo a uma pergunta estafada de um(a) jornalista entendeu qualificar o governo Costa  ou este com uma expressão consagrada "indecente e má figura".

Longe de mim refutar o dito que, de facto explica pesadamente um annus horribilis da maioria absoluta, semeada de demissões forçadas ou não de uma série de criaturas a quem pelo menos faltava qualquer espécie de sentido de Estado, quando não ocorriam vícios piores. Costa nomeou-os, protegeu-os e por isso não fez boa figura. De todo.

Costa, entretanto veio responder mão respondendo acusando Passos de azedume, o que provavelmente também não é mentira. 

Estes mimos em época natalíci descrevem bem a tristura em que a política nacional caiue nõ mereceriam sequer referência não fora dar-se o caso do dr Costa comtinuar a apresentar-se como vítima de um parágrafo da Procuradora Geral da República que ele mesmo escolheu e impôs. 

Pelos vistos ainda não percebeu que o facto de existir um inquérito devido a telefonemas trocados em que o seu nome foi várias vezes invocado.

Se a PGR nada tivesse escrito e se, como é costume, a notícia do inquérito tivesse aparecido sempre clandestina, que é que o dr Costa faria?

De todo o modo ele sabe, que nós sabemos que não foi esses pobre parágrafo mas todo um conjunto de casos entre os quais avulta o cacauzinho encontrado no gabinete do inocentíssimo chefe de gabinete, a buliçosa agitação de um melhor amigo  que andou demasiado tempo pelos corredores do poder e mais três ou quatro historietas que não são exactamente exemplares. Resta saber se no momento da apresentação da demissão estes factos já seriam sabidos pelo demissionário (como de resto é absolutamente provável). Fosse como fosse a demissão era inevitável .

A segunda questão que Costa brande com despudor e ar de evangélica vítima, é a marcação de eleições. Dá-se o caso que o Presidente da República  já tinha avisado que a queda do 1ª Ministro teria como consequência eleições. Convenhamos que o argumento presidencial (era Costa e só ele quem conseguira a maioria absoluta e a vitória eleitoral) cheira a manco. todavia a política indígena vive destas singularidades e tod a gente sabia que o guião estava escrito e seia seguido pelo Presidente quanto mais não fosse porque também ele se sentira provocado e incomodado a partir do caso Galamba que, inacreditavelmente veio remexer na ferida quando foi escolhido para fechar a discussão do Orçamento. 

Uma burrice a que o orador acrescentou uma citação do dr Rebelo de Sousa...

Vê-se que Costa, o habilidoso, não foi capaz de perceber o adversário que ele mesmo escolheu e que o trouxe ao colo durante a geringonça... Há inteligentes que tanto se acham acima do habitual que caem em esparrelas comezinhas... 

O poder torna as criaturas autistas mesmo se não as perde por outras questões. 

A maioria absoluta não é, em si, uma coisa má, mas esta trouxe ao de cima a paralisia ideológica e política que, de resto, PC e BE nunca se fartaram de denunciar juntando-se ao restante coro da Direita. 

As eleições de Março poderão (ou não) provar o que se diz desta desastrada maioria desperdiçada, (dependendo da capacidade dos adversários) e da memória dos eleitores. 

 

  

estes dias que passam 865

mcr, 19.12.23

Variação sobre algumas teses  do príncipe Salina

mcr 18-12-23

 

O fim de semana ficou marcado, pelo menos por cá, pela sucessão de Costa votada por militantes do PS. Desconheço a percentagem mas dizem-me que houve alguma corrida às urnas. 

E esta é uma primeira notícia: se houve uma pequena multidão a querer votar a quem se deve esse quase prodígio num país em que praticamente metade dos eleitores foge das urnas como o diabo da cruz? Suponho não errar ao afirmar que não foi pelos lindos olhos de Pedro Nuno que esse rush ocorreu. Numa eleição em que pouca ou nenhuma surpresa era espectável parece que o efeito José Luís Carneiro tornou a coisa mais animada. Não a pontos de ocorrer um milagre. 

