estes dias que passam 990
Patético?
Pateta mas muito pateta...
mcr, 5-6-25
O recente incidente que misturou uma activista pro Palestina e o Presidente da República merece, apesar de tudo um par de reparos
Antes de entrar na análise dos factos a que assisti via televisão, devo recordar que faço parte do pequeno número de portugueses que nunca votaram no sr dr Marcelo Rebelo de Sousa fosse em que situação fosse, nunca se babaram ao ouvir os seus comentários televisivos e nunca apreciaram a sua irrequieta actuação política. Bem pelo contrário data do imediato post 25 de Abril uma clara antioatia pelo autor de "factos políticos2, pelo jornalista do Expresso ou pelo activista político do PPD.Tudo isto sem negar que a criatura era culta, inteligente e profissionalmente competente enquanto professor de Direito. Todavia, como político, não parava, saltitava parecia ter ua espécie de doença política de S Vito.
Convém , também lembrar que mesmo defendendo o direito de Israel a existir, sempre fui adepto do mal menor , reconhecendo o direito a uma nação palestiniana. Tudo isto está abundantemente documentado neste blogo onde escrevo vai para vinte anos.
Também é bom não esquecer que sempre, mas sempre, desde os meus anos duros de opositor do Estado Novo nunca asmirei qualquer espécie de terrorismo mesmo o que ,em dose exígua, ocorreu nos últimos anos do regime ditatorial (ironicamente, num dos xatorze processos que a PIDE me dedicou apareço numa reuniãoo (onde não estive) numa terra que ainda hoje não conheço, Cantanhede, a fazer a apologia do bombismo! O depoimento acusador tem por autora uma informadora que teria o pseudónimo de Catarina!...)
Tendo acompanhado tão empenhadamente quanto possível os principais conflitos a que fui assistindo (e neste momento há três gravíssimos- Ucrania, Palestina e Sudão e mais meia dúzia que vão destruindo a vida e a tranquilidade de povos tão diversos como os de parte do Sahel ao Afeganistão e Caxemira, sem falar dos uigures chineses ou dos perseguidos Rohinga.
Em todos estes casos, fui tomando posição e tentei perceber tanto quanto e foi possível, a situação, as origens e o desenvolvimento dessas tragédias. Valeu-me o meu gosto pela História e a curiosidade que sempre me acompanhou e o facto de poder documentar-me com livros e revistas em várias línguas que pressupõem também alguma despesa que felizmente posso suportar.
O caso da rapariguinha que interpelou o Presidente da República surpreendeu-me por várias razões. Apenas referiu a Palestina, usou um português de fraca qualidade argumentou denotando um conhecimento demasiado superficial e, sobretudo, não foi capaz de aceitar um diálogo que ela própria provocou.
Isto de dizer na cara de alguém quatro narizes de cera e depois tentar esquivar-se a ouvir a resposta é o contrário da democracia, do diálogo, da acçao política e da educação.
Provavelmente, na sua candidez ignorante estará a pensar que cometeu um gesto heróico, que ajudou o povo palestiniano.
Valha a verdade que Portugal não tem tido uma atitude forte quanto ao conflito, mesmo se o Governo se refugia na "acção comum europeia" que também não tem sido propriamente clara e combativa.
É verdade que os fervorosos adeptos da Palestina se confundem com os fervorosos admiradores do Hamas, do Hezbolah e de outros jihads diversas que pregam a expulsão dos judeus do "rio ao mar". É verdade que o miserável Netaniahu é criatura sem escrúpulos, acusada de várias malfeitorias e por isso em riscos de ser condenado por um tribunal. É verdade que Israel tem no seu seio uma forte minoria de fanáticos tão infames quanto os adeptos do Hamas mas infinitamente mais fortes e mais bem preparados militarmente que estes últimos.
Porém desancar o Presidente da República pela actuação política dos agntes políticos (Governo, Parlamento, líders partidários) de nada serve sobretudo se feita da triste maneira a que assistimos em directo com a fuga da menina à resposta possível e ao diálogo.
quem se porta assim nem sequer percebe que está a negar o direito de se exprimir e de convencer o publico em geral ou qualquer adversário. Porta-se com inegável estupidez e cobardia. Não me admiraria se me dissessem que a criaturinha é apenas uma adepta do Chega que ainda não se auto analisou.
Pelos vistos quis mostrar-se. Poderia conseguir a mesma repercussão se fosse com um cartax para a frente da embaixada israelita ou da sinagoga. só que aí se expunha a dois "safanões dados a tempo" como preconizava o homem de Santa Comba.
Qunato ao seu oponente a coisa também não correu completamente de feição- Tentar agarrar a tontinha pelo pescoço não foi a melhor opção. De todo o modo, e para ser justo, recorde-se que a ouviu serenamente e sem a interromper.
É curioso mas não tnho ouvido os amigos da Palestina citarem oa infame invasão da Ucrânia. Menos ainda condenarem a política interna do Irão onde as mulheres são perseguidas. Não refiro a questão do Sudão porque estes rapazinhos e rapariguinhas nem sequer devem ser capazes de acertar num mapa de África com o país. E depois, no Sudão e tudo pretos...