estes dias que passam 1023
As presidenciais dão para tudo e ainda nem estão no adro
mcr, 29-10-25
Comecemos pela atrevidamente ignorante criatura que dá por Ventura.
O homenzinho nasceu em 1983, mais de 15 anos após a morte do dr Salazar que ele agora, sempre destemido, invoca triplamente.
Vê-se que o seu conhecimento da história pátria é, no mínimo , limitado. O velho ditador tinha, como é sabido, um largo par de pecados mas posso garantir que jamais permitiria a Ventura ser o desbocado que é. O fundador do Estado Novo ter-lheia aplicado o famoso “par de safanões dados a tempo” só pelo desbragamento da linguagem que Ventura e a sua gentinha usam.
(recordo tão só o destino do sr Rolão Preto, fundador esparvoado dos "camisas azuis" que foi rapidamente mandado calar e acabou como - oh espanto!- um vago e inútil apoiante da oposição)
O ancião que governou o país até uma cadeira o ter atirado para os confins da consciência usava um português cuidadoso, inteligente, e quase cerimoniodo. Não nascera em berço de ouro mas os anos de Faculdade de Direito, o estudo e a inteligência tinham-no ajudado a falar, escrever e pensar com prudência e decoro. E detestava multifões ululantes . Nada disto, obviamente, o desculpa mas ver-se tão ridiculamente citado por uma espécie de catvento político ignorante cavernívola e baulhento fa-lo-ia dar voltas na cova se as parolives venturescas chegassem lá. Felizmente para o pouco venerável ancião, este género de vozes não chega ao céu, nem ao inferno, menos ainda a uma cova antiga num cemitério longínquo.
O pecado da palavra deveria sr castigado . E o da falta de bom senso mais ainda.
Um senhor Pinto, deputado do LIVRE entendeu ser candidato à presidência da República.
Não se percbe bem que razão o leva a dar tão fatal passo. O LIVRE por muito boa vontade que se tenha , jo ga na 2^ ou 3ª divisão presidêncial. Não vai produzir nenhma vaga de fundo, sequer uma ondinha pacífica numa poça de água. da chuva
Poder-se-ia argumentar que o partido tenta aproveitar a comunicação social parra vir gravemente dizer quais os seus projectos para a pátria desvalida. Ou seja utilizar enviesadamente o espaço televisivo e jornalístico para dar a conhecer as ideias do partido do sr Tavares.
Se esse é o objetvo também, neste ponto, se pode afirmar que os resultados ficarão aquém, muito aquém, das espectativas.
É que as pessoas, no caso os eleitores, estarão mais interessados no que distingue as 3 ou 4 candidaturas principais do que numa eventual propaganda do LIVRE.
Todavia há mais. No Expresso da passada semana, o sr Pinto vem dizer que (cito) “não foi o LIVRE que dividiu a Esquerda!"
É verdade que até ao aparecimento deste partido já a Esquerda (ou a que se toma como tal), estava dividida No caso em apreço, aparecia o PC, o BE, o PAN e, se estes permitirem, o PS .Logo o sr Pinto tem razão o Livre não vrio dividir. Porém, é bm claro que não veio unir e o seu aparecimento aumentou a diviso já existente.
Relembrando a hsstória pregressa do Livre (ou do proto-livre) temos que Rui Tavares foi eleito para o parlamento europeu numa lista do Be. Às tantas zangou-se com o partido e, em vez de entregar o cargo entendeu continuar como independente. Anos depois aparecia a fundar esta organização.
Eu não quero acusar ninguém mas sempre digo que quando alguém não se sene bem enquanto representante de outrem a hipótese mis digna é bater com a porta, ésair e entegar a pasta. Há, de resto, e no que toca ao Parlamento Europeu, o exemplo limpo e honrado do JZé Barros Moura que eleito pelo PCP, partido onde militou desde estudante, saiu do Parlamento e entregou o seu lugar ao partido pelo qual fora eleito. Sem o BE nunca Tavares teria chegado a Bruxelas pelo que a permanência como independente não o favorece e, menos ainda o exalta.
O Livre tem pretendido, ao longo da sua ainda curta vida, unificar as esquerdas coisa para que é manifestamente incapaz Piior: coisa que desde oos tempos agitados da 1ª Internacional nenhum partido de Esquerda conseguiu (um dia destes escreverei sobre este inglório esforço unificador que todos apoiaram ao mesmíssimo tempo que o combatiam com igual fúria.
Mesmo agora, quando vemos um progresso do Livre logo podemos verificar que é feito à custa dos outros partidos irmãos e inimigos. Nada de novo sob a roda do Sol.
Acrescentarei que as votações que o BE antes e agora o Livre obtiveram parecem sobretudo dever-se à vontade de alguns eleitores não quererem votar no PC ou no PS (não refiro o PN por insignificante e menos ainda o MRPP & similares por já nada representarem) .
Finalmente, o sr Pinto vem proclamar que “não percebe” a falta de vontade de António José Seguro se enquistar no que ele Pinto afirma ser a Esquerda. Convnhamos que, além de se candidatar a um último ou penúltimo lugar, Pinto quer tirar a Seguro a frágil hipótese de vencer Marques Mendes ou Ventura...
No mesmo sentido aparece a srà Leitão. Depois de nem sequer ter conseguido igualar a percentagem de votos do PS na anterior eleição autárquica, eis que veio também a público declarar que mesmo sendo militante socialista não sabe se apoiará AJ Seguro!
Eu que não sou militante do PS já aqui disse que apoiaria Seguro, personagem que não conheço pessoalmente e que não me entusiasma especialmente mesmo se o considere uma pessoa digna, com passado político mais que decente, ganhador inclusivamente de uma eleiçãoo que um sr Costa veio miseravelmente dizer que “sabia a poucochinho”.
Este mesmo sr Costa pouco depois disputou uma eleição que perdeu claramente mas foi salvo poe Jerónim de Sousa que lhe deu uma mão para sair do atoleiro com que começava a sua carreira de líder de um partido.
É bom tecordar que a srª Leitão foi escolhida pelo sr Pedro Nuno para esta aventura autárquica . Por outras palavras o sr Pedro Nuno, esforçado inimigo das “perninhas dos banqueiros alemães “ (sic) não contente em perder umas eleições legislativas e ser ultrapassado pelo execrável Ventira ainda deu mais uma mãozinha par a derrota autaqutica em Lisboa .
Convenhamos: Seguro poderá sentir-se mais seguro sem Leitão do que com ela já que manifestamente a criatura repele votos e votantes.
Pinto que se cuide, porquanto a dita senhora pode lembrar-se de o apoiar...
Alguns amigosmeus, vindos de uma outra época em ser democrata já era perigoso, já proclamam que estas presidenciais vão parecer--se com uma tourada à portuguesa. Eu, mesmo estando de acordo com eles, pergunto-me se, em vez de toureada, nos sai uma garraiada. E mesmo nesse caso se a dita garraida não se transforma em garraida infantil como nos meus tempos de menino ocorriam no Casino Peninsular da Figueira da Foz- Mas aí a miudagem ganhava pois o sr makor Tomé, no final da função dava a todos os os meninos sem excepção uma barra de chocolate.
Um luxo! Uma delícia... que não espero das eleições que se aproimam e onde Pinto não brilhará.