E seria mesmo um enorme milagre outro resultado que não fosse a anunciada eleição de um político que desde há anos corre na pista a fingir de outsider mesmo quando esteve sempre dentro do sistema, no centro dele até há um par de meses. E mesmo tendo saído do Governo rapidamente encontrou um palco televisivo onde prosseguiu a sua carreira de candidato previsível mesmo se tudo indicava que Costa ainda estava para durar. 

Com a inesperada demissão do 1º Ministro (pelo menos se nos ativermos ao motivo invocado...) o PS entrou em modo de espera. E digo de espera porque nos primeiros momentos ninguém aparecia contra o designado e antecipadamente vitorioso futuro secretário geral. 

E quando apareceu, foi uma surpresa. Nenhum dos habituais críticos saltou para arena mas um inesperado e tranquilo ministro que vinha de uma presidência de câmara numa terra perdida do interior do distrito do Porto.

O resultado das eleições acabou por ser uma surpresa. Ao fim de um mês de campanha o verdadeiro outsider obteve 38% dos votos mesmo sem o apoio de alguns cavalheiros que durante anos pareciam representar a ala direita do PS ou, melhor dizendo, a ala menos propensa a alianças com PC e BE.  Também é verdade que apareceram apoiantes notáveis e relativamente inesperados.

De todo o modo, num partido que apesar de tudo é fruto de arreigadas ideias democráticas e onde sepre sobressaiu muito respeito pelo direito de cada um a decidir pela própria cabecinha, havia um longo trabalho de PNS cuja história pessoal se confunde desde sempre com a política e com o uso cuidadoso do "aparelho". Desde os anos de estudante teve actividade politica e ou politico/associativa e ainda antes dos trinta anos já estava no exercício de funções políticas relevantes.

Agora, que a vindima acabou ("adesso che la vendemia à finita", bela  canção dos meus tempos de corrida pela Itália anti-sistema e interpretada por Ana Identici uma artista que sacrificou a carreira à militancia) eis que saem à dúbia luz do dia declarações pelo menos surpreendentes. Pedro Nuno jura que não é radical mas seria bom explicar que os radicais negam sempre a sua radicalidade; Toda a gente fala na "autonomia estratégica" do PS  mesmo se depois não a explicam e menos ainda a aplicam.

E, finalmente, como de costume todos juram que o partido está unido. Estará pelo menos até à eleições pois seria suicidário não estar. É que há ainda uma hipóteses de o PS obter um resultado não direi extraordinário mas crível tanto mais que tudo indica que à Direita o Chega pode obter um bom resultado e a IL, cada vez mais trapalhona, pode desgastar a votação no PSD.  Melhor dizendo, à Esquerda as espectativas dos dois partidos "radicais" são ténues enquanto que à Direita pode ocorrer um crescimento imerecido mas já comum noutros países de uma formação extremista que conta com as várias crises (saúde, habitação, educação) que se avolumaram durante os famosos anos de grandes "êxitos" de Costa. 

 

Não sou profeta, muito menos adivinho mas tenho por certo que no PS estas eleições podem (a menos que haja um vitória forte em Março) não ser as favas contadas que até há pouco tempo se previam para Pedro Nuno. Claro que, se ele não ganhar as eleições pode sempre dizer-se que elas são a factura final de Costa e que três meses não deram, nunca dariam, tempo suficiente à nova liderança socialista.

Todavia, faço parte, das pessoas  - e não serão poucas!...- que não reconhecem ao jovem turco, inimigo das perninhas dos banqueiros alemães, qualidade suficiente para gerir o país e o partido dentro das balizas que sempre definiram aquilo a que comummente chamamos social democracia europeia. Menos ainda, o julgo capaz de perceber que o Estado Social depende sempre de algumas contas razoáveis que, apesar de tudo, Costa respeitou, mesmo se tivermos em consideração a imensa quantidade de dinheiro europeu  (a que acresceu o lucro do turismo e uma pesada carga fiscal)

Diria finalmente que é ao PSD que compete provar ser capaz de oferecer uma alternativa clara, sólida, democrática. Convenhamos que até ao momento as coisas estão pelo menos ligeiramente nebulosas mesmo se eu acredite que quanto ao Chega já pode haver alguma certeza e algumas linhas vermelhas. Todavia, a geometria eleitoral ditará alianças, apoios, compromissos, o costume. 

