A não perder no Público de hoje “O Caso Eurominas”. De como António Vitorino, Alberto Costa e José Lamego, uma vez saídos do Governo de António Guterres, ressurgiram como advogados, para obter uma choruda indemnização para um cliente, num processo que, pelo menos um deles, tinha apreciado como governante. Antes, a indemnização era indevida e um péssimo negócio para o Estado, depois, passou a ser uma solução óptima, sabe-se agora para quem.
Tamanha reviravolta só se consumou quando a empresa passou a ser representada por advogados, por coincidência ex-governantes, os quais, como é público e notório, mantinham estreitas relações de companheirismo partidário e decerto até de amizade com quem tinha que decidir.
E agora, perguntarão, o que vai suceder? Obviamente nada.
Se calhar o que fizeram não preenche nenhum tipo legal de crime. Sanção disciplinar da Ordem, espera por essa. Averiguações por uma comissão parlamentar de inquérito, deixa-me rir, isso só no estrangeiro.
Moral da história:
1.º) Ficará reconfirmado que os políticos e demais poderosos podem fazer tudo e “até nas barbas” que nada lhes acontece.
2.º) As “pipas de massa” (expressão do insuspeito Cravinho), que desta e de outras formas são drenadas do Erário Público, não contam para o défice orçamental. Contam sim os ordenadões dos segundos escriturários da função pública, que esses sim é que nos levam a todos à ruína.