Máscara é coisa que não me assiste
Com a pandemia, a máscara passou a ser um acessório essencial na via pública. Mas é algo que uso sempre incomodado e contrariado. Não fomos feitos para andar de cara e boca fechadas. Recuso-me a tirar fotografias de máscara porque não quero alimentar recordações de uma época em que proliferam caras tapadas, escondidas e tristes. Não me verão facilmente em iniciativas lúdicas em que tenha de usar máscara porque essa não é a forma natural de tirar prazer de um concerto, de um espectáculo ou de um jogo de futebol. Não quero que a máscara seja a nova normalidade. Aceito a imposição legal e sanitária, mas não contribuo para "normalizar" a máscara.
Um trabalho revelado pelo "Público" comprova que somos bem diferentes com a liberdade do riso, do gesto e da palavra sem filtro.