E de ambos os lados do leque político, convém lembrar....

Em Portugal politicamente nunca há impossíveis só a normalidade é que costuma falhar.

 

*o título do post vem relembrar que no Natal é bom oferecer livros. Por exemplo "O leopardo" de Giuseppe Tomaso di Lampedusa. Ao que sei, também há o filme que, aliás, é belíssimo e está em versão legendada. 

 

estes dias que passam 864

mcr, 16.12.23

Pior do que inútil

mcr, 16-12-23

 

Na política nacional há mistérios a mais e êxitos a menos. tomemos o caso do sr Ministro da Saúde  uma criatura oca e pomposa com m percurso de derrotas quando enfrenta o voto popular mas que o dr Costa terá entendido chamar para a sua colecção de monstrinhos políticos que, de resto, mais do que meia de telefonemas, o fizeram naufragar no mar da palha de uma maioria absoluta que, como o nome indica, não produziu absolutamente nada a menos que se ache que o turismo estrageiro movido pr razões não políticas e os dinheiros da Europa sejam levados à conta de activo no saldo final.

Num leque de ministros que raramente ultrapassou o sofrível e que em média deu medíocre, este ministro consegue ser pior do que a pobre senhora da agricultura, o desventurado da Educação agora conhecido como o gajo da cambalhota e o exaltado Galamba  que continua provavelmente sem perceber porque é que foi defenestrado.

Nos últimos vinte e tal anos, sobretudo a nível autárquico, o PS tem levado autênticas "banhadas" várias das quais protagonizadas pelo actual Ministro de quem as más (mas eventualmente informadas) línguas dizem querer voltar a essa desesperada e mais que "duvidosa batalha" (obrigado, Steinbeck).

Nos últimos tempos, digamos durante quase todo o mandato da criatura, os desastres na saúde sucederam-se a um ritmo galopante. Aumentou, novamente, o número de utentes sem médico de família, Quase todos os dias se vê, via televisão, "bichas" de pessoas que correm alta madrugada para as imediações do centro de saúde pra tentar uma vaga; a urgências hospitalares quando ainda funcionavam estavam entupidas por cidadãos que à mínima dor nem hesitavam em ir ao hospital sobretudo porque uma desastrada e estúpida lei acabou com as taxas moderadoras dando assim via  verde a toso o bicho careta  que achava o recurso ao Centro de Saúde uma maçada. (Neste caso bastaria devolver aos verdadeiros doentes o que tinham pago como que multando os restantes por recorrerem sem razão ao serviço).

Neste momento é crescente o número de urgências que semanalmente vão avisando que estão encerradas. E esse número tende a crescer pelo menos nos proximos meses.

Há dias saiu mais um lei imbecil que limita o número de medicamentos a aviar pelas farmácias sem sequer haver quem reparasse que num país de velhos pouco saudáveis tal medida era lesiva pelo menos para os doentes crónicos que até ver terão de correr para um médico para renovar a recei de um medicamento a que estão condenados pelo resto das suas vidas. 

O emigrantes, incluindo todos quantos pagam impostos em Portugal, saem do radar do SNS mesmo sabendo-se que uma, duas ou três vezes por ano regressam ao país para férias e para ver a família. Ou seja o aberrante ministério da saúde proíbe os emigrantes de adoecerem durante os tempos em que cá estão e para onde, aliás, trazem fartas divisas.

A cereja no bolo veio esta semana. Os utentes com  médico de família perdem este se durante cinco anos não tiverem quaisquer motivos para recorrer ao centro de saúde!!!  Mesmo saudáveis esem motivos para vir ocasionar o engarrafamento do serviço devem dar sinal de vida e perder um par de horas para mostrar que estão sem maleita que se veja ou sita!!!

