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Incursões

Instância de Retemperação.

Incursões

Instância de Retemperação.

estes dias que passam 785

d'oliveira, 20.03.23

Não há pachorra!

mcr, 20-3-23

 

 

A srª Ministra da Habitação faria um favor a si própria se não falasse à Comunicação Social. Tirando uma espécie de cassete que nada significa o que dela sai de original é trágico.

(estou a referir-me à Ministra da Habitação mas, subitamente, uma dúvida terrível instalou-se. Será que também eu estou a tresler, a confundir coisas, e em vez desta ministra quereria referir-me a outra que tal, a senhora da agricultura, essa mesma que no início da pandemia afirmava com a candura dos absolutamente ignorantes que se abria uma janela de oportunidade para Portugal que poderia começar a exportar legumes frescos para a terra do senhor Xi. 

A gargalhada, como se lembram, foi geral mas era um riso triste e envergonhado. Pela parte que me toca, comecei a suvidar se a senhora sabia onde era a China, quantos chineses há neste mundo de Deus e quantos legumes se produziam em Portugal, terra que, aliás, importa alimentos. 

De todo o modo, o meu ponto é este: estas senhoras ministras são completamente fungíveis. Não no mérito, nos conhecimentos, na habilidade política, mas tão só na incapacidade que demonstram. Não vou inquirir de onde vem, que especialidades (?) tem, como é que ali chegaram. 

Dito isto, vejamos o que a srª Ministra da Habitação veio dizer à pátria pasmada. Que ia levar a cabo uma política de habitação que concorresse credivelmente com outros dois florões da activiadade ministerial, a saber a educação e a saúde.

Convenhamos que, desta feita, a srª Ministra entra pela madeira dentro, isto é pela inoportunidade mais absoluta. 

O SNS está numa situação dificílima, sobretudo pelo que se passa nos capítulos da ginecologia e da obstetrícia. Claro que não é só nessas especialidades que há falta de profissionais, como também não é apenas em Lisboa e vale do Tejo ou no Algarve que os concursos ficam desertos. Jovens profissionais entendem que o custo da habitação nessas duas regiões é incomportável. Do mesmo se queixam todos quantos são convidados a ir para essas “terras de missão”. Nem na hotelaria há paz. Há mesmo estabelecimentos que já alojam os eventuais empregados tentando assim solucionar um problema que se adivinha grave para a próxima estação turística que está quase a abrir. E a questão, parece pelo que se ouve, não é já apenas salarial mas atira para a falta de alojamento a preços normais. Ou até para a falta de alojamento, tout court. 

Na educação é o que se vê diariamente na televisão. Os professores estão na rua e não na escola. Por muito que uma pessoa antipatize com o eterno responsável da FENPROF alguma razão o homem há de ter. Não se passa semana sem manifestações gigantescas que só o Ministro, coitado, não vê. Ou vê e não percebe. Ou percebe mas não é capaz de arranjar uma solução que acalme os ânimos. 

Portanto, quer a educação quer a saúde estão numa situação medonha. Os professores campam diante da Assembleia o que pode parecer pindérico ms tem o seu efeito. Cantarolam slogans pouco imaginativos  mas prenhes de significado e de indignação. E não desistem! 

Médicos, enfermeiros e restante pessoal da saúde, gente, que durante a pandemia  mostrou que sabe o que é ”dar o litro”, vão para a greve, protestam diariamente, desistem do SNS, emigram ou engrossam os quadros dos estabelecimentos privados que crescem como cogumelos em tudo o que é canto deste abençoado país.

O Presidente da República não se coíbe de dar as alfinetadas na maioria “cansada, recauchutada que, nas sondagens atira eleitores para a abstenção e... para o Chega. 

A srª Ministra da Habitação entretanto vai tentando manter-se na crista da onda habitacional sem perceber que tudo o que é empresário da construção, do alojamento local, senhorios   descapitalizados, está ou finge-se aterrado com  a história do confisco de casas devolutas. Neste capítulo  tudo é nebuloso como de costume e, sobretudo, cheia a totalmente ineficaz. Vai ser (iria ser...) bonito ver como é que seria feita a identificação dos andares devolutos, a velocidade (?) e a eficácia dessa operação, para j´não falar em tudo o que depois teria de seguir-se.

Também se sabe que o Estado tem milhares de locais devolutos a tal ponto que nem sequer os sabe identificar.

Depois, é quase certo que uma forte percentagem dos andares devolutos estão em zonas onde não xiste procura de casas porque não há quem queira viver aí. 

Também não há nem sequer em hipótese qualquer ideia do esforço financeiro que seria necessário mobilizar para uma vez “confiscados” os andares “pecaminosos” se poder iniciar um processo de reabilitação. 

E por aí fora...

Todavia a srª Ministra da Habitação  mostra-se em todo o seu escasso esplendor  dia sim, dia sim. Está subjugada pela excitação, obcecada por uma cruzada que mais depressa a atira para a sargeta do que inaugura um arrendamento fiável.  Julga-se nos “felizes dias da revolução bolchevique sem perceber a tragédia que isso representou para milhões de pessoas, o desastre económico que inaugurou e a ineficácia absloluta das medidas que ainda hoje sobrecarregam as populações do ex estado do proletariado. 

Por favor, expliquem-lhe qualquer coisinha... Depressa... 

 

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