estes dias que passam 963
Um disparate, uma ilegalidade uma filha-da-putice
mcr, 6-2-25
A ideia infame de deportar quase sois milhões de palestinianos de Gaza para fora do território onde sempre viveram e que é árabe há mais de mil anos, não cabe na cabeça de ninguém, desde que seja vagamente civilizado.
Só umacabeça doente e um par de fanáticos judeus ultraortodoxos poderiam estar de acordo com um crime contra ahumanidade.
Os meus leitores sabem que detesto os HAMAs, a Jihad islâmica e os restantes terrorists, encapotados ou não, que tem sistematicamente destruído parte do Médio Oriente sem conseguir incomodar especialmente os habitantes de Israel ao mesmo tempo que submetem o seu povo (ou o povo de que se reclamam) a vexames, privações indizíveis, morte e desastre.
Quem me lê sabe que, desde o primeiro dia, condenei com a maior veemência o ataque a duas aldeias pacíficas, o júbilo canalha demonstrado por multidões de Gaza que, pelos vistos, nem perceberam que o céu lhes ia cair em cima, a longuíssima cumplicidade dos cidadãos da zona que sabiam dos túneis, do rearmamento dos terroristas, das instalações debaixo de escolas, mesquitas e hospitais para já não falar nas instalações da ONU, em muitos dos seus funcionários que fingiam desconhecer que aquele pedaço de terra se preparava via HAMAS para mais uma vez tentar um estúpido auto-suicídio.
Pelos vistos 50.000 mortos, destruição a 80 ou 90% e agora esta imbecilidade criminosa e absoluta (e absurda!...) não incomodam nem árabes, nem judeus e muito menos uma maioria eventual de amrricanos que se revêm em Trump.
Eu poderia perceber que Trump não queira emigrantes ilegais nos EUA, mesmo se, como se provará, são eles o motor de uma economia não tão subterrânea que com a sua falta prejudicará a generalidade das classes média e baixa americanas.
Poderia perceber, com imensa dificuldade, que o filho ou neto de emigrantes alemães seja incapaz de ver o seu país como um farol para os desesperados do mundo.
Pderia com esforço exagerado aceitar que os EUA se tornem, enquanto destino de emigrantes algo parecido com a Rússia, a China (que persegue a minoria uigur como já, antes, perseguiu tibetanos), quiçá a União Indiana (que desde há tempos tenta escorraçar largas dezenas de muçulmanos) ou mesmo essa cruel anedota que dá por Bielorússia que recebe emigrantes para os enviar clandestinamente para os países vizinhos.
De todo o modo, as colunas de desgraçados que continuam a percorrer a América central e o México rumo àos EUA, é uma prova mais da resiliência dos que nada mais tem a perder.
Gaza, já aqui o disse, é uma frágil, quase impossível impossibilidade da teoria dos dois Estados. Todavia, ainda ninguém encontrou melhor. Todos sabemos, e desde 0s anos 50, que a solidariedade árabe é uma figura de estilo e que nenhum Estado árabe ou muçulmano se dispõe a receber palestinianos. Mais, quando os recebe, cedo os maltrata como ocorreu no Líbano ou na Jordânia (mesmo se em ambos os casos os refugiados tenham dado azo ao que depois lhes sucedeu).
No entanto, nunca ninguém foi tão longe como a mentalidade doentia e a infantilidade actual que vê em Gaza uma maravilhosa Riviera entre o Egipto e Israel.
Notícias ouvidas na rádio enquanto me barbeava dava como destinos possíveis dos deportados, a Noruega, outros países europeus, como se alguém, com meio dedo de testa, julgasse isso possível. Conviria, de resto, que a Europa explicitasse já que num caso destes não aceitará nem um deportado. E conviria, entretanto, que os países europeus avisassem solenemente Israel que qualquer aceitação sua deste plano genocida poderá equivaler a fortes sanções ou até a interrupção de relações diplomáticas.
Para já, deixar de incluir Israel nas competições da Eurovisão, nas de futebol e outros desportos. É uma evidência geográfica o Médio Oriente é Asia e que Israel nem sequer, como a Turquia, tem um pé na Europa!
Do mesmo modo que não aceitamos fanáticos árabes também não podemos aceitar judeus tão fascistas como eles. São facilmente identificáveis como identificáveis são certas organizações pan-judaicas que inclusive já nos impingiram um tal Abramovitch, russo, oligarca e, pelos vistos, simpatizante e cumplice de Putin.
Espera-se sem especial angustia que o Governo português, o Parlamento, os partidos e a opinião pública condenem vigorosamente esta proposta tão aberrante quanto desumana e criminosa.