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Incursões

Instância de Retemperação.

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Aviso avulso (mais um)

d'oliveira, 27.11.07
As boas causas exigem meios adequados e, já agora, educados. Não sei bem porquê mas, volta e meia, nos meus "posts" aparecem coisas extraordinárias a título de comentário. Não, não se trata de insultos, chammadas de atenção, recriminações... Nada disso. Trata-se, tão só, de manifestos, comunicados diversos que nada têm a ver com o que disse ou escrevi mas com interesses de quem aproveita esta porta aberta e franca para publicitar o que lhe interessa.
Desta feita é uma senhora que pretende apresentar uma petição na assembleia da república sobre o dever do Estado proteger as crianças vítimas de abusos sexuais.
Para cúmulo assina com pseudónimo! Ou seja: eu aqui a dar a cara e esta senhora que não conheço de lado nenhum entra pelo meu texto como quem entra no moínho da Joana e autonomeia-se "curiosa".
Eu mesmo sobrescreveria a petição se percebesse exactamente o que se pretende o que não é o caso. Tal como vem parece algo sem definição, a menos que por isso se aceite apenas o tom geral e generoso. O que é pouco, muito pouco. Se queremos amarrar o Estado e/ou o Parlamento a uma obrigação o melhor é defini-la logo, indicar o seu alcance, todos os seus fins e todos os seus sujeitos.
Isto no caso vertente. Mas já fui alvo, ou involuntária boleia, de publicidades mais directas: vá ler o blog X ou Y. Leiam o artigo Z ou W.
Ora bem: eu não me importo nada de conversar com quem aqui vem e parece-me que já dei sobradas provas disso. Sou sensível a apelos desde que os perceba. Não seria melhor, mais útil, eficaz, mandarem-me um mail para mim ou para o blog (como aliás é possível e já aconteceu inúmeras vezes)? E aí exporem o que pretendem, pedindo, se for caso disso, publicação aqui. Eu até tenho uma secção chamada "voz alheia" perfeitamente adequada para tais solicitações.
Claro que isto não significa nem pode significar que se publique tudo o que cá chega: há um limite e esse é, obviamente, o meu acordo específico e a consciência de que os meus companheiros de viagem também não estarão contra. Mas dentro destes larguíssimos limites cabe muita coisa, mais de certeza do que o que chegar.
Agora, aproveitar a franqueza de um comentário, sobre o qual não há qualquer controlo da minha parte (ao contrário de quase todos os blogs que conheço e para onde envio de quando em quando uma contribuição sob a forma de comentário) para vender a mercadoria parece-me uma falta de educação (desculpem mas não há outro termo) e um abuso. Mesmo que os motivos sejam os melhores e os mais evangélicos.
Continuarei a não entravar o direito ao comentário do que aqui publico. Não me apetece fazer censura prévia que bastante sofri com ela no tempo da outra senhora. Mas provavelmente e se as coisas continuarem assim terei que aprender a apagar textos intrusivos e absolutamente estranhos à mercadoria que aqui vou expondo. O que além do mais me vai dar trabalho. Poupem-me, criaturas de Deus!

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