estes dias que passam 909
Contra a imigração
(se isto continuar assim!...)
mcr 2-6-2024
Ou se quiserem outro título: pelo fim desta infâmia qiue envergonha portugueses maltrata quem procura este país.
São no mínimo quatrocentos mil desgraçados que fazem bicha à porta de uma repartição inoperante na tentativa de se legalizarem, arranjarem meia dúzia de papéeis necessários para tentar encontrar um trabalho, uma casa e direitos básicos de saúde e segurança social.
A ineficaz repartição não tem gente suficiente e. além disso, há nos seus depauperados quadros cem trabalhadores que pediram a "mobilidade" (uma vez recusada) e as preparam agora para sair legalmente visto já terem feito o mesmo pedido pela segunda vez.
Se juntarmos a isto, a mais que visível existência de "máfias" iligadas à importação de seres humanos, ou seja de traficantes de quase escravos que operam nos países onde este se aglomeram (e pagam um m preço escandaloso para chegarem a Portugal) à porta de consulados e agências de recrutamento normalmente ilegais e/ou clandestinas, começamos adescortinar uma inimaginável canalhada que, à falta de melhor, contará quase de certeza com a passividade do país de destino senão com a sua criminosa quiescência, temos um quadro de naufrágio absoluto dos mais elementares direitos humanos.
Antes tivéssemos as fronteiras fechadas a cadeado como tantos outros países europeus !
Imigrantes em bichas misera´veis, dias semana ou meses seguidos, a pernitarem em tendas , debaixo de qualquer vago abrigo , à mercê de tudo , é, deveria ser, uma visão insuportável para qualquer cidadão português.
O desmantelamento imbecil do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e a posterior criação de uma coisa chamada AIMA que pura e simplesmente não funciona ou funciona mal alguma responsabilidade terá nesta situação.
As boas almas que pensando combater os cheguistas uivam por uma recepção sem peas de estrangeiros, deveriam ser obrigadas a um mês de serviço cívico junto das filas de requerentes de visto de entrada, de papéis para trabalhar e de tudo o resto que a burocravcia inventou para complicar a vida e quem fugiu espavorida das guerras, das crises climáticas, da fome e da miséria nos países natais.
Não vou sequer tentar encontrar responsabilidades no longuíssimo tempo de Governo do PS que, se tem aqui óbvias culpas, também algo terá herdado de anos anteriores, quiçá desde o início do século.
Seria também ocioso responsabilizar uma larga quantidade de patrões que pagam mal ou mesmo se dirigem aos "intermediários fornecedores de mão de obra"
Há de tudo nas empresas que recorrem ao trabalho imigrante ou temporário. A televisão (SIC, 1 de Julho) mostrou sindicatos de empresários agrícolas organizados para abrigarem os trabalhadores de que necessitam cada vez mais.
Todavia isso representa apenas menos de 10% dos empregadores de imigrantes.
Por outro lado, também há municípios (Fundão especialmente) que criaram equipas camarárias especializadas na recepção, acolhimento, encaminhamento de estrangeiros.
Porém, os grandes atropelos verificam-se em Lisboa (e à vista dos turistas!...) e no Porto. Ou seja à vista dos poderes públicos todos que, pelos vistos, continuam inermes se sem solução à vista. Ou melhor: mandam a polícia aquietar os requerentes, juram a pés juntos que todos os sucessivos erros informáticos estão regularizados e, porventura, prometem recrutamento de pessoal para uma agência mal pensada, mal parida e desgovernada.
às vezes perguntamo-nos se não há qualquer agência internacional que em nome ds mais elementares direitos humanos possa abril processos aos países que recebem assim quem procura trabalho e vida.
A segunda questão que se põe é mais simples. Parece que estará na moda requerer a nacionalidade portuguesa e que essa pretensão também estaria na origem das bichas e dos atrasos.
Desconheço se agora, subitamente, é tão simples requerer a nacionalidade sendo certo qu pelo menos deveria haver algumas condicionantes, relativas à língua e à permanência do requerente dentro do país de modo a que isto não se transforme numa espécie de porta giratória para entrada na Europa como, de resto, se ouve dizer. Não sou dos que pedem leis extremamente restritivas mas também não julgo que a nacionalidade portuguesa esteja apenas à distância de um capricho, de um simples pedido sem qualquer racionalidade ou razoabilidade. No momento em que escrevo debato-me com o absoluto desconhecimento de português dos funcionários de um restaurante indiano que não dizem uma única palavra em português Encomendar o mais simples prato pelo telefone é um risco sério...
No entanto, são criaturas gentis que fazem o que podem por nos entender e por as entendermos. Contudo, este desconhecimento da língua retira-lhes clientes e condena-as a viver em circuito fechado.
Mas multiplique-se este duplo desencontro por mil, dez mil, cem mil e estaremos diante de um medonho cenário que permite tudo e, sobretudo, as piores manifestações de racismo e de exploração a que estão condenadas criaturas indefesas que apenas pedem uma oportunidade, uma pequena oportunidade para viverem melhor. Ou simplesmente para viverem como seres humanos-
E é em nome desse apelo que qualquer pessoa se sente obrigada a dizer que esta imigração e estes tratos de polé não podem continuar. Nem que se pare para reflectir.
Sob pena de sermos todos cúmplices do que a televisão nos mostra e nós consentimos.