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Incursões

Instância de Retemperação.

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diário político 208

d'oliveira, 16.06.16

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Ai Pátria, que escorregadela!

 

Então não se empatou com a Islândia! Com a Islândia, santo Deus, com uma caloira nestas coisas da bola.

O sr Ronaldo, a quem, por vezes, convinha estar mudo e quedo como um penedo, com o mau perder que se lhe reconhece, veio dizer que os islandeses eram uns analfabetos em futebol, que era só atirar para a frente, pôr um autocarro na baliza, enfim um chorrilho de tontices que as televisões avidamente glosaram.

A verdade, a pobre e honrada verdade, manda que se diga que os cavalheiros do Norte não se acobardaram e não se deram por vencidos. Um empate servia-lhes mesmo se com um pouco mais de audácia pudessem até ter criado uma surpresa (como quando defrontaram a Holanda, lembram-se?).

Ronaldo, o falador, não fez história neste jogo. Generosamente, deixou os louros para Nani. Não sei porquê este eclipse de Ronaldo lembra a triste história do último Mundial onde também a grande equipa portuguesa (mailos heróis do mar e os egrégios avós) saiu pela porta pequena.

Convenhamos: a equipa portuguesa, malgrado os esforços de Fernando Santos, deixou-se inebriar pela imprensa, pela televisão, pelos comentadores, pela euforia geral, pelo Sr. Presidente. Achou que bastava pôr o mimoso pé no relvado para que os adversários tremessem. Vê-se que nunca leu uma saga nem sabe que aqueles calmeirões rosadinhos e educados são descendentes de vikings, vivem numa terra de gelo e vulcões, navegaram ainda antes dos portugueses até à América e não toleram toleirões.

Vejamos, agora, o que se irá dizer dos austríacos...

d'Oliveira fexit, 16-6.16