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Incursões

Instância de Retemperação.

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Instância de Retemperação.

homem ao mar 8

d'oliveira, 21.04.21

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Liberdade condicional 16

Virtudes republicanas, a bola e o resto

mcr, 21 de Abril

 

Uma criatura, de seu nome José Adelino Maltez, foi, a seu pedido (notem bem). à AR (comissão de transparência e estatuto dos deputados) e afirmou que não estava ali “para aturar” deputados ou partidos. Parece que chamou aos deputados “ridículos, ignorantes e reaccionários”, mandou-os ler e estudar, enfim uma sangria desatada de piropos imbecis que mereciam um puxão de orelhas para não usar expressão mais adequada. E afirmou que a maçonaria é “uma entidade sagrada (O homenzinho terá bebido?) e iniciática” e que a Assembleia da República é uma casa da maçonaria. Dislates que provam que qualquer um, mesmo arrogando-se de ser professor universitário nem sempre acerta na razão e na boa defesa de algum especial direito.

Não vale a pena voltar a uma discussão antiga sobre as pretensas virtudes da organização e sobretudo sobre os seus membros, ou alguns (bastantes) que cá ou noutro sítio provaram abundantemente as suas “virtudes”.

Este cavalheiro pediu para ser ouvido, ninguém o obrigou a ir, ninguém o levou a ferros. O mínimo que se exigiria era uma afirmação calma, educada das posições que defende e não uma saraivada (mesmo se eventualmente merecia) insultuosa aos deputados.

Não é o primeiro professor universitário a desbragar-se numa linguagem de carroceiro imbecil e fanfarrão. Há mais e ultimamente pululam nas faculdades de Direito. Mesmo no conselho de estudo e leitura não parece estar à altura do que predica mas isso é com quem o licenciou (em 1974...), mestrou e doutorou. Se isto é a “Academia” vou ali e já venho.

 

Ontem, falei aqui da tal superliga dos campões. Esqueci-me de referir o carácter fechado (ou semi-fechado) dela. Parece que a falha democrática estaria aí.

Conviria explicar que a superliga existe e desde há muito. Há um grupo de poderosas equipas europeias que se passeia pelos estádios e ganha tudo. Ou quase. De longe (de muito longe...) em longe aparece uma equipa menos forte (mas, mesmo assim, bem acima das restantes) que abicha um título. Depois tudo volta ao mesmo. E os títulos e a massa continua a cair nas mesmas algibeiras, onde de resto caem muito outros milhões de proveniência obscura. Nem vale a pena referir os gigantescos escândalos que rebentam continuamente e envolvem equipas, jogadores, treinadores, dirigentes desportivos locais, nacionais e internacionais (FIFA e UEFA incluídas).

Tenho a ideia de que, mais tarde ou mais cedo, esta superliga sairá da semi clandestinidade actual e aparecerá esplendorosa à vista de todos. Com o beneplácito dos fervorosos fãs do futebol, das massas associativas e dos políticos que usam o futebol como trampolim. O resto é romantismo barato.

Que o que aqui afirmo não se confunda, de perto ou de longe, com qualquer espécie de apoio a estas equipas.  Eu jogo noutro tabuleiro e nada me atrai nestes “champions” nacionais ou internacionais. “I’m out!”

 

Aproxima-se o 25 de Abril. Parece que uma parada cada vez mais reumática (os anos passam, para mim e para os comemoradores oficias e donos da festa e da Avenida)  voltará a marchar.Um pequeno partido, claramente democrático, a Iniciativa Liberal que nunca se poderá confundir com o regresso aos ideais do Estado Novo (estado esse que, nas inspiradas palavras de Marcelo Caetano, era claramente “anti liberal”) ou ao regime anterior, pediu licença para desfilar. O senhor presidente da comissão promotora da passeata, coronel Vasco Lourenço, preocupadíssimo com a saúde pública, recusou que mais meia dúzia de marchantes se juntassem ao cortejo. De Vasco Lourenço, cada vez mais, se pode esperar tudo mesmo esta bizarria que, cobardemente foi escondida sob o espesso manto da defesa anti-covid que, notoriamente, os eventuais membros da delegação da IL trariam consigo.

Escapando do covid, Vasco Lourenço não escapa da burrice e/ou da caquexia...