Encontro
e a pele.
Não poderiam ser diferentes
no esplendor do desejo.
E o olhar,
mar de palavras
não ditas,
debruçava-se sobre os corpos
desde o princípio.
Para além deles mirar o gozo.
Era um aroma inesquecível
como devia ser.
Um brilho musicalmente harmônico,
rítmico;
nos dias e noites
em que nada mais sabiam,
além de si mesmos.
E os gestos.
A medida exata dos gestos
a arrancar de um íntimo
que não haviam visitado,
a exclamação encantada
do encontro.
O sabor fresco
da umidade diluída
nos afagos
que jamais fizeram antes.
Perdida realidade
que não pensavam existir.
A todo o momento,
a memória e o ato,
o afeto e o fato,
não os abandonaram.
A verdade do encontro.
Silvia Chueire