au bonheur des dames 431

Mais fake news para enganar as pessoas de bem
(o “Público” ao serviço da "reacção”)
mcr, 29 de Novembro, 2020
O jornal “Público” traz nas páginas 2 e 3 um extenso artigo sobre o que, só por clara má fé, o jornal titula “Governo criticou no Conselho da UE (a) defesa do Estado de Direito). Aliás, tripudiando na intriga, no desdouro e na campanha anti-governamental, o matutino faz uma chamada na 1ª página para esse conjunto de falsidades contra os virtuosos pais da p´tria que nos governam.
Tudo no artigo merece a mais severa desconfiança:
Citam-se actas secretas do Conselho, roubadas (!?) à Delegação Alemã à reunião do CE realizada a 12 de Novembro de 2018 (segunda feira) e em que interveio uma senhora Secretária de Estado dos Assuntos Europeus que se chamaria Ana Paula Zacarias-
Como se sabe, não houve um dia 12 de Novembro em 2018, passou-se directamente de 11 para 13 para acertar o calendário juliano ao gregoriano.
E muito menos tal dia, que, repete-se, nunca existiu poderia cair a uma segunda feira. Em boa verdade as alegadas actas alemãs usam a palavra Montag para nomear o segundo dia da semana e nunca “segunda feira”
Quanto à alegada senhora Ana..., não existe, é mais uma invenção do jornal.
Ainda nessas actas o que poderia ler-se é “ITA e PRT foram muito críticos e questionaram a proposta, incluindo a falta de ligação entre o Estado de direito e o orçamento...”
Finalmente, e quanto a este ponto, qualquer pessoa acha altamente surpreendente que actas secretas sejam pilhadas e publicadas. Sabe-se perfeitamente que nunca tal sucedeu seja em que género de documentos for, com a hipotéica excepção dos futebol leaks e de uma imaginosa lista de pessoas e instituiçãooes nuns não menos imaginosos “Panamá papers”
A segunda falsidade consiste na invenção de um deputado polaco, ex-ministro dos Negócios estrangeiros que se chamaria Witold Waszczykowski que, ao telefone, afirmou que “Portugal jogou do nosso lado” no apoio à Hungria
Como se sabe ninguém consegue a proeza de se chamar Waszczykowski. Primeiro tem dois “W”, depois dois “K”. E nem sequer se fala nos dois “S”!... Um nome destes só pode ter saído da imaginação delirante do jornalista. Ainda por cima o nome só se pode pronunciar escarrando tal a profusão de consoantes seguidas quatro na 1ª parte e três na 2ª.
Outra clara inventona é a referência a uma alegada “Investigate Euopa” que, afirma-se seria um projecto iniciado em Setembro de 2016 e que “junta jornalistas de 9 países” e é financiado por 7 fundações (logo sete!!!) de nomes impronunciáveis e nacionalidades variadas.
Em quarto lugar, alega-se que “Portugal ajudou com uma posição crítica no Conselho a adiar a aprovação” de um acordo que fizesse a ponte entre as posições da Hungria e da Polínia e uma outra já suavizada proposta de países nórdicos e ocidentais. Ou seja, na tentativa de alcançar um acordo decente para aprovar a bazuca , houve países que cediam um pouco desde que a Hungria e Polínia fizessem o mesmo. Portugal, sempre serviçal apresentou uma proposta que mediava a posição de uns (o segundo grupo) e de outros (os dois reticentes). Tal posição teria sido asperamente recusada e acusada de subverter a a defesa do Estado de Direito.
Por ultimo, aparece uma outra coisa chamada “transparência Internacional” que condena a posição de Portugal.
Cereja no bolo: inquirida sobre isto, a senhora candidata Ana Gomes “ficou surpreendida” com a posição do Governo português. E mais disse que nunca, enquanto deputava europeiamente, o Governo lhe revelou quaisquer posições menos acordes com a defesa do Estado de Direito porquanto (sic) “se calhar nunca quiseram discutir isso comigo para não me desvendar qual era o posicionamento que o Governo português estava a defender no Conselho”
Está bem de ver que, inconformada com a falta de apoio do PS à sua candidatura, Ana Gomes dispara a matar. Isto se, porventura, existe alguma Ana Gomes, se essa criatura ffoi deputada europeia e se alguém com esse nome está a disputar o lugar de Marcello Revelo de Sousa.
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Eu, leitor compulsivo de jornais ou pelo menos do Expresso, Público, El País, Le Monde, La Reppublica e eventual de outros de outras latitudes, sou de meu natural “um ingénuo”, um tótó que cai em todas as esparrelas jornalísticas e em todas as parangonas publicadas com o único fito de vender jornais. Foi assim que há escassos dias meti a pata na poça ao referir uma notícia sobre as vacinas contra o covid e a estratégia com que seriam aplicadas.
Em minha defesa apenas consigo apresentar a senhora presidente da APRE, o senhor Primeiro Ministro e o senhor Presidente da República que foram tão ludibriados quanto eu.
Agora, já prevenido, resolvi publicar este texto e provar urbi et orbi que como os antigos filiados da MP respeito pais e superiores e estou sempre pronto para defender o bom nome da pátria, o prestígio do Governo e a sagacidade de quem benignamente nos governa
Respeitosa e patrioticamente crítico.
Viva Portugal!