estes dias que passam 962
O guarda-redes atrevido
mcr, 5-2.25
Alguém que notoriamente tem menos de 1.70 m e se oferece como guarda redes ou é tolo ou atrevido. Convenhamos, tremendamente atrevido.
Parece, porém, que Luís Marques Mendes teve o descaramento de se apresentar como guarda redes e que, nesse dificil papel desempenhou rzoavelmente a tarefa.
Ouvi esta história no domingo, durante uma breve entrevista a amigos e contemporâneos . Mesmo descontando a complacência dos velhos companheiros, convenhamos que esta historiet diz muito sobre a personagem. É ousado, porventura demasiadamente, tem uma enorme confiança em si mesmo, e mas esforça-se por conseguir o objectivo.
O 25 A apanhou-o no fim da adolescência e, pelos vistos, também na política nunca perdeu tempo Foi autarca, vice governador civil, deputado, secretário de Estado, ministro, barão do PSD no tempo em que esse partido alinhava umas dezenas de barões,
Tudo isto ainda antes dos quarenta anos!...
Dir-se-ia que o seu sucesso político foi inversamente proporcional ao tamanh oque, insiste-se, não dá para guarda redes.
Foi dirigente do PPD e aí é bom que se recorde que se bateu por trazer um pouco de ética à política partidária.
Tudo isto par dizer que não sou seu fan, seu conhecido, nunca votei no partido dele, não tenciono votá-lo para Presidente da República (com a ressalva óbvia se a esolha for entre ele e um candidato de extrema direita)
Não he gabo o gosto em gravatas e menos ainda a paixão pelo jogo da sueca, mesmo que issocomo já aconteceu numa roda de amigos que me exprobaram o facto de ser um maníaco do bridge (jogo popularíssimo em todo o mundo excepto em Portugal. Consta mesmo que o chinês DengXiaoping, carniceiro de Tien an Men era jogador compulsivo e brilhante de bridge o que torna o meu pequeno vício bastante relativo.
Desde o fim dos governos de Cavaco Silva, a actividade política directa de LMM esmoreceu mesmo se actualmente ainda é membro do Conselho de Estado e, sobretudo, desde há doze anos, comentador aos domingos na SIC.
Abandona agora essa tarefa que o tornou sobejamente conhecido (e razoavelmente respeitado, há que dizê-lo, dado o cuidado com que tentou ser independente ) para anunciar a sua candidatura à Presidência da República.
As sondagens que se conhecem não lhe dão grande esperança mas a verdade é que também parecem não ser especialmente fiáveis.De todo o mofo, a um ano de distância muita água vai correr debaixo da ponte e tenho por mim que LMM percebeu que o fcto de se adiantar na corrida pode ser-lhe favorável tanto mais que no PS ainda paira a temível somvra de um duelo fratricida para já não falar nas salvas estrondosas que vão sendo ouvidas dentro e fora do partido. Como os eventuais candidatos do resto daEsquerda estarão lá apenas para fins extra presidnciais, resta apenas o cavalheiro Ventura e a sombra alargada de um marinheiro que está de férias.c
Ao ntecipar-se LMM terá tempo para preparar melhor a sua defesa e as suas ofensivas, criar um movimento, reforçar o apoio partidário e ajustar as suas mensagens. .
E, como de costume, há nesta sua aventura, algo de ousado que lhe pode ser extremamente útil. A sua imagem de moderação, bom senso, sociabilidade e afabilidade irão servir-lhe de muito. ao mesmo tempo a sua conhecida prudência rsultado de uma longa experiência política seguramente que lhe evitará alguns dissabores em que outros menos preparados poderão cair.
Não tem o meu voto mas merece o meu respeito . E nõ o dou por antecipadamente vencido mesmo com as sondagens que já referi .
Ou por outras palavras. LMM pode não suscitar paixões avassaladoras mas também não suscita ódios profundos, sequer ojerizas ligeiras. ,E isso, numa corrida de longo percurso pode ser um ganho apreciável.