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Incursões

Instância de Retemperação.

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Instância de Retemperação.

o leitor (im)penitente 243

d'oliveira, 19.08.22

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Uma livraria! E que livraria!...

mcr, 19-8-22

 

Quem me atura já conhece algumas das manias literárias ou, no caso, artístico-literárias.

Estão nessa categoria as máscaras africanas e as  gravuras (xilogravuras) japonesas. São manias, vícios, gostos antigos. Constituí, ao longo dos anos não só uma pequena colecção de máscaras e objectos africanos como também fui fortalecendo uma biblioteca sobre tais temas (gravuras japonesas são poucas por duas razões: dificuldade em encontra-las à venda e, claro!, o preço. )

Numa visita recente à “Galeria Africana”  agora “African Art Gallery# (R D João IV, Porto)descobri que na pequena estante de livros de arte africana existiam umas edições de tamanho mais pequeno que faziam parte de uma colecção editada pela Gallimard. Trata-se da “Visions d’Afrique 5 continents”(24,5 x 16,5) série de monografias sobre a arte e a cultura de uma etnia com muitas ilustrações. A mim o que me atraiu foi o carácter monotemático de cada livro, o que evita pesquisas demoradas e difíceis nos restantes livros.

Foi assim que acabei por saber que em Lisboa havia uma livraria que importava livros de várias partes e. Sobretudo, edições inencontáveis em todas as restante livrarias-

E hoje, pela manhã lá encontrei dois volumes da desejada colecção bem como um excelente volume dedicado à colecção de gravuras japonesas de Van Gogh! Um regalo!

Fiquei muito bem impressionado com a livraria e atrevo-me a dizer, sem receio de ser desmentido, que neste momento não há em Portugal (continental) livraria que lhe chegue aos calcanhares. Encontrei inclusivamente um lote razoável de livros em italiano que irei explorar devidamente quando tiver mais tempo. Isto sem falar de apesar de poucs me ter deparado com outro lote de edições da Pleiade.

Desde os tempos das finadas Leitura (Porto) e Buchholz (Lisboa que existe mas em versão muito mais moderada)que não tinha o prazer de encontrar lojas tão bem fornecidas (muitos e excelentes livros!).

Seguramente, não estou a dar grande novidade a leitores lisboetas e pertinazes mas dá-se o caso desta livraria, se dar ao trabalho de importar livros encomendados o que facilita e muito a vida a um leitor como eu. As livrarias tem circuitos melhores do que os fornecidos pela internet e muito menos complicados, situação que qualquer leitor (ou um leitor preguiçoso como eu) aprecia.

À cautela encomendei logo uma dúzia de títulos, ou seja quase todos os editados se é que a informação prestada pelo Gallimard está actualizada.

Nunca faço propaganda de lojas mas, desta feita, fiquei  com tão boa impressão pela gentileza e profissionalismo dos empregados com que contactei que entendi escrever este folhetim.

Em Lisboa, na rua da Escola Politécnica a dois passos do jardim do Príncipe Real está a Livraria da Travessa, pelos vistos filial, ou algo do mesmo género, de uma livraria de S Paulo (Brasil).