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Incursões

Instância de Retemperação.

Incursões

Instância de Retemperação.

estes dias que passam 960

mcr, 28.01.25

Se lhes falam de  cultura

puxam pela pistola!

mcr, 27.1-25

 

Há dias uma jornalista que agora parece ser apenas comentadora , avisava que no PS as paredes escorriam ódio. 

Convenhamos que ,apesar de forte, a imagem não era  de todo falsa.

 Desde há muito, melhor dizendo desde os momentos em que para governar o PS inventou  a "Geringonça"   (nunca Portas foi  tão certeiro!...) para ter um apoio casuístico do PC e do BE, e ao mesmo tempo calar a rua e a CGTP, que a confusão se instalou nas hostes partidárias socialistas. 

Costa, também não ajudou a recentrar o partido e durante o seu longo consulado foi empurrando com a barriga quaisquer questões  limitando-se a vigiar de perto os "esquerdistas e os direitistas" . O caso mais escandaloso foi o apoio à 2ª candidatura de Marcelo. O resultado previsível (e aqui houve quem o antecipasse)  terminou na confusão da maioria absoluta desperdiçada e na triste situação presente. 

Em boa verdade, a fuga para a frente de Pedro Nuno dos santos  não tinha pernas para andar . Para "esquerdices" o BE é mis rápido  e o PC infinitamente mais prático

A incapacidade demonstrada em anos de maioria sólida levaram o país e a governação a um percurso errático, pobre, sem imaginação nem solução para os grandes problemas que de há muito estavam identificados (saúde, educação, habitação). A política económica de Centeno & assimilados  em nada se demarcou de um política de direita anterior que, pelo menos, tinha como desculpa o desastre da governação socrática.

Temos ainda que o clima wokista que o PS aproveitou e estendeu ao máximo, deixou de haver balizas de quaisquer género e formas. Ouvir boa parte dos próceres socialistas actuais (e nisso incluo todos os actuais "críticos" de Pedro Nuno )  permite duvidar da ideologia dessas etéreas criaturas.

Ora, PNS apenas veio tentar salvar uma parte da herança dos governos socialistas  (e é bom que se recorde que, neste século houve quanto muito meia dúzia de  fracos anos do PPD.)

E de repente, o elefante na sala: para juntar aos três pontos dramáticos acima enunciados eis que  andam por aí, pelo menos, 400.000 pessoas a tentar arranjar papeis para trabalhar. 

E verdade que se precisa de mão de obra. É verdade que para que esta possa ser rapidamente organizada  urge enquadrar milhares e milhares de pessoas, ensinar-lhes os rudimentos da língua (para protecção deles mesmos)  e da "cultura" mínima do país que os recebe 

.

Nada  (ou quase) foi feito o que tem permitido a que a Esquerda angélica e multicultural (se é que ela sabe o que isso significa) se veja incapaz de responder  à tonitroância do Chega. 

Note-se que o problema da emigração é, neste momento, comum a toda a Europa  Cm uma diferença. Por cá,  nem sequer existem filtros à entrada de milhares de pessoas que de Portugal não tem a mais pequena noção.  Depois, temos que a tradicional saída de emigrantes portugueses  complica ainda mais a situação . O país não fixa a sua gente e só atrai os mais miseráveis dos miseráveis. Não é o facto de uma forte corrente de recém chegados ser de origem indostânica  ou ser de religião muçulmana. A religião muçulmana  toca apenas as comunidades bengalis e alguns africanos.  Os muçulmanos portugueses de longa data estão mais que integrados e não se ouve falar de problemas com eles.  

A questão fundamental é a língua, o conhecimento da língua, a não aceitação acéfala de ghettos  o conhecimento mínimo de hábitos portugueses, da lei portuguesa. 

(deixo de fora a vigilância sobre as redes de traficantes de emigrantes que o estúpido fim do SEF potenciou. Um ministro incompetente e estúpido, incapaz de perceber o que fazia no Governo, deixou o país desarmado e uma agência totalmente incapaz de gerir o afluxo de pessoas que, basta ver as filas, são tratadas pior do animais sem dono).  

Pedro Nuno, apesar de tudo mais inteligente do que a sua agora minguada base de apoio, percebeu isso.  Não fez uma pirueta ou melhor não a fez de 180 graus. apenas  tentou  sacudir a água do capote e, se possível, cortar o passo ao Chega. As autárquicas, sobretudo as do centro e Sul vão ter um novo actor que não vota mas está ali: o emigrante.  E essa figura não votante irá influenciar um largo par de votos. Os eleitores irão perguntar quem trouxe os estrangeiros, porque é que eles não falam português e haverá sempre quem lhes venha dizer que eles estão ali para roubar o trabalho dos nacionais (que há muito não querem trabalhar na agricultura, na construcção civil nas pequenas tarefas da hotelaria...)

Graças a um endémico atraso, Portugal ainda não sente verdadeiramente os medonhos ghettos urbanos que cercam boa parte das grandes cidades da europa ocidental (mormente as Grã Bretanha, da França, da Alemanha, dos Países Baixos. Aqui, neste blog, e desde há anos, que há quem v,enha comentando as súbitas, abruptas revoltas das cinturas pobres (que já não são vermelhas porque estão de há muito racializadas e a Esquerda desapareceu nesses territórios) .

Foram estes os sinais percursores da inanidade do mlticulturalismo que nos casos descritos nunca foi mais do que uma negação social, ética, política e cultural dos modos de viver das metrópoles acolhedoras. 

Convem, também, lembrar que aqui nasceu uma caricatura de ideologia alimentada por um escsso par de intelectuais não europeus mas que (como se esperava) preferiram sempre viver naE Europa do que nos países dos seus antepassados. Cá, graças a um par de falsos e escassos conhecimentos ei-los que ven falar (na língua do colonizador porque ignoraram sempre as línguas vernáculas dos seus maiores)  dos desastres do racismo, do colom+nialismo do imperialismo.  ) dos desastres do colonialismo a que eles atribuem a torrente da emigração .

Obvamente, há que juntar-lhes uma esfarrapada meia dúzia de europeus que ainda acreditam no mito do bom selvagem e que, nunca tendo posto os pés nos extintos territórios imperiais, sentem uma imensa culpa  pelos males de África, Ásia ou da América Latina

Reparem os leitores que, por cá, nenhuma das criaturas dizem uma palavra , sobre os desastres do Sahel, o drama do Sudão, as guerras do Magrebe, os conflitos do centro de África (ontem mesmo tropa ruandesas e "rebeldes" tutsi (recorde-se que o Presidente do ruanda é tutsi), chegaram a capital do Kivu. . Aliás nem sequer sobre as ex-colónia portuguesas se lê coisa que se veja.

Uma ex-ministra (aliás não é a única) do PS sentiu-se devastadoramente "estupefacta" pelo facto de Pedro Nuno  falar em cultura.

É cas para dizer que, à semelhança de outas patéticas mas perigosas (e esquecidas) personalidades históricas quando ouve a palavra cultura puxa pela pistola.

O que eventualmente vale a Pedro Nuno é que os tiros desta arma são apenas salvas de ignorância. Fazem barulho mas não atingem nenhum órgão vital ...

(antes que me esqueça: não sou apreciador, menos ainda adepto de Pedro Nuno Santos mas ao ouvir as alminhas subitamente acordadas ao som  da emigração, não posso deixar de pensar que, uma vez sem exemplo, o homem lá terá reflectido no que se passa. Seja porque razão for, já não era sem tempo... )

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