Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Incursões

Instância de Retemperação.

Incursões

Instância de Retemperação.

Que rumo para a informação do Porto Canal?

José Carlos Pereira, 30.06.21

Logo_Porto_Canal.jpg

A informação do Porto Canal conheceu algumas alterações desde o início do ano, após a saída de Júlio Magalhães do cargo de director-geral. Segundo veio a público, o FC Porto pretenderia que o canal se aproximasse mais do clube, perdendo algum pendor generalista, e isso terá sido uma das razões para a saída de Júlio Magalhães.

A verdade é que com o novo director de informação, Tiago Girão, o Porto Canal tem investido em posições editoriais que seguem uma via populista, persecutória e que, a meu ver, não dignificam o canal. As recentes notas editoriais centradas na escolha de Pedro Adão e Silva para comissário das comemorações do 25 de Abril e na organização e procedimentos da Câmara de Lisboa, a propósito da partilha de dados com embaixadas, podem ter gerado muitos likes acirrados nas redes sociais daqueles que gostariam de ver "Lisboa a arder", mas não creio que contribuam para a afirmação de um canal generalista de informação, sério, rigoroso, com base no Porto e na Região Norte.

Essas notas editoriais direccionadas para os, não por acaso, benfiquistas Pedro Adão e Silva e Fernando Medina, além de não trazerem novidades e adoptarem um triste tom persecutório, acabaram por omitir factos importantes mas que não contribuíam para a narrativa que se pretendeu construir. Fazem parte de um tipo de jornalismo (?) opinativo e inflamado, que busca a popularidade fácil, mas não fazia nenhuma falta ao Porto Canal.

Enquanto associado do FC Porto, logo um modestíssimo stakeholder do Porto Canal, gostaria que o canal do meu clube continuasse a dar voz aos empreendedores, cientistas, académicos, agentes culturais, figuras do desporto e responsáveis políticos do Porto e da Região Norte, projectando desse modo os valores e os bons exemplos da região para todo o país. Estaria com isso a assumir um papel inestimável. E se a direcção de informação quiser continuar a envolver-se no debate político que o faça de modo equilibrado, imparcial, centrando atenções e abrindo a antena aos responsáveis das diferentes forças políticas, como se quer num canal isento e independente politicamente, sem pesar quais são as simpatias clubísticas deste ou daquele. Isso nada deve contar para a análise e crítica jornalística.

1 comentário

Comentar:

Mais

Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

Este blog tem comentários moderados.