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Incursões

Instância de Retemperação.

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O impertinente Rui Moreira

José Carlos Pereira, 17.02.16

O coordenador do jornal "Expresso" no Porto, acertou em cheio, há dias, quando escreveu sobre o modo como Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, passou a ser visto por certa comunicação social depois de levantar a voz "contra o esvaziamento do aeroporto portuense em favor do desvio de voos e rotas para Lisboa."

Escreveu Valdemar Cruz no "Expresso Curto": "Lembram-se da história do comunista bom, que só o passa a ser depois de morto? É um pouco o que está a suceder com Rui Moreira, embora em sentido contrário. Até agora era um presidente exemplar, até pelo modo como foi eleito, civilizado, com mundo. Bastou-lhe dizer o óbvio para passar a ser olhado com desdém e até algum paternalismo pela generalidade dos fazedores de opinião. De repente tornou-se um parolo, a quem com toda a propriedade se aplicaria a frase celebrizada por Shakespeare dirigida pelo ditador Júlio César, no momento do seu assassinato, ao seu amigo Marcus Brutus: "et tu, Brute?". Moreira terá passado a ver fantasmas centralizadores num país orgulhoso do exemplo dado ao mundo no campo da descentralização de competências e poderes. Roma não paga a traidores, terá alguém dito aos assassinos de Viriato. Lisboa não perdoa a quem ousa dizer que o rei vai nu.”

Nada de novo. Já assistimos a esta súbita mudança de avaliação de certa imprensa bem pensante sobre outros protagonistas do Porto e do Norte, primeiro tidos como muito qualificados e interessantes e pouco depois já levados na conta de calimeros e regionalistas a padecer de complexos de inferioridade. Mas a verdade é que quase sempre têm razão.

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