Promover a educação integral do aluno
Agrupamento Vertical Augusto Gil, no Porto. Admirei, desde logo, a organização, o aprumo e a limpeza da Escola, que é frequentada por 650 alunos. Trata-se de uma escola pública que, no local, sucedeu aos privados Colégio de Nossa Senhora da estrela (feminino) e, posteriormente, Colégio João de Deus (masculino), que é uma referência na cidade. Presente estava o decano dos rotários portuenses que, há 70 anos, deixara o Colégio, após conclusão dos estudos liceais. Um pequeno museu mantém viva a história do João de Deus. Anualmente, reúnem-se na Escola os antigos alunos do Colégio João de Deus (119 no último evento).
A Dra. Teresa Miranda, Presidente do Conselho Executivo, apresentou o Projecto Educativo do Agrupamento, "Aprender a Ser, Aprender a fazer, Aprender a Conhecer". Foi uma exposição interessante, viva, clarividente, reveladora de um grande conhecimento da realidade educativa, dos recursos e dos objectivos pretendidos. Comentei, no momento, que estávamos perante uma professora. De facto, no gesto, na exposição, na paixão, não podia ser senão professora.
A Escola tem, entre outros, dois problemas. Os edifícios de Santa Catarina estão abandonados, por não reunirem condições de segurança, o que é uma pena porque a Escola se debate com falta de espaço. Acresce que não dispõe de laboratórios. O respectivo espaço é no terceiro andar e por razões de segurança têm de transitar para o nível térreo, mas não há verbas nem para as obras, nem para os equipamentos.
Na mesma ocasião, foi entregue bolsa de estudo, patrocinada pela Fundação Rotária Portuguesa, a uma jovem do 9º ano, do quadro de mérito da Escola, para que a ajude a suportar os custos de prosseguir nos estudos e vir a concluir Economia, como é o seu sonho.
Momentos como os de ontem servem para descobrir que ainda há sistema de ensino em Portugal, que há pessoas empenhadas em ensinar e educar, da melhor maneira, os mais jovens. Apesar das dificuldades, ainda há quem não se deixe paralisar pela inércia.
3 pequenas notas: a Escola tem alunos de muitas nacionalidades; a Escola integra alunos portadores de deficiência; a Escola elabora planos de recuperação (para os que apresentam dificuldades de aprendizagem), e planos de desenvolvimento (para os que revelam capacidades acima da média).
Gostei da Biblioteca e dos clubes que funcionam na Escola. E vale a pena ler o Gilinho.