estes dias que passam 904
A semana em poucas palavras
mcr, 9-5-24
que um bando de canalhas se lembre de atacar uma casa, forçar a entrada e espancar os moradores (todos estrangeiros) pode parecer, e realmente é, um crime. Seja e ódio ou não é um crime. Sejam os agredidos nacionais ou emigrantes, é um crime.
Como é um crime andar aos tiro contra uma criança que morreu, esfaquear até à morte um adepto do outro clube ou até do próprio.
Os crimes não se tornam mais odiosos consoante as vítimas mas sim consoante a sua específica gravidade e os resultados que daí decorrem.
que haja uns desalmados que exploram mão de obra estrangeira incapaz de sequer saber queixar-se por estar ilegal ou desconhecer a lei é crime e não parece ser especialmente diícil verificar as empresas onde labutam esses emigrantes, invadir os campos onde se amontoam de sol a sol, identificar quem trabalha, quem são os capatazes, os patrões, os hospedeiros, os proprietários das casas onde se amontoam pessoas em condições infames.
E não é apenas a GNR ou a Polícia quem deve estar atenta a situações que estão à vista de todos.
Havia uma polícia para controle de fronteiras e de pessoas que entravam no país. Não seria excelente nem foi capaz de eliminar um par de canalhas que recrutou. Porém, um, dois ou três crimes como o assassinio de um ucraniano que apenas pretendia cá trabalhar, nõ era motivo para acabar com uma corporação policial que estava treinada e eventualmente conseguia controlar sem especiais dificuldades uma situação de crescente procura de Portugal como local de trabalho.
A medida brutal de eliminar essa polícia, o modo grotesco como o processo se desencadeou o tempo absurdo que demorou, tudo isso conduziu a esta inacreditável e vergonhosa situação de uma tal Agencia para as migrações que se mostra a todos os títulos incapaz de cumprir a missão para que foi criada. Parece que entram por dia mais de sessenta queixas contra essa aberrante agência e as televisões mostram filas gigantescas de gente desesperada para obter uns miseráveis papéis que permitam que os requerentes possam trabalhar, alugar casa, viver com alguma tranquilidade.
Se é verdade que declarar intoleráveis o racismo e a xenofobia, não menos verdade é que as boas almas que vociferam bem poderiam denunciar a tal agência e agir em conformidade.
Aquilo, aquela instituição mal amanhada mas com nome pomposo e provavelmente muitos boys lá instalados já deveria estar a ser investigado pelo MP. Basta ver as filas para concluir que aquilo só serve para burocratas rançosos. advogados cheios de expediente que se aproveitam da necessidade dos que a ela acorrem para tentar arranjar um atalho que justifique os preços que pedem para resolver o caso em poucas semanas sem o desconforto das filas as madrugadas perdidas, o espctáculo horrendo daquela pobre multidão.
Um jornal noticia que há 500.000 pedidos de nacionalidade portuguesa! Meio milhão ?será que sequer 10% dos requerentes tem condições par aceder à nacionalidade portuguesa? Saberão falar português ao menos? Tencionam instalar-se permanentemente em Portugal? contribuir para a economia nacional ou o possível passaporte que querem obter serve apenas para, uma vez mais mostrar que Portugal é apenas um mero ponto de passagem para outras europas mais ricas?
A gritaria primária do Chga quanto à chegada maciça de estrangeiros tem uma correspondente numa outra berrata de alminhas sensíveis que ainda não perceberam que permitir a entrada desregrada de pessoas sem as poder orientar, enquadrar, proteger, ensinar a língua e a lei nacionais, apenas provocará ainda maior confusão e incerteza e criará, além do mais, guetos que, à semelhança da França, mais tarde ou mais cedo explodirão e permitirão a um punhado de imbecis nacionalistas radicais proclamar que todo o estranho é um potencial criminoso.
Já agora: é ou não verdade que no Porto terá havido uma onda de pequenos delitos cometidos por emigrantes? Se houve como é que a polícia se comportou? Se não ocorreu nada de especial, será bom e urgente que tal verdade eja afirmada por quem o pode fazer.
O silêncio sobre estas questões envenena a vida da cidade e potencia outras possíveis excursões armadas contra gente que nada fez mas que tem contra ela a cor da pele, a ignorância da língua, uma religião diferente e a óbvia dificuldade em se adaptar a um país que lhes nega um par de documentos que seguramente poderão melhorar a situação em que se encontram.
Será assim tão difícil?