A coisa poderia parecer kafkiana mas para um ministro que seguramente não sabe o que isto quer dizer há que procurar outro adjectivo que não se vai usar para evitar acusação de difamação,

Não vou sequer referir o longo duelo com os médicos que, entretanto já deu direito a um aumento que poderia ter sido convencionado há um ror de meses, Dos enfermeiros nem se fala e quanto aos restantes corpos sanitários  (farmacêuticos, por exemplo)tudo continua na mesma como a lesma. 

A pergunta que se põe é simples: par que serve aquela criatura enfatuada, faladora e inútil?  Com ele ou sem ele as coisas vão rolando mal, mas rolando. Sem ele sempre se poupava um ordenado e sobretudo o espectáculo ridículo que a personagem dá sempre que apanha um microfone por perto. 

 

estes dias que passam 863

mcr, 11.12.23

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as meninas

mcr, 11-12-23

 

Desde a disputa entre dois rapazes (que o terceiro nem conta), ao Natal que se aproxima  às dias gémeas luso-brasileiras tratadas com um medicamento caríssimo mas único, não escapa ninguém.

É o país que temos, dirão, mas, no meio da balbúrdia, ninguém vem a terreiro perguntar a razão da abrupta queda do nível da miudagem a matemática e leitura que é o maior de todos quantos aparecem num relatório do PISA como também ninguém parece interessado em mais dois ou três temas da vida pátria que só indicam desaires. 

Antes que me esqueça deveria tentar explicar ao sr Pedro Nuno Santos o campeão do fazer já e depressa que o velho do Restelo não era assim tão burro ou tão anti progresso como ele na sua enfatuada ignorância o pinta. Não se trata só de ler bem Camões mas sobretudo de ler cuidadosamente a História.

Deixemos, porém o inimigo das "perninhas dos banqueiros alemães" prosseguir na sua cruzada  "tudo à esquerda e depois vê-se " (se ainda tivermos olhos...) sem com isso nos precipitarmos na mãozinha ansiosa do sr Cordeiro porque, na verdade, e no caso extravagante de sermos militante do PS só nos apeteceria dar o voto ao terceiro cavalheiro sob o lema roubado ao brasileiro Ciro "vote num e livre-se de dois"  ela simples razão que ambos fizeram entusiasticamente parte do defunto Governo e terão, em tempos idos, estado juntos a tentar segurar Seguro contra Costa enquanto agora se. encostamao Costa que, pelos vistos, tem costas largas

Deixemos também o actual ministro da Educação que subitamente viu a luz e passou de inimigo dos professores a maior amigo dos mesmos dando não uma cambalhota mas um triplo salto mortal no caso da recuperação do tempo de serviço dos mesmos. Arre que é preciso não ter vergonha na cara nem no resto do corpo!

Deixemos também a história de Alcochete e de um aeroporto a estabelecer ali, exactamente onde há um campo de tiro e mais instalações militares que não só servem o Estado português mas também a Nato, Para onde ira toda esta tralha militar? E quanto é que isso vi custar?

Também não vale a pena vir debitar seja o que seja sobre a ANA que, pelos vistos tem o Estado agarrado por algo demasiado forte a pontos de uma senhora Partidário vir dizer que será dessa estrutura meio francesa que virá a última palavra sobre o tema aeroportuário. E lembremos, de passagem, as proféticas palavras do alegado futuro candidato à Presidência da República , dr Marques Mendes, que garantiu ontem. na SIC.  que o aeroporto nunca sairá da Portela...

Voltemos pois às duas meninas com uma doença rara que foram tratadas no Santa Maria. 

Antes de mais, perguntemos se o tratamento destas duas crianças prejudicou o de qualquer outra - portuguesa ou não- Parece que não! 

Depois perguntemos se o sr dr. Nuno R de Sousa  pode ser obrigado a ir à Assembleia explicar-se. Esta ida pedia pela Iniciativa Liberal é fruto da recusa do PS em fazer ir lá quem, de facto, poderia explicar o tratamento das fémeas. Ou seja, a Ministra da altura, o Secretário de Estado Lacerda Sales, o director clínico da mesmíssima época. Se esses não vão que razao há de chamar-se o sr dr Nuno  que teria tentado meter uma cunha ao extremoso pai que, previdentemente, desarmou a coisa, remetendo tudo para as autoridades competentes como afirmou. Se isso foi assim, não há objectivmente cunha alguma e a vinda do referido sr Nuno carece de sentido e de utilidade. 

