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Incursões

Instância de Retemperação.

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Instância de Retemperação.

Não é só os direitos humanos que estão em causa

JSC, 20.06.18

Numa altura em que os EUA não respeitam, minimamente, os direitos das crianças, eis que decidem sair da Comissão dos Direitos Humanos da ONU. A grande razão que apresentam é a dessintonia entre as decisões desta Comissão e as políticas dos Governos de Israel, que, como está à vista de todos, não atira e mata pessoas desarmadas, sobre crianças nem mantém ocupados territórios que não lhe pertencem nem amplia a sua ocupação territorial na Palestina, contra tudo e contra todos excepto os grandes defensores dos direitos humanos, os EUA, que, entretanto, deixam morrer dezenas ou centenas de jovens em Escolas, baleados por colegas…

 

A decisão de Trump de deixar a Comissão dos Direitos Humanos da ONU – e um dia destes a própria ONU – não nos deveria espantar, à luz do que tem sido a sua opção pelos aliados internos e externos. Desde aquele senhor Presidente que se gaba de ter matado, com as suas próprias mãos, centenas de pessoas, do que designa por marginais, até ao seu recente e louvado, por todos, encontro com o todo poderoso Presidente da Coreia do Norte, para não falar de alguns governos europeus que em matéria de refugiados e emigração estão colados a Trump e vice-versa. Nada a surpreender.

 

De Trump só se pode esperar o pior. E o pior ainda está para vir. O que surpreende é a atitude dos líderes Europeus, que estão a tratar estas matérias como se fossem coisas a contornar, a não olhar de frente. Ora, Trump e a sua política é hoje, seguramente, a maior ameaça à paz mundial e à Europa.

 

Neste quadro, o que seria esperar dos líderes Europeus? No mínimo, que ousassem falar mais alto, que reformulassem alianças de modo minimizar e combater as políticas agressivas de Trump – no plano social, económico e do que ele designa de defesa -  que apoiassem aqueles que nos EUA se opõem à política de cãos universal, a que Trump dá o rosto.

 

A saída dos EUA da Comissão dos Direitos Humanos da ONU é mais um sinal que a Europa deverá reter, um alerta para que a Europa faça o que deve fazer, retomar a sua autonomia e liderança política face aos EUA.