O metro do Porto na Asprela
Para além da incerteza que parece existir sobre a solução a adoptar na zona frontal à entrada do Hospital de S. João, uma vez que a circulação do metro não pode colidir com o acesso às urgências e deve articular-se com o trânsito automóvel da Estrada da Circunvalação e das ruas envolventes, estamos perante mais um exemplo de promotores de uma obra pública que adoptam o princípio do “quero, posso e mando” no seu relacionamento com terceiros. Se isto se passa em relação a outros organismos do Estado, como terão sido tratados os particulares que foram alvo de expropriações?
Constata-se, por outro lado, que a “intelligentzia” da cidade, que anda preocupadíssima a discutir se o metro deve ou não circular na Avenida da Boavista, não dá qualquer atenção a um traçado que serve “apenas” um pólo académico, científico e hospitalar que movimenta diariamente dezenas de milhares de pessoas, ainda por cima situado numa das principais entradas da cidade.