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Incursões

Instância de Retemperação.

Incursões

Instância de Retemperação.

au bonheur des dames 432

d'oliveira, 11.11.21

 

 

Virão o nevoeiro, o frio e a chuva

mcr, 11-11-21

 

 

Virá o inverno mas o vice almirante mostrou-se indisponível para vir resgatar uma operação d que, pelos vistos, não está a correr nem com celeridade nem com grande afluência e interessados.

São muitas as razões que se aduzem: os “sms” do Ministério são confusos, de difícil resposta, dirigiram-se a um publico (maiores de 80 anos, primeiro e de 65, agora) em que é frequente a info-exclusão.

Aliás, mesmo para quem sabe, a resposta era difícil: não bastava escrever sim ou não, era preciso meter o número de utente, antecipa-lo  de SNS, enfim algo não ou mal explicado.

Eu, quando recebi o dito recado tentei, pobre tolo, explicar que não poderia ir à hora e dia marcados  porque, descrente das virtudes do SNS, apressara-me a ir a uma farmácia fazer a vacina contra a gripe. E havia um prazo de quinze dias entre ,a toma de uma e de outra.

Aliás nunca percebi qual a razão desta pausa quando havia a hipóteses de se tomarem no mesmo dia!...

Claro que, perante o crescimento de infecções, começou a ouvir-se muito claramente um clamor a pedir o regresso do almirante. Com ele (e a sua equipa de militares) a coisa tinha andado a toque de caixa. Agora, pelos vistos, isto mais parece um arrastar de pés, um enterro digno e demorado (longe vá o agoiro!), uma marcha lenta de protesto.

Ora, se nada mudou excepto a “task force” então a solução plausível seria pedir o regresso desta.

Gouveia e Melo veio dizer que não estava nos seus projectos regressar. Que isso era, disse-o cm todas a letras, um “sebastianismo”e que quem estava na vacinaçãoo sabia perfeitamente o quefazer.

É possível mas não se vê. Não sei o que emperra a máquina mas o zunzum é geral. Isto faz que anda mas desanda ou não anda ou é frouxo.

Mais uma vez o bom senso prático do vice almirante veio ao de cima. Basta seguir os bons exemplos e as boas práticas. Haja alguém, no Ministério da Saúde, que mande, que saiba mandar.

Provavelmente não há! E não me venham acusar de ser contra a Ministra. Não sou, apenas a acho demasiadamente fala-barato e toscamente ideológica.

E o resultado, à luz do que se ouve, do que se diz, do que se sabe é este: um desconforto!

De há muito, quem me lê com alguma atenção sabe-o desde o primeiro dia, e já lá vai mais de uma dúzia de anos, a minha crítica tenta atingir uma falsa e duvidosa elite, ignorante, inculta, incapaz de perceber qual o interesse público. Esta gente que deveria servir o Estado, serve-se a si mesma. Ou confunde o Estado com o partido em que milita e a “função pública” (no seu vero sentido de poder-dever público) com uma chatice a que não se deve prestar especial atenção.

E isso reflecte-se na opinião pública. É ver o descaso com as eleições, mais de 50% de fuga às urnas, a ideia geral de que eles não governam mas governam-se. Este país, que se ufana de oitocentos anos de existência, vê-se envelhecer, descobre que quem pode, ou quem sabe, prefere emigrar que as listas de deputados são cada vez menos interessantes, recheadas que estão de ineptos, de funcionários, de professores fartos de ensinar, de advogados sem clientela, de gente que aceita tudo para ter um lugar no parlamento e, aí, se limitar a levantar e baixar o cu à ordem da direcção da bancada.

E não é de espantar: os deputados são eleitos à molhada, por junto e em cada lista, conhecem-se dois ou três o resto é gentinha, carne para canhão. Ou seja, os eleitos só respondem perante o aparelho do partido que os escolhe a dedo medindo e aplaudindo o seu grau de subserviência, de docilidade e norma geral a sua pouca cultura geral e política.

Desta gente, assim arregimentada, sai depois um Governo à sua imagem e semelhança. O pobre sr. Cabrita não é uma avis rara, uma excepção, bem pelo contrário. É o retrato fidedigno desse naufrágio da inteligência e da competência. E com ele mais um largo par de luminárias que se pavoneiam pelos noticiários e são conhecidos por viajarem a 200 à hora.

Ora se quem manda é assim, que podemos esperar dos escalões imediatamente inferiores e, no caso em apreço, nas criaturas que estão a comandar um processo que foi bem rodado e bem executado enquanto houve, por lá, quem sabia mandar e mandava?

O inverno, o frio e algum nevoeiro anunciam-se. É a hora dos sebastiõezinhos coisa que Gouveia e Melo persiste em não querer ser. Nem merece.

O problema são as futuras eventuais vítimas desta confusão a que começamos a assistir.

E a procissão ainda vai no adro...