estes dias que passam 832
Sortido de fim de vacanças
mcr, 2-9-23
Com a idade quecarrego já medou por muito feliz com os vagos conhecimentos de indormática que tenho. Consigo usar a internet, encomendar livros e discos, escrever no blog, usar sofrivelmente o mail e pouco mais. Aliás, e na generalidade, isto chega-me. O problema é quando tenho qualquer pequena avaria que um cavalheiro, menos info-excluído do que eu, consegue resolver. Aí náufrago completamente.Ainda há dias os computadores (que pelos vistos funcionam em rede, queira isso dizer o que se quizer) negavam-se a dixar as minhas modestas redacções no espaço destinado à publicação. Pediam-me senhas e contra.senhas e eu não percebia o que é que isso quereria dizer.
Estava fora de casa, era ainda Agosto, não podia contactar com os meus anjos da guarda, Mónica e Rui Silva, da Colossus, Ficina dos Neurónios, a minha loja de tudo o que diga respeito a material para computadores.
Rui Silva foi-me recomendado por Pedro Aniceto, o homem da mailing list que respondia às perguntas de usuários Apple que à época eram uma pequena (mas selecta!) minoria.
Na altura eu queixava-me de uma avaria (das sérias!) no computador e ninguém conseguia acudir-me. A excelente Pedro Aniceto recomendou-me esta firma e, na verdade, foi tiro e queda. Resolveram-me o problema. Nunca mais quis outro especialista que, ainda por cima, emigraram para o Porto e para perto de mim. Tem uma paciência de Job, aturam-me as ignorâncias com um sorriso amigo, resolvem-me os problemas de tal modo que eu lhes chama a minha Fátima pessoal.
Portanto logo que regressei a casa, foi à Colossus e Rui silva, magnânimo e gentil como sempre em meia hora lá me ensinou algo que eu tinha esquecido: que o que me era pedido era a senha de entrada no sapo e meu petit nom assapado.
E voltei ao éter para chatear o indígena que me lê.
Entretanto, e isto é um segundo apontamento que nada tem a ver com o primeiro, demos pela falta de uma das duas chaves do nosso segundo carro (o carro já tem uma idade respeitável, pouco ou nada vale para venda, mas é muito útil quando o primeiro tem algum problema. Esta casa é um mundo ((que nada tem a ver com o magnídico “A casa e o Mundo” de Rabindranath Tagore, recentemente reeditado com nova tradução que recomendo tão vivamente quanto me é possível). E um mundo atulhado de livros, discos, quadros, máscaras africanas, enfim uma confusão onde só eu me entendo. A CG desespera, sonha com uma casa em quea biblioteca estivesse separada mas o euromlhões anda a fazer-nos fosquinhas pelo que esse desejo (que de resto partilho pois não gosto de ver a livralahada dispersa por sinco salas e quartos para não falar dos corredores) contimnua desejo e provavelmente já não será satisfeito.
Digo isto porque, certamente a chave desaparecida estará em qualquer canto, esquecida e imprestável.
Em casos destes só há uma solução procurar quem nos faça uma cópia. E lá fui eu a uma casa de chaves que conheço desde há muito, para arranjar achave substituta. Depois de três inglórios quastos de hora o técnico explicou-me que aquilo era muito complicado e de qualquer modo não conseguia acedernão sei a que coisa misteriosa. E recomendou-me ir ao concessionário da marca que, para terror meu fica num sítio lonfe, imposs´vel de perceber qual o caminho. Entretanto, deu-me uma epifania (das pequenas, bem entendido) e hoje fui à Fichet para tentar resolver a coisa. Lá resolviam mas, no momento falta v anão sei o quê pelo que não podiam ajudar-me. O meu ar contristado tocou o coração de quem me atendeu que me recomedou um estabelecimento chamado “Chavepro” em Matosinhos. De levou a sua boa vontade ao ponto de me ensinar o caminho. Lá cheguei a bom porto, debaixo de chuva e, milagre!, não garantiram que fariam a chave eo comando, como para entreter a espera me ofereceam um café. À volta estreei a chave que se portouà altura das minhas mais desvairadas esperanças. Tenho a sensaçãoo que, num destes próximos dia, encontrarei a desaparecida mas isso é algo que nem sequer me indigna.
