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Incursões

Instância de Retemperação.

Incursões

Instância de Retemperação.

au bonheur des dames 436

d'oliveira, 15.11.21

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Em casa?1...

mcr, 15 –xi-21

 

 

Já por várias vezes aqui deixei bem claro o meu nulo interesse no futebol. Apenas por brincadeira e descargo de consciência costumo dizer que o meu clube é a “associação Naal1º de Maio” (Figueira da Foz) mesmo se desconheça tudo o que por lá se passa, incluindo em que campeonato o clube joga neste momento. 

Ao nível nacional, também nunca me impressionaram as derrotas (e foram muitas) ou as vitórias da “nossa” selecção, mesmo a felicidade de uns tantos passe mais pelos brilharetes do que pelo desenvolvimento do país, pelo bem estar generalizado, pelo avanço civilizacional, cultural e social de Portugal (feitios...).  

Todavia, queira eu ou não, as façanhas futebolísticas (praticamente só essas...) enchem as páginas dos jornais e os noticiários televisivos, pelo que só se fosse surdo e sego é que não estaria ao par dos sucessos e insucessos desportivos. 

Vá lá que já ninguém é convidado a dar provas do seu exacerbado amor à camisola das quinas, pondo à janela uma bandeirinhas nacional! Essa proposta de um treinador brasileiro, por acaso, passou à história e o nacionalismo lusitano agora é ligeiramente mais discreto. 

O jogo de ontem, pelos vistos, era importante. Tratava-se de aceder directamente à lista dos felizes futuros competidores de um campeonato mundial que vai celebrar-se no Quatar, país de indisfarçável e forte tradição futebolística (!!!)

Bastava empatar o jogo e, jgando em casa, a coisa parecia fácil, tanto mais que a Sérvia não é exactamente umgigante do futebol mundial, sequer europeu. 

Na rua, n esplanada, no supermercado ouvi dizer que “isto ia ser um passeio...”

Não foi. A selecção de “todos nós” perdeu acintosamente frente a uma equipa de um país que nem sequer da UE faz parte! 

Uma tragédia que torna Portugal dependente de umas contas complicadas pra conseguir (em “low cost” como diz o jornal, um lugarzinho ao sol daquele deserto de petróleo, pero-dólares e areia.

Na esplanada reinava um luto pesado. E um coro de recriminações que atingiam treinador, jogadores, autoridades federativas e, sobretudo, a malvada Sérvia que nos veio envergonhar dentro da  nossa própria casa.

Eia avante, portugueses! Contra os sérvios marchar, marchar! Vão rolar cabeças, olá se vão. A crise ficou para traz. As futuras eleições não perturbam ninguém, Nem a falta de matérias primas. Nem d automóveis que chegarão a demorar um ano depois de encomendados. Temo bem que a culpa disto tudo seja de Passos Coelho. Ou, na falta dele, de Rui Rio, do Chega. O único que se safa é o Xicãozinho, coitado, que está com um miserável ponto nas intenções de voto. Um ponto, quase o mesmo que o Livre se, como consta, esta agremiação for a votos. 

Anda não vi, nem li, qual a declaração do Sr Presidente da República pois Sª Exª tem por hábito comentar tudo e mais alguma coisa. Estou, até, confesso-o pesarosamente, curioso. Irá sair do palácio vestido de luto? Ou de verde vermelho? Ou normalmente mas penas para ir pagar uma conta ao multibanco? A pátria aguarda  em sobressalto, a declaração do eminente político e comentador. 

Já agora, uma palavrinha sobre o caso dos comandos ajudava... 

Às tantas, a derrota é um castigo divino. Ou, então, foram os malvados banqueiros alemães, sempre eles. Avisem por favor o sr. Pedro Nuno para lhes dar a valente canelada, que eles merecem, nas perninhas.

Isto não pode ficar assim. Nem assim nem sopas! É preciso avisar a malta...Ou cerrar fileiras e cantar, a plenos pulmões e- como sempre – desafinadamente  o “Grândola, vila morena, que do hino nacional já ninguém se lembra da letra (e menos ainda da música...)

Pátria, morremos contigo!