O caso do apartamento
No entanto, nenhum acto ilegal foi cometido.
(...) Percebendo o potencial mortífero deste caso, Raffarin agiu rapidamente. Na primeira fase, e em menos de 12 horas, Gaymard teve de anunciar que mudava de casa ainda naquela semana e que iria reembolsar pessoalmente as despesas das obras. Por seu lado, o primeiro-ministro decretou regras muito claras quanto aos apartamentos alugados por ministros: o Estado paga só 80 metros quadrados por cada um, e mais 20 metros quadrados por criança a cargo. Se quiserem uma superfície maior, pagam a diferença do seu bolso."
A ler na íntegra no Público .
"um daqueles escândalos que só existem em França" , diz Ana Navarro Pedro, articulista do Público.
Esta observação intriga-me: será que a articulista presume que só em França há políticos pouco escrupulosos? Ou com tantos filhos? Ou que só em França "o caso" assumiria as consequências descritas? E porquê? Por não ser de molde a desencadear críticas da opinião pública dado ter sido tudo legal ? Ou pela reacção do primeiro-ministro, face a tal legalidade?
Bem, pelo menos em Portugal, não estamos de facto habituados a que uma situação tida por legal, ainda que iníqua, seja objecto de tais reacções institucionais...