Logo qu regressei à alegada dicade “invicta” fui à feira do livro pois encomendara umas publicações a um dos muitos alfarrabistas que lá estão. Era terça feira e aquilo pelas quatro e meia da tarde estava cheio de gente. Ao que depois me informaram tem sio assim desde o primeiro dia. Um alfarrabista chegou a confessar-me que duas feiras do livro no Porto por ano o fariam feliz, quase rico e pronto para tudo. Todos quantos me responderam afirmaram que aquilo corria bem, muito bem.
Eu cumori a minha obrigação e comprei uma dúzia de livros e não garanto que fique por aí. A feira do Porto tem muito (ou um pouco ) de festival literário, este ano homenageia o Manuel António Pina, portuense de adpção, meu colega e meu amigo. E saiu agorinha mesmo o volume de teatro que MAP escreveu quase sempre para o grupo “Pé de Vento”.
Há nesta feira, que se realiza nos magníficos jardins do Plácio de Cristal uma bela tradiçãoo: todos os anos se dá o nome de um escritor a uma tília. Depois, todos os livreiros e editores com que contactei me afirmaram que os preços dos pavilhões que a CMP lhes aluga é mais do que decente, ao contrário do que sucedia com a outra organizaçãoo que leva(va) couro e cabelo ais expositores. E foi bom, muito bom, ver tanta gente a comprar livros!
Um senhor general que provavelmente se chamará qualquer coisa Branco e faz parte de painéis sobre a guerra na Ucrânia e se distingue por um indisfarçado russismo putinista, veio h´dois ou três dias dizer que duvidava da notícia que correu sobre os novos manuais escolares de História e que, no dizer de gente muito diversa são puros instrumentos de propaganda com a habitual, fantasiosa, pesada maneira russa. Como alguém o contradisse com informações precisas e mais que prováveis, o militar engoliu em seco e carrancudo sfirmou que “agora queria ver os manuais ucranianos”. A pobre criatura nem sequer se lembrou que aos ucranianos agredidos (é bom que o lembremos sempre) bastaria editar cinquante fotografias dos estragos que a Federação Russa tem causado em prédios civis, instalações induatriais, escolas, hospitais sem esquecer os centos de civis mortos com um tiro na nuca, s roubos de tudo o que era passível de ser roubado nas cidades e . aldeias ocupadas por tropas que depois foram expulsas pela força das armas dos resistentes ucranianos.
Afeica, “chora terra bem amada”:
No espaço de um mês, para além dos conflitos armados que desgraçam populações incapazes de se degfender, pobres que ficam ainda mais pobres e indefesos, houve dois golpes de Estado. Disto e da lonfga teoria de tiranos, tiranetes, gangters polícos e terroristas, os nossos anti-racistas não falam. Nem piam! Como não falam, obviamente, ddas dezenas de milhares de pessoas indefesas, mortas de fome, à mercê de todas as perseguições possíveis, que inundam os caminhos f África em direcção ao mar e tentam depois em barcos miseráveis fretados por gangues africanos atravessar o Atlantico ou o Mediterrâneo. Também não irão falar das dezenas de edifícios de Joanesburgo que, abandonados, caíram nas mãos das máfias africanas locais que cobram rendas infames aos migrantes que tem de procurar um qualquer abrigo. Só anteontem morreram pelo menos setenta e sias num incêncio!... Claro que a culpa é doa antigos colonizadores, dos boers, dos europeus, do racismo estrutural etc. , etc...
(“chora terra bem amada” é o título de um belo, duro, dramático roamnce deAllan Paton, um branco sul africano que sabia o que quera ser escritor num país carregado de apartheid. Escolhi uma fotografia sua para vinheta do folhetim de hoje. O livro aparece muito em alfarrabistas e até é provável que tenha saído uma reedição recente. Basta ir à internet.)