Depois, conviria perguntar se o artigo (sobre este cado) publicado no Expresso desta passada semana é verdadeiro ou não. Isto é se o deferimento  da naturalidade portuguesa foi atempado e não um favor, se a ida para o Santa Maria preencheu como se afirma os requisitos legais, enfim se tudo se processou sem especial atropelo. 

O argumento do custo do medicamento despertou a inveja nacional mas sempre que se fala numa soma alta is que se levanta um burburinho tremendo pois a lusitanagem é mesmo assim.

Também seria bom saber se o tratamento teve ou estará a ter êxito. Se sim, parabéns Portugal, Santa Maria e o diabo do medicamento que tem um nome quase impronunciável.

Aliás, o problema levantado pelas duas pequeníssimas e novas cidadãs portuguesas não é este ou não é apenas este.

 É ou não verdade  que o nosso definhado SNS está  a ser vítima dum ilegal turismo sanitário que nos traz doentes de outros países onde existe (ou não) um serviço de saúde manos complacente ou menos apetrechado?

Fazer desta despesa (que não é coisa pouca) uma frente de batalha que dura semanas e esquecer que o futuro aeroporto vai custar um balúrdio, sem falar nas obras complementares que terão de ser feitas desde uma linha de alta velocidade até uma nova travessia do Tejo para as quais não há sequer a sombra de um número, parece digno de um país bananeiro  e dos piores!

Convém explicar que nunca me perdi de amores  sequer de simpatias pelo sr Presidente da República, que não lhe conheço a descendência e que nunca o votei. 

E convém dizer que esta guerra colateral veio mesmo a tempo para fazer esquecer o outro caso bem mais interessante das causas da queda do Governo Costa preparando assim uma diversa e mais feliz estrada para as  europas por que ele sempre ansiou... 

 

O leitor (im)penitente 261

mcr, 09.12.23

As "excursionistas" passeiam-se no iblog

mcr, 9-12-23

 

O escriba, este, propriamente dito, está como um cuco com uma espécie de natal antecipado que lhe caiu no sapatinho.

então não é que lhe apareceu uma trindade (laica) de leitoras composta por um par de primas e tia quase da mesma idade do que elas que resolveram espiolhar os textos (que serão mais de 1500!...) dados à estampa, melhor dizendo ao éter, desde um longínquo dia do ano da graça de 2005, ou seja há dezoito anos!

ao que me contam, divertidas que nem cabindas (ainda alguém me há de explicar estas dos cabindas serem divertidos...) foram-me apresentadas pela querida Juju Cachimbinha quando há pouco tempo escrevi algo em que a metia ao barulho.

Imagino essa tarde de chá, torradas, scones e demais trincadeira, em que este quarteto me cortou na casaca mesmo que a Juju só me tenha feito rapapés amalandrados: Que eu som bom tipo mas anárquico, bom amigo mas incapaz de telefonar. bom conviva que, porém, falha miseravelmente casamentos e baptizados (e mesmo enterros!...) enfim um portuga de Buarcos com os habituais defeitos e as escassas virtudes daquela amável terra toda de sol, vento (a "nortada" do Verão) mar frio e, por vezes, "cão", uma praia imensa que só se atravessa graças aos "transiberianos"  de madeira que nos poupam às areias quentes do meio dia e uma serra promontório (enfim um simples cabo, o cabo Mondego que está todo "esfurancado" -Juju dixit- pelas galerias abandonadas de uma mina de carvão já encerrada).

A Juju acrescentou no seu impiedoso retrato: "Vá lá que ele cumpre as regras do Márinho Santos que Deus tenha  ou seja os amigos não têm defeitos e dizer bem é supérfluo. 

