Os Pastores da Cisjordânia
Os militares chegam e, sem aviso prévio, intimam as pessoas a abandonarem as suas casas, que nem são bem casas, mas que são o único abrigo que têm. Bondosos, os militares concedem 30 minutos para retirarem os pertences, findos os quais dão início à demolição de todas as casas.
Suponho que aquelas pessoas tenham ficado a olhar para o monte de entulho, pasmadas, incrédulas com o que acabara de lhes acontecer. As pessoas e os rebanhos ficaram todos à solta, a céu aberto, por sua vez, as crianças ficaram a conhecer o caminho que Netanyahu lhe traçou.
A vida na Cisjordânia também é isto, a violência contra indefesos que vem do outro lado. O governo israelita vive fora da lei quando assim actua. A comunidade internacional assiste. E se há alguém que o denuncie, aqui-d’el-rei que é anti-semita. O terrorismo tem muitas faces, mas nem todo é combatido com a mesma frontalidade.
A notícia no Público: Demolições israelitas já deixaram quase 800 palestinianos sem casa em ano de pandemia