o leitor (im)penitente 213
Um acontecimento literário, cultural, artístico, político e ético
ou Portugal no seu melhor
mcr, 12-6-25
Não fora eu ser um leitor impenitente e teimoso não teria sabido da saída de “Geralçao de 70, dicionário da geração de 70” (Imprensa Nacional & Ed Presença, 1025)
Todavia, como leio com regularidade o Jornl de Letras, deparei-me com um texto de Guilherme de Oliveira Martins (“fazer um dicionário”) onde era dada esta novidade. Curiosa,ente, não vi (pu então não reparei) mais nenhuma menção nos jornais que leio (Expresso e Público) que lá vão dando alguma notícia semanal dos livros que saem.
O prefácio da obra é da autoria de Eduardo Lourenço e a organizaçãoo e coordenaçãoo devem-se a ana Maria de almeida Martins, uma anteriana talentosa e dedicada com uma longa série de obras publicadas a que ainda ha pouco fiz refência devido ao inicio da pyblicação desta vez completa das prosas de Antero de quental, Guilherme de Oliveira Martins que não necessita de apresentaçãoo e Manuela Rego que tem no seu activo uma boa dúzia de livros quer como organizadora ou autora ou colaboradora.
Estamos perante uma iniciativa que merece um intenso aplauso e , pelo menos da minha parte, um enorme agradecimento.
São oitocentas e tal páginas que permitem ao mais exigente ficar a saber quase tudo (senão tudo o, também são referidos que é possível) desta notabilíssima geração , honra e glória do nosso final do século XIX e que abrange umas centenas de nomes (Cesario Verde eNobre também - emuito bem- são referidos) que todos juntos dão um retrato do melhor que Potugal teve, nos tempos mais recentes.
Prém, não há bela sem senão: este livro usa um tipo de letra miseravelmente pequeno. Felizmente que, dada a minha péssima visão, uso desde há anos uma série de lupas electrónicas, a maior das quais tem um visor de 25 polegadas.
Temo que o tamanho ridículo da letra retire leitores a um trabalho que, pelo que já li é digno, interessante e mitiga, muito, a desilusãoo de quem hoje por cá anda.