As três nóveis leitoras  tem esmiuçado sem critério nem demasiada constância a minha escrita efémera e para já avisam-me que repito /ou quase repito)  títulos e volto a temas antigos para acrescentar argumentos novos. 

E como exemplo eis que pegam no ano de 2008 (!!!) de má memória e referem um "diário político nº 96 com o título "com olhos em Gaza" relembrando algo que escrevi há pouco csob a invocação do belíssilo livro de Aldous Huxley ("Sem olhos em GAza).Juntam-lhe um estes dias do mesmo ano com um título "ao cheiro das eleições...  que há dias praticamente repeti .

 

e finalmente ainda sobe o tema Israel / países limítrofes voltam à carga  com um diário político 95  (algumas perguntas) que tece um par de considerações sobre a legitimidade de grupos terroristas se afirmarem como movimentos de libertação nacional.

Depois destas frechadas amáveis que provam uma leitura atenta que muito agradeço afirmam que tenho a mania de, ao escrever, deixar, de quando em quando, uma espécie de sub texto erudito baseado em citações ou alusões brevíssimas a autores diversos. quanto a isso, eu pecador me confesso. Por vezes não resisto a referir textos que me dariam imenso trabalho a desenvolver. Já escrevo coisas enormes para um blog (um leitor arguto falava nos meus posts "fleuve" piscando o olho a um outro Marcelo que, esse sim, deixou uma obra imensa. 

Essa sub-escrita não escapou às  auto-nomeadas "excursioistas"  (boa malha leitoras gentis!)  e de cerro modo prova que fiz bem em deixar esses pequenos sinais que apenas provam o meu reconhecimento a todos quantos alimentaram a minha insaciável curiosidade e granjearam um enorme respeito. Por isso meto-lhes as aspas da praxe para que se perceba que a coisa não é minha mas apenas uma citação. 

Finalmente as leitoras nesta primeira intervenção dizem-me, mais divertidas que críticas, que eu tenho alguns autores "do peito" e fujo de outros como o diabo da cruz. Mais uma vez têm toda a razão  e só para citar um dos exemplos que apontam eis que me disparam com o Rabelais.

Ai leitras excursionistas ou não, esse cavalheiro faz parte do meu panteão de enormes autores que não cesso de recomendar. E ainda bem que o referem porquanto saiu há já alguns meses a primeira tradução integral do Gargantua e Pantagruel (Imprimatur/Livros Errantes) que terá ainda um segundo volume. Eu levo a minha devoção rabelaisiana ao ponto de ter várias edições não só em francês moderno, como bilingues e uma só no francês que ele escreveu. Confesso que não é exactamente fácil de ler mas por outro lado é algo de extremamente saboroso. Como o português dos cancioneiros, ou de Fernão Lopes para não ir mais longe. Ou da "Peregrinação" essa formidável aventura de alguém que foi durante séculos acusado de mentir. Agora, cada vez mais, se vai sabendo que Fernão Mendes Pinto viveu o que descreve e descreve uma realidade cada vez mais verosímil para não dizer verdadeira.

Todavia,  obra de Rabelais clérigo e médico é um milagre de imaginação, de humor, de crítica desenfadada que o alcandoram ao olimpo dos escritores de um bom par de séculos. Tenho por mim que em França, e nos sec XVI e,XVII e princípios do XVIII, tirando  Saint simon o verrinoso memorialista e Monetaigne ninguém se lhe chega aos calcanhares. Provavelmente estarei a ser injusto mas se falho algum génio é apenas por desconhecimento indesculpável (ou memória em crise...) Estas minhas novas leitoras que, pelo que me dizem pouco mais tem do que metade da minha idade, anunciam que não deixarão de dar notícias sempre sob a minha "obra" cronística. 

Cá as espero. 

E sempre grato!...

nota posterior Esqueci mas ainda vou a tempo de citar duas grandes escritoras desse tempo as Madames de Sevigné e de Lafayette. Outras há mas ainda não as li. De todo o modo estas duas grandes escritoras merecem destaque pois não só escrevem muito bem como são dotadas de uma inteligência, sensibilidade e espírito crítco inigualáveis. 

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