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Incursões

Instância de Retemperação.

Incursões

Instância de Retemperação.

estes dias que passam 886

mcr, 23.02.24

Fazquefaz?

Zás, catrapaz! 

mcr, 23-2-24

 

Em boa verdade, o sr Pedro Nuno ficou-me na memória desde aquela espantosa tirada sobre os banqueiros alemães de pernas a tremer perante a ameaça lusitana de não pagar uma qualquer dívida. Já nem sequer consigo lembrar-me se o ousado fronteiro mor da Lusitânia usou a palavra pernas ou perninhas. De todo o modo a distinção é irrelevante dada a remenda parvoíce  proferida.

E a partir daí fui-o vendo com os óculos do ridículo provinciano  que, de facto, a criatura é. 

Porém, neste "torrãozinho de açúcar" espadeirada na água caiu bem a um par de cidadãos que terão dito para os seus botões "temos homem!".

E foi desde essa altura desafiadora que PN se começou a impor no "quadrado dos irredutíveis portuguesinhos. 

Sempre de acordo com o famigerado princípio de Peter, este novo Joãozinho das perdizes foi subindo os ásperos degraus do poder partidário e depois governamental.  

E ei-lo Secretário Geral do PS, candidato a primeiro ministro. Agora, mais engravatado, parodiando uma atitude comedidamente serena, eis que sobre a hipóteses de apoiar ou não um futuro governo minoritário da AD  (sempre para salvar a pátria do Chega, tenha ele - espero fervorosamente que não- a votação forte que lhe atribuem ou outra menos ameaçadora.

 

Eu quando sou obrigado a referir esta bambochata de direita com um homem só e presunçoso como timoneiro, tapo o nariz, assoo-me de seguida, e esfrego os dedos matraqueadores do inocente teclado em álcool-

Entretanto ao mesmo tempo que o espadachim socialista prometia carinhosamente uma espécie de apoio ao sr Montenegro, eis que me lembrei do caso dos Açores onde um cavalheiro chamado Bolieira ficou a três deputados da maioria absiluta. Neste caso, e com o mesmo saudável propósito de evitar que ele peça uma boleia (ou a dê) à Direita radical, vastaria que o PS local tivesse o mesmo género de atitude. Mas não e nisso o impetuoso Pedro Nuno  foi claríssimo. Nunca por nunca apoiar o partido vencedor e evitar que ele se atire para os braços  maléficos dos sequazes de Ventura. 

Em que ficamos? 

Em que não ficamos?

Entretanto, depois da promessa feita solenemente ao candidato da AS, nova reviravolta. Afinal para que a coisa funcionasse. Montenegro teria de reciprocamente garantir a um Governo minoritário socialista o mesmo tratamento. 

Dadas as actuais baixas, baixíssimas, espectativas dos partidos de protesto à Esquerda, só uma espécie de milagre das rosas é que poderia pôr o PS no centro da governação.

(relembremos, entretanto, que o PS tinha perdido as eleições contra a coligação PPD/CDS mas o bondoso sr Jerónimo de Sousa lá o tirou da poça onde caíra propondo aquilo que depois se chamou geringonça. E a pátria lá teve um Governo, calma absoluta nas ruas, beijinhos e selfies do sr Presidente da República, e foi caminhando para o futuro numa letargia onde a palavra reforma (s) estava proscrita. 

A geringonça teve o (tardio) fim que se previa e para surpresa de muitos e castigo dos partidos de protesto, o PS ganhou uma imerecida maioria absoluta  que esbanjou em mnos de um ano. 

O actual secretário geal do PS mostrou toda a sua vis criativa de factos que, depois, se traduziram em nada. No aeroporto onde foi obrigado a recuar (mas isso não teve o resultado que se suporia quando alguém é vitima de uma desautorização. Pedro Nuno repreeendido como um mnino desobediente  continuou tanquilamente a fazer que fazia s só o tropeçao da TAP o arrumou, depois de um intenso clima de suspeita o levar a rever "a fita do tempo" e dar o dito por não dito , ou o não dito por dito. 

Convenhamos teve a imensa sorte de ter por sucessor um imberbe ainda menos inspirado do que ele. Assim, o seu regresso a quartéis foi tomado como uma grande habilidade política e o silêncio tonitruante que manteve garantiu-lhe a fidelidade dos falcõezinhos socialistas. Ganhou o secretariado  mas viu nascer uma corrente "à direita" no partido. Valeu-lhe Assis que entretanto lhe tem prodigado algumas bicadas. Pedro diz e Assis desdiz (basta recordar a posição sobre os Açores).

Esta campanha, mais morna do que a temporada semi-invernosa que atravessamos tem mostrado  a tristura geral. Os líderes partidários não conseguem impor-se ou, pior, tropeçam nos próprios pés. Ventura, sempre ele, a menina do PAN, o inventor do LIVRE (incapaz de lidar com algo tão simples como a escola dos filhos) o novo Secretário Geral do PCP cuja falta de carisma é assustadora, a defenestração de uma militante destacada da IL, , a "falta de instinto matador " (sic) de Montenegro, tudo tornou esta pré campanha em algo frouxo, de imprevisíveis consequências.

O sistema eleitoral e sobretudo esta estúpida ideia de não  votar por círculos uninominais (comas medidas de compensação que há muito estão sugeridas e definidas e agora voltam à AR)  afasta os eleitores  que nos principais círculos é obrigado a votar numa molhada de que só conhece os dois, três ou quatro primeiros candidatos. Ora é no que resta da comitiva que seguem em tropel desordenado os aparelhistas, os que tem por missão dizer sim ao que o chefe mandam os absolutamente medíocres e os rapazinhos das jotas que tirocinam para urubus.  

Uma tristeza! 

Será que merecemos isto?

 

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