Decidi aderir à greve dos magistrados do Ministério Público, marcada para os dias 25 e 26 de Outubro, porque não posso admitir que o Governo tenha como política para a área da justiça o afrontamento indiscriminado dos profissionais que aí exercem funções, e a utilização populista de mesquinhos sentimentos de inveja para impor sem diálogo e sem convincente justificação medidas que afectam o seu estatuto socioprofissional. Entendo que a forte adesão à greve é um importante sinal de protesto que pode abrir o caminho à compreensão de que só pelo diálogo se podem mobilizar aqueles de quem depende o funcionamento do sistema de justiça para as profundas reformas de que necessita.
A minha consideração por todos vós é sempre total e não vai ser a divergência de opiniões que me vai fazer amuar, ou dizer que, este não é para aqui chamad.
Admito que eu, como qualquer um de nós, possa estar a "ver mal a coisa".... - como eu gosto das expressões populares.
Somos pessoas sãs, ao que vejo.
Não o são os que não têm qualquer diálogo. Os que dizem ir para o diálogo com as decisões tomadas.
Esses não são sãos como nós. E é preciso averiguar porquê !
Não é calúnia. Eu não disse que ele devia ir para o psiquiatra. O que perguntei é se efectivamente existiam problemas.
Mas se quiserem tudo bem. Tomem a caneta vermelha e usem-na.
E a nossa consideração, de uns pelo soutros, está na exacta medida em que respondemos uns aos outros. Se não houvesse consideração e não fossemos pessoas sãs, não tentávamos esclarecer as dúvidas que temos, mesmo quando são apresentadas como certezas.
Por isso o meu muito obrigado ao compadre Esteves (cada vez gosto mais de si, gosta de dizer o que pensa e pensa no que diz).
É para isso que aqui estamos. Senão não valia a pena. Este é o único sítio em que o diálogo se processa sem ser possível o murro na mesa e muito menos no outro arguente. A única arma é a palavra. Para além disso o que é que fica ??????
Diria eu, o murro da provocação !
Excita as ideias e isso é bom.
O marasmo da comunicação socia, finalmente excitou-se.
E isso é bom.
É bom para os que consideram que fazer as pessoas pensar, mesmo quando tal parte de uma provocação rateira, é salutar.
Os chamados impolutos, que poluem o ideário republicano, têm de ser chamados a contas.
A parte negra do curriculo tem de ser vista.
Não será "crime" político (uma nova figura da criminologia), o branqueamento dos políticos ????
A real personalidade dos figurantes tem e deve ser conhecida pelo povo.
E se estamos no domínio da imputação de condutas políticas ilícitas face a um código de conduta político mínimo e consensual, a inimputabilidade política derivada de problemas graves de comportamentos patológicos, não interessa ?
Desculpem-me o resvalar para a hermeneutica jurídica.
Não queria, mas tem de ser, pois pediram-me para elevar a fasquia..... (o povo não vai entender e a conversa pouca utilidade terá a não ser para nós próprios, seres egoistas e egocêntricos)(como eu tenho saudades de Alcácer em que a arma era zás trás....)
Ora segundo o nosso querido compadre Esteves, a vida privada de cada um não interessa para o caso.
Como já disse não sei se alguma coisa se passa. Fiz uma pergunta.
Ora dizia eu, pela teoria do nosso querido compadre Esteves, ao analizar-se em um qualquer julgamento a conduta do julgado, o seu perfil psicológico não interessará para a causa.
Perguntaria eu ? Não será errado tal asserção ? (sempre a fazer perguntas!)
As disfunções não terão relevância para a questão controvertida, caso se estabeleça nexo de causalidade entre a conduta e a personalidade ?
Não poderá ser esse o motivo de uma não condenação ?
Então em que ficamos ? Interessa ou não o estado das pessoas ?
Era só isso querido compadre que eu queria vislumbrar para dormir mais sossegado.
Absolvam-no, perdoai-lhe que porventura ele não sabe o que faz....
Contudo, como até agora, ao que vejo ninguém confirmou qualquer patologia, a vontade de menosprezo e aviltamento das Magistraturas é real e séria, não se podendo sequer enquadrar nas declarações não sérias (como as de que .... eu só tenho as regalias da ADSE......)
(já agora, Hitler era acompanhado sistematicamente por três psiquiatras e os outros que eram enviados para os campos não eram nem psicólogos nem psiquiatras, eram monstruosos assassinos (não desonre a psicologia e a psiquiatria), assim como os demais que sobrevieram e que muito bem referiu.
Uma palavra final para as palavras de solidariedade da Kami para com o compadre. Gostei tanto daquele incondicional.
Perante tamanhas desonras entre órgãos de soberania, no meu tempo perguntava-se "Setá que eles (políticos) estão doidos ?????"
Compadre José: Com a mesma consideração que tem por mim, digo-lhe que não concorda absolutamente nada que se utilize questões do foro pessoal para atacar seja quem for. E muito menos, questões de ordem psicológica. Não é por aí que se pode ganhar razão.
O compadre desculpar-me-á com certeza, porque é pessoa muito razoável pelo que conheço e de bom coração pelo que leio.
Mas neste caso, tendo a concordar mais com a argumentação sebastiânica. Neste caso concreto, não se trata de um assunto do foro íntimo de um cidadão que por acaso é ministro. A partir do momento em que surgem sérias dúvidas ( sérias é palavra forte mas pode diminuir a intensidade para plausíveis) sobre uma doença psíquica de um ministro e essa doença psíquica cabe num campo especifico que não passa pela mera depressão, torna-se assunto relevante e de interesse público. E então terá que se dizer ao "público": estejam descansados porque este ministro está bem de saúde, ao contrário do que podem dizer os boateiros do costume. Que o digam! Se um primeiro ministro se mostra incapaz de o entender, tem que haver alguém que o faça: o PR, por exemplo! O PR dá o aval a um ministro destes e a atitudes destas?! Pelos vistos, sim. E até dá o aval a que o governo trate os magistrados e o poder judicial como se vê!
Neste caso, não se trata de mera luta política, embora o assunto tenha surgido por causa disso. Num país de brandos costumes, os costumes começa a ficar pesados e as atitudes deste ministro particularmente, atingem milhares de pessoas. Não é apenas uma questão de política governamental porque a política pode e deve fazer-se de outra maneira. É um assunto de Estado quer se queira ou não queira. Não é assunto íntimo e pessoal. É a minha opinião, como é óbvio e o compadre na sua razoabildiade pode ter melhores argumentos e que aceitarei se tiver a gentileza de os expôr. Um abraço, por isso.
"o perfil sócio psíquico de uma personalidade, não pode ser analisado e questionado" pela seguinte razão: é uma matéria do foro pessoal e o respeito pela dignidade de qualquer pessoa obriga-nos a não entrar em psicologismos (primários)que a posaam diminuir.
Como se sabe, até aos especialistas da matéria (psiquiatros e psicólogos) é vedado tornar pública os seus dados nesta matéria delicada e sempre subjectiva.
Desculpem, Esqueci-me de vos dizer que, quando questionei sobre o estado de saúde de ABC, não era com o propósito que logo susurrou a mente dos mais polutos. Não era com o propósito de arma de arremesso como Ferreira Torres.... Não. Era apenas para eu compreender e, sinceramente, politicamente desculpar o ABC, pelas poses que tem vindo a demonstrar para com os seus trabalhadores da área da justiça. Nunca em Portugal se assistiu, nem no tempo do Estado Novo, a esta forma institucionalizada de tratamento das Magiustraturas, pelo Governo.
Mas tenho mais perguntas....
Dúvidas, sobre o Sr. engenheiro Sócrates....
Fica para a próxima.
Se coloco as dúvidas todas de uma vez, ainda me chamam de ignorante.
Meus queridos amigos. Não percebi o incómodo das perguntas que formulei. Afinal não passaram de perguntas, pois perante afirmações que me foram feitas sobre o estado psíquico do ABC, eu próprio considerei que tal só por calúnia podia ser dito. Contudo, não vejo muito sinceramente, porque é que o perfil sócio psíquico de uma personalidade, não pode ser analisado e questionado. É que não consigo perceber como é que, uma alta figura do Estado pode apelidar os titulares de um órgão de soberania os Juízes e Magistrados, ou, vou até mais longe, qualquer profissional empenhado, de .... esses grevistas..., com o mais refinado desdém, quando praticamente toda a classe fez greve. Como é que se pode explicar que como reacção à greve esmagadora se diga, então .... retira-se o direito à greve.
Salvo o devido respeito, a fasquia foi estabelecida pelo visado.
É por essas e por outras que o povo não percebe a linguagem intelectual dos representantes sindicais das magistraturas e só percebe a linguagem do representante dos senhores funcionários.
A quem interessa, neste momento, a manutenção da elevação de propósitos e linguagem, que os meus amigos pugnam e eu sempre pugnei ???
Intelectuais de todo o país...
Vejam....
D. Sebastião fez perguntas incómodas para as quais não tinha resposta..... a 26 deste mês.
Vejam o independente de hoje e a reacção que tal irá gerar em termos políticos.
Eu sempre afirmei que os intelectuais não tinham geito para a política e vice versa.
Está aí o resultado.
É incómodo fazer perguntas para perceber as motivações dos políticos ????
É incómodo saber o estado de saúde para saber da capacidade dos políticos para o exercício do cargo ?????
Não vos vou enunciar o rol de casos em que publica e democraticamente se exigiu o conhecimento do estado de saúde dos governantes.
Eu, como cidadão, contribuinte, eleitor, tenho direito à verdade.
O depósito do meu grau de confiança em quem voto ou deixo de votar, passa por aí.
A censura que faço como cidadão dos actos de governo, passam pela análise do equilibrio da postura dos governates.
E reparem meus amigos, acho completamente irrelevante se um político é mais ou menos voraz a comer um bolo rei, se bem que a preocupação estética, nunca deve ser posta de lado.
Mas acho fundamental perceber porque é que um ministro trata com desdém e prepotência, quem, diariamente e com muitos sacrifícios, gere o interesse público na justiça, com total desinteresse pessoal.
Imagino. Imagino quantas vezes o ABC já terá dito para as paredes do seu gabinete, ....esta não é a minha magistratura.....
Desculpem o incómodo...
Não foi de propósito.
Se saí da linha editorial, podem pedir-me para sair, ou não publicar, como agora está na moda.......
O mau tempo, aproximou-me mais de pressa do que pensava, do blog.
Não gostava de ter de fazer o comentário que vou fazer:
Utilizar a psicologia ou a psiquiatria para combater políticas de um Ministro que, inclusivamente, não são verdadeiramente políticas de um Ministro, mas de um Governo, parece-me repugnante. Parece-me um argumento de tipo xenófobo. É como dizer, "logo vi é cigano". Neste caso diz-se: "logo vi, anda no psiquiatra." E quanto a Hitler, devo dizer que ele nunca seria um mostro se tivesse sido tratado por um psiquiatra que se dedicasse a tratar doenças do foro psicológico e não a selecçionar pessoas. O que aconteceu é que os psiquiatras do regime usavam a psiquiatria (aliás como fez o PC no poder na União Soviética) para perseguir os adversários. E quanto às patologias do foro psicológico, convém lembrar que os especialistas desta matéria consideram que estas doenças estão generalizadas na sociedade em que vivemos. Por isso, não é prudente atirar pedras. De qualquer forma, tais doenças dizem respeito ao foro privado e não é de bom-tom trazê-las para a praça pública. Pensei que só Avelino Ferreira Torres era capaz de fazer isso. Só a ele tinha ouvido acusar um seu adversário de andar no psiquiatra. Eu não conheço o Ministro Costa de lado nenhum. O que me doi é este tipo de "argumentação" que nada mais visa a não ser pretender diminuir o adversário.
Precisamos, de facto, de grandes reformas na